A SpaceX está se preparando para um dos lançamentos mais ousados até o momento: o quinto voo de teste da Starship, programado para ocorrer em 13 de outubro, sujeito à aprovação dos reguladores. Dessa vez, a empresa vai tentar algo inédito — trazer o foguete Super Heavy de volta à base em Boca Chica, Texas, para ser “capturado” por braços robóticos gigantes. Esse passo é crucial para o objetivo da SpaceX de reutilização rápida e eficiente dos seus foguetes.
No entanto, como a própria SpaceX afirma, esse processo é complexo e exige que milhares de critérios sejam atendidos antes que o Super Heavy possa retornar. Tanto o foguete quanto a torre precisam estar em condições perfeitas, e o Diretor de Voo da missão terá que dar a aprovação final para que a captura seja tentada. Se algo der errado, o foguete cairá suavemente no Golfo do México, em vez de ser capturado.
Já o estágio superior da missão será semelhante ao teste anterior, realizado em junho, com a nave Starship percorrendo uma trajetória suborbital até cair de forma controlada no Oceano Índico.
Durante uma reunião de especialistas em ciências espaciais, Bill Gerstenmaier, vice-presidente de confiabilidade da SpaceX, expressou otimismo em relação ao sucesso da captura. “Já pousamos no oceano com precisão de meio centímetro”, afirmou ele. “Acreditamos que temos uma boa chance de trazer o foguete de volta à torre.”
O cronograma de lançamento parece estar à frente do previsto pela FAA (Administração Federal de Aviação), que havia mencionado que a licença não seria emitida até o final de novembro, citando questões ambientais. No entanto, a SpaceX segue confiante, mesmo com as revisões em andamento.