Economia
Volume recorde de operações suspeitas pressiona bancos e fintechs a agir mais rápido
Comunicações de operações suspeitas cresceram 766% em dez anos; especialistas alertam que, sem priorização, sinais reais continuam passando despercebidos
Casos recentes de grande repercussão — como a prisão temporária do fundador da Ultrafarma, no âmbito da Operação Ícaro, a megaoperação contra um suposto esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro do PCC envolvendo postos de combustíveis, fundos de investimento e instituições financeiras, e o ataque hacker à C&M Software, que movimentou cifras estimadas em até R$ 1 bilhão — escancaram a pressão sobre os mecanismos de prevenção à lavagem de dinheiro no Brasil. Em meio a episódios emblemáticos, o dado estrutural é ainda mais relevante: o país registrou 7,5 milhões de comunicações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em 2024, quase oito vezes mais do que há dez anos.
Os números refletem a crescente exigência regulatória e a digitalização financeira, mas também expõem um gargalo: a dificuldade das equipes de compliance em diferenciar o ruído do risco real. Segundo estatísticas oficiais, menos de 0,25% das comunicações resultaram em Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) no último ano — documento que subsidia investigações e processos administrativos.
O que está em jogo
A Lei 9.613/1998 e a Circular 3.978/2020 do Banco Central obrigam instituições financeiras, fintechs e operadoras de pagamento a monitorar operações atípicas, analisar e comunicar suspeitas ao Coaf. O prazo é de até 45 dias para a análise interna e um dia útil para o envio da comunicação. Mas, na prática, analistas enfrentam sistemas engessados, excesso de falsos positivos e sobrecarga de trabalho, fatores que tornam a resposta mais lenta do que a dinâmica dos crimes financeiros.
Casos emblemáticos, problema estrutural
O ataque à C&M, em julho, paralisou temporariamente uma engrenagem crítica do Pix e resultou na prisão de suspeitos. Já a Operação Ícaro, em agosto, apontou movimentações atípicas ligadas à manipulação de créditos tributários. Recentemente, a megaoperação da Polícia Federal e do Ministério Público contra postos e distribuidoras de gasolina, fundos de investimento, corretoras de valores mobiliários e instituições financeiras evidenciou novamente os riscos de esquemas financeiros complexos envolvendo diversos agentes e setores de alto risco, reforçando a necessidade de sistemas de monitoramento eficientes. Todos os três casos ganharam manchetes, mas, segundo especialistas, não são exceções. Situações semelhantes — maiores ou menores — acontecem todos os dias e exigem detecção e resposta rápidas.
“O desafio não é apenas captar sinais, mas priorizar o que importa e decidir no tempo certo. Alertas são a matéria-prima; a decisão é o que protege a empresa”, afirma Alexander Fürst, diretor executivo da LPA Soluções Tecnológicas, criadora da plataforma Cerberus.
Tecnologia como aliada
Para Fürst, a evolução passa por sistemas capazes de reduzir falsos positivos e dar autonomia ao analista. A Cerberus, plataforma desenvolvida pela LPA, é um exemplo de como o mercado tem buscado responder. Nativa em nuvem e desenhada para monitoramento, seleção, análise e comunicação (MSAC), ela permite criar regras customizadas sem depender de TI, integrar dados cadastrais e transacionais e priorizar os alertas mais relevantes.
“Quando o analista tem autonomia e visão 360° do cliente e das transações, o ciclo entre alerta e decisão encurta — e a qualidade da análise humana melhora”, completa Fürst.
Próximos passos para o setor
O especialista lista três prioridades imediatas para fortalecer os programas de compliance:
- Fortalecer o entendimento do perfil de clientes e parceiros, para conhecer os riscos associados aos relacionamentos comerciais;
- Refinar cenários de triagem, calibrando regras com base nos perfis de comportamento esperado e nas novas tipologias do crime financeiro;
- Acelerar a governança decisória, garantindo que os alertas relevantes não fiquem parados no fluxo burocrático.
“Os números mostram que o problema não é a falta de alertas, mas a assertividade desses alertas e o tempo de resposta. Em um ambiente em que crimes financeiros e esquemas de corrupção se sofisticam rapidamente, agir com inteligência e agilidade deixou de ser diferencial: tornou-se questão de sobrevivência para bancos, fintechs e empresas reguladas”, finaliza Fürst.
Economia
Oportunidades no mercado de Óleo e Gás são tema de webinar nesta quinta-feira (16)

A Dinamus, empresa que atua no desenvolvimento e inteligência de negócios, realiza nesta quinta-feira (16), a partir das 15h, um webinar voltado para empresas e profissionais que atuam no mercado de Óleo e Gás, setor estratégico para a economia brasileira.
Com duração de uma hora e transmissão ao vivo pelo Teams, o encontro tem como objetivo apresentar caminhos para identificar oportunidades, compreender as exigências das contratantes e posicionar negócios de forma competitiva.
Com o tema “Desvendando o mercado de Óleo e Gás: como conquistar oportunidades ainda em 2025”, o evento será conduzido pelo CEO da Dinamus, Glauco Nader, especialista em desenvolvimento de negócios na indústria de Petróleo, Gás e Energia. Ele abordará temas como demandas e projetos ainda em aberto, requisitos de entrada para fornecedores e estratégias práticas para destacar empresas no setor.
Segundo a organização, a iniciativa busca orientar a indústria sobre as oportunidades do mercado, fortalecer o planejamento estratégico e apoiar a tomada de decisão de quem deseja crescer no setor ainda neste ano.
O webinar é gratuito e as inscrições podem ser feitas pelo link: https://pt.surveymonkey.com/r/Webinar_Dinamus
Economia
Maior rede de telas em shoppings no Nordeste, JCPM Mídia & Experiência investe em novos formatos digitais indoor e outdoor

As novidades do portfólio de mídia do Grupo JCPM foram apresentadas ao mercado durante almoço para executivos e agências.
O Grupo JCPM está ampliando sua atuação em mídia com a implantação de novos formatos indoor e outdoor. Para apresentar as novidades, a empresa reuniu o mercado publicitário nesta quarta-feira (15) em um almoço no restaurante Camarada Camarão, no RioMar Recife.
A iniciativa integra a estratégia de modernização e consolidação da JCPM Mídia & Experiência, reconhecida como a maior rede de telas de shoppings do Nordeste, com mais de 350 painéis distribuídos em 10 empreendimentos. O portfólio inclui ainda instalações externas com painéis de alta visibilidade voltados para vias de grande circulação.
No RioMar Recife, o destaque é uma mega tela translúcida de 6 x 10 metros, instalada na torre do elevador panorâmico da praça principal do shopping. Durante o almoço, os convidados também conheceram o projeto do novo espaço de eventos, projetado em uma área de 2330m², no Piso L3, com previsão de inauguração até o final deste ano. “Nossos shoppings são hubs de experiências, negócios e cultural, local privilegiado para as marcas se conectarem com diferentes públicos, em diferentes momentos de sua rotina”, destaca o gerente Mall e Merchandising do Grupo JCPM, Felipe Menezes.
Já no Shopping Guararapes e no Shopping Tacaruna a novidade está nas áreas externas: painéis digitais de alta definição voltados para a avenida Ayrton Senna, em Jaboatão dos Guararapes, e a avenida Agamenon Magalhães, no Recife. Com resolução 4K e dimensões de 3,68 x 7,84 metros, a tela garante alta visibilidade em qualquer horário, ampliando o potencial da mídia Out of Home (OOH) em pontos de grande fluxo. No cronograma de novos painéis, o próximo será instalado no cruzamento da avenida Boa Viagem com a avenida Antônio de Góis, no Pina, em frente ao JCPM Trade Center.
Expansão pelo Nordeste
As novas implantações fazem parte de um plano de expansão regional, que prevê investimentos em mídia indoor e outdoor em outros shoppings do grupo localizados em Salvador, Aracaju e Fortaleza. A JCPM Mídia & Experiência já impacta mais de 13 milhões de pessoas por mês, oferecendo soluções de alta performance para marcas que buscam conexão com o público em ambientes estratégicos de consumo. Entre as opções de mídia estão megabanners, totens, painéis em LED, TVs digitais, ativações inovadoras de merchandising e outras soluções personalizadas.
Economia
Feira do Empreendedor 2025 movimenta o ecossistema de negócios em São Paulo

Mais de 110 mil visitantes e R$ 45 milhões em negócios devem consolidar a FE25 como a maior edição já realizada pelo Sebrae-SP
De 15 a 18 de outubro, o São Paulo Expo volta a se transformar em uma cidade de oportunidades. A Feira do Empreendedor 2025 (FE25), promovida pelo Sebrae-SP, chega à sua 14ª edição com entrada gratuita e uma proposta clara: conectar ideias, impulsionar negócios e fortalecer o empreendedorismo brasileiro.
Com expectativa de reunir mais de 110 mil pessoas e movimentar R$ 45 milhões em negócios, o evento reafirma seu papel como o maior encontro de empreendedores do país. Serão quatro dias de programação intensa, com palestras, oficinas, rodadas de negócios e experiências imersivas em inovação, sustentabilidade, finanças e marketing.
Entre os expositores confirmados, empresas de diferentes segmentos mostram como o empreendedorismo brasileiro segue em movimento, da tecnologia à beleza, passando por serviços e educação.
Mary Help, rede de franquias fundada em 2011, é hoje referência em intermediação de diaristas. Com investimento inicial a partir de R$ 40 mil, realiza cerca de 700 mil diárias por ano e mantém mais de 9 mil profissionais ativas. Reconhecida com quatro selos de excelência da ABF, a marca soma mais de 170 unidades e faturamento médio mensal de R$ 30 mil, com retorno entre 12 e 14 meses.
Na área da educação, a SuperGeeks, primeira escola de programação e robótica do país, um dos modelos de negócio apresentado é o SuperClass, um formato flexível que opera dentro de escolas e coworkings. Fundada em 2014, a rede investe na formação tecnológica de crianças e jovens, com investimento inicial de R$ 90 mil e retorno previsto entre 24 e 36 meses.
Com foco em tecnologia e automação, a SprintHub apresenta sua plataforma CRM omnichannel com inteligência artificial. Voltada a empresas de todos os portes, um dos modelos oferecido pela marca é o home based com investimento inicial de R$ 20 mil, faturamento médio mensal de R$ 40 mil e retorno em até 6 meses.
E no setor de beleza, o Espaço Make, criada em 2020, no auge da pandemia, conquistou o mercado com o slogan “Porque chique é pagar pouco”. A rede, hoje com 30 unidades em operação, oferece maquiagens multimarcas a partir de R$ 10. O investimento inicial parte de R$ 120 mil, com faturamento médio entre R$ 40 mil e R$ 50 mil mensais e retorno a partir do 12º mês.
Mais do que uma feira, a FE25 consolida-se como um espaço de trocas e aprendizado. Durante quatro dias, o São Paulo Expo será palco para histórias, tendências e oportunidades que refletem o dinamismo e a criatividade de quem empreende no Brasil.
A entrada é gratuita, mediante inscrição no site oficial fe25.com.br.