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Saúde

4 dicas para os cuidados e o bem-estar do idoso acamado

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Foto: Freepik

Atenção a aspectos como higiene, alimentação e rotina é crucial para a qualidade de vida desses pacientes

Diversas são as circunstâncias que podem levar uma pessoa idosa a ficar acamada, o que demanda atenção especial do cuidador, da família ou da equipe que a atende.  De acordo com o Ministério da Saúde, são necessários cuidados com alimentação, higiene e transporte para evitar problemas durante o processo. Caso o idoso seja consciente, é importante ainda manter uma rotina e planejar atividades para o decorrer do dia. 

Conforme o estudo “Saúde do idoso: orientações ao cuidador do idoso acamado”, publicado na Revista Médica de Minas Gerais (RMMG), o aumento da longevidade da população no Brasil tem trazido desafios para a atenção à saúde. Isso porque as pessoas idosas precisam ser vigiadas e cuidadas por uma equipe multiprofissional e, em muitas situações, necessitam de cuidadores domiciliares.

A pesquisa ressalta, ainda, que o envelhecimento da população é uma realidade global. A estimativa é de que, caso o crescimento populacional continue no ritmo que está, a nação brasileira deve se tornar a sexta mais idosa do mundo até 2025. 

Para os cuidados diários com pessoas acamadas, o Ministério da Saúde (MS) orienta que não apenas o cuidador, mas todos os envolvidos na rotina do idoso mantenham a higiene pessoal. O D’Or Mais Saúde indica que é fundamental, por exemplo, lavar bem as mãos antes e depois de tocar em qualquer alimento, utensílio ou produto especial do paciente. 

Manter a limpeza do leito e do ambiente e a cautela no banho, nas trocas de roupas e no preparo das refeições devem ser atitudes rotineiras para evitar infecções e complicações, segundo recomendações do MS. Além disso, devem ser utilizados materiais adequados para cada etapa de cuidado. Caso o banho precise ser feito na própria cama, por exemplo, deve-se usar um lenço umedecido adulto específico para higiene do corpo inteiro e não lenço de bebê.

Vale lembrar que a internação domiciliar é uma opção de cuidado que permite que pessoas recebam assistência em casa, especialmente indicada para idosos com condições crônicas de saúde. No entanto, isso pode resultar em longos períodos de repouso na cama e seguir algumas dicas pode ser essencial para garantir o conforto e a qualidade de vida desses indivíduos. 

  1. Atenção à higiene sempre

Essa dica é uma das mais importantes, porque o direito à higiene pessoal é garantido pelo Estatuto do Idoso. Instituições e pessoas que abrigam e cuidam de idosos têm a obrigação de atender a certos padrões de limpeza compatíveis com as suas demandas e necessidades.

Essa condição é ainda mais primordial para compreender como cuidar de pessoas idosas acamadas. De modo geral, elas necessitam de auxílio para ações básicas, como escovar os dentes e tomar banho.

Dessa forma, os principais cuidados incluem dar banho todos os dias e secar bem o corpo inteiro do paciente; observar se há lesões na pele; higienizar as partes íntimas após urinar ou evacuar; e manter as unhas cortadas e limpas. Além disso, é preciso escovar os dentes e higienizar a boca do acamado depois de cada refeição e mantê-lo sempre bem hidratado, oferecendo água à vontade ao longo do dia. 

  1. Cuide da pele para evitar feridas

Como destacado em artigo da RMMG, cuidar de idosos acamados exige atenção redobrada em relação à mudança de posição. Esse cuidado é para evitar que lesões por pressão, chamadas de escaras, se formem na pele do paciente.

O tecido dérmico de idoso acamados fica ainda mais vulnerável por conta do envelhecimento. A formação de feridas, contudo, também pode ser provocada por atrito da pele com outras superfícies durante muito tempo, imobilidade, desidratação, alteração da circulação local, desnutrição e umidade. Doenças como neuropatias, diabetes e traumas também podem provocar as feridas.

Para preveni-las, é preciso trocar o paciente de posição frequentemente, mantê-lo hidratado – por meio da ingestão de água e do uso de hidratantes tópicos – e utilizar colchão piramidal e travesseiros macios para aliviar a pressão sobre a pele. Oferecer alimentação rica em proteínas e minerais é uma forma de ajudar na cicatrização, além de ser importante estimular a movimentação, verificar diariamente o estado da pele e manter a higiene corporal com troca de fraldas sempre que necessário.

  1. Tenha cuidado com a alimentação

A alimentação é um fator extremamente importante para garantir os cuidados necessários com o idoso acamado. As refeições precisam ser servidas com o cuidado especial de averiguar a sua temperatura e o prazo de validade dos alimentos.

Vale lembrar que as necessidades nutricionais podem variar de um paciente para outro, sendo importante consultar um nutricionista ou profissional da saúde capacitado para orientar a melhor dieta a ser seguida. 

De modo geral, uma comida saudável para o idoso deve ser variada, moderada e equilibrada. Segundo o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde, uma alimentação saudável deve ter diariamente fontes de alimentos energéticos – como trigo, milho, arroz, aveia, entre outros –, proteinados – como ovos, carnes, leguminosas, queijos e iogurtes – e vitaminados – com frutas, fibras, verduras e legumes. 

  1. Mantenha uma rotina ativa para o bem-estar 

Conforme ressaltado pela gerontóloga e docente do curso de cuidador de idoso do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de São Paulo, Karen Elise de Campos, em entrevista à imprensa, a saúde emocional do idoso acamado é um dos aspectos mais importantes na trajetória de cuidados com esse paciente. 

Isso porque, uma pessoa nessa condição, muitas vezes, teve suas expectativas em relação à velhice frustradas devido ao estado de dependência. Para tentar amenizar o sofrimento atrelado a essa situação, é indicado conhecer a personalidade do idoso, descobrir seus gostos e tentar incluir suas vontades e opiniões nos cuidados diários. 

Por exemplo, um idoso que está completamente imóvel, mas tem suas funções cognitivas preservadas, pode ter vontade e capacidade de escolher o que comer, vestir ou assistir. 

Além disso, atividades como massagens e movimentos que ativam a circulação e ajudam a manter o mínimo de tônus muscular também devem ser feitos. Sob a supervisão ou orientação de um fisioterapeuta, exercícios com braços, pernas, mãos, pés e pescoço podem fazer a diferença no bem-estar e no funcionamento correto do organismo do acamado.

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Saúde

Saúde desde o início: a importância do Teste do Pezinho

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Nessa sexta-feira (06/06) é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho e no Laboratório Bittar, é reforçada a importância desse cuidado logo nos primeiros dias de vida. Com isso é garantido o diagnóstico rápido e tratamento adequado, quando necessário.

Esse exame é fundamental para a detecção precoce de doenças genéticas, metabólicas e infecciosas que podem afetar a saúde e o desenvolvimento do bebê.

O exame é simples e rápido. O sangue é coletado no calcanhar do bebê, por ser uma parte do corpo com muitos vasos sanguíneos. Ele é passado para um papel-filtro especial e depois enviado para análise laboratorial.

A saúde do bebê começa com prevenção. Para mais informações e agendamento entre em contato: (21) 2621-6161 / Whatsapp: (21) 99995-6816.

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Saúde

Rio: ampliação do teste do Pezinho rastreia 54 doenças raras

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© Arte/Agência Brasil

Da Agência Brasil – Rio de Janeiro

No Dia Nacional do Teste do Pezinho, comemorado nesta sexta-feira (6), a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), reforça a importância do exame que reduz mortes e sequelas em recém-nascidos. De 2023 a 2024, foram realizados quase 250 mil exames em todo o estado, o primeiro do país a oferecer o exame ampliado nos 92 municípios, passando de sete para 54 doenças rastreadas.

O exame é simples e rápido. O sangue é coletado no calcanhar do bebê, por ser uma parte do corpo com muitos vasos sanguíneos. Ele é passado para um papel-filtro especial e depois enviado para análise laboratorial. A recomendação é que seja feito entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê.

“São gotas de amor que salvam vidas. O exame permite detectar algumas doenças raras, possibilitando a chance de tratamento precoce, redução de óbitos e sequelas infantis. Desde agosto de 2023, a secretaria ampliou a rastreabilidade de outras doenças como do ciclo da ureia, anemia falciforme, fibrose cística, fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito”, explica a coordenadora de Saúde da Criança da SES-RJ, Roberta Serra.

Desde 2017, a Secretaria de Saúde estabeleceu parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Rio de Janeiro (Apae-Rio), que realiza de 11 a 12 mil testes por mês, de acordo com o número de nascidos vivos. Em 2023, a associação fez 135 mil rastreamentos em crianças. Em 2024, foram mais de 113 mil. O estado tem 1.074 unidades cadastradas para a realização dos testes, incluindo unidades básicas de saúde, postos de saúde e maternidades.

Resultado pela internet

O estado do Rio é pioneiro, desde 2018, em disponibilizar o Teste do Pezinho Ampliado de forma online. Desde 1º de agosto de 2023, os resultados dos exames estão disponíveis no site da secretaria e podem ser acessados com o número do papel-filtro do exame, fornecido pela unidade de saúde onde foi feito o teste e a data de nascimento do bebê.

O serviço digital é oferecido pela Apae-Rio, que também avisa aos familiares pelo WhatsApp em casos de resultados suspeitos.

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Saúde

Casos de síndrome respiratória em idosos e crianças continuam em alta

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© Valter Campanato/Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (5), alerta que os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por Influenza A e pelo vírus sincicial respiratório (VSR) continuam em alta no país. A mortalidade por SRAG nas últimas oito semanas foi semelhante entre crianças e idosos. Na população idosa, destacam-se os óbitos associados à Influenza A. Nas crianças, predominam a incidência e a mortalidade pelos rinovírus e Influenza A. A análise é referente à semana epidemiológica entre os dias 25 e 31 de maio.

Pesquisadora do InfoGripe, Tatiana Portella avalia que, apesar da elevação de ocorrências de SRAG em crianças na maior parte do país, já é possível verificar sinais ou manutenção de interrupção desse aumento em alguns estados das regiões Centro-Sul e Norte, além do Ceará, mas os índices da doença ainda seguem elevados nessas regiões. “Reforço a importância da vacinação contra o vírus da influenza A, especialmente nas populações mais vulneráveis, como idosos, crianças, pessoas com comorbidades e gestantes.”

Ela ainda aponta que os casos de SRAG em crianças de até 4 anos têm sido impulsionados principalmente pelo VSR. “O rinovírus e a influenza A também têm contribuído para o aumento dos casos de SRAG nessa faixa etária e em adolescentes até 14 anos.” A especialista destaca ainda que “os dados laboratoriais por faixa etária indicam que a influenza A é responsável pelo aumento das hospitalizações por SRAG entre idosos a partir dos 65 anos, adultos e jovens a partir dos 15 anos”.

Estados e capitais

O boletim aponta que 25 das 27 unidades da federação apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

O Infogripe informa ainda que 15 das 27 capitais apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco com sinal de crescimento de longo prazo: Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Porto Alegre, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo.

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