Estilo de Vida
Busca de baianos por procedimentos com colágeno e botox vai além da estética; Dra. Anuska Lima explica benefícios para a saúde
Fátima Bernardes, Grazi Massafera e Malvino Salvador são apenas algumas das celebridades que já utilizaram o famoso botox para os cuidados estéticos. Mas o caso da baiana Maria Cecília Santos, 28, por exemplo, foi bem diferente. A enxaqueca sempre foi um problema recorrente na vida do jovem, e somente após usar a toxina botulínica (botox®) foi que ela começou a sentir um alívio real.
A Dra. Anuska Lima (@anuskalima), atuante em Salvador (Bahia) e especialista em harmonização facial e em utilização de colágeno e toxina botulínica, explica que os procedimentos estéticos têm ganhado popularidade não apenas pelos fatores visuais, mas também por questões como a de Cecília. “Além dos benefícios estéticos, a toxina botulínica também é utilizada para minimizar sintomas de bruxismo, por exemplo. Por isso, tantos dentistas utilizam”, explica Anuska, que é também formada há 10 anos como cirurgiã-dentista, além de ser especializada em endodontia e ortodontia.
Graças a essas opções, 30% dos pacientes da Dra. Anuska, em Salvador, vão hoje em busca de melhorias na saúde e qualidade de vida, e não buscam apenas as melhorias na aparência. “Os meus pacientes sabem que faço, inclusive, um estilo de harmonização orofacial, que exalta a beleza natural, sem parecer que o paciente realizou procedimentos”, exclama a profissional.
Colágeno: solução para melhora na qualidade da pele:
O colágeno também não fica de fora das opções para melhorias na qualidade de vida. Trata-se de uma proteína essencial encontrada em tecidos como pele, cabelos, unhas e articulações. Com o tempo, a produção natural de colágeno no corpo diminui, levando a rugas, flacidez da pele e outros sinais de envelhecimento. Os procedimentos que envolvem o colágeno, como preenchimentos dérmicos, têm sido utilizados para restaurar a elasticidade e a vitalidade da pele, o que reduz, por exemplo, a sensação de derretimento dos tecidos e outras condições dermatológicas, como reforça a Dra. Anuska.
Brasil é terceiro país que mais investe em estética:
Por conta de tamanhos benefícios para a medicina, o Brasil tem se destacado como o terceiro maior investidor mundial em procedimentos estéticos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e China. Segundo dados da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o mercado de beleza no Brasil movimentou impressionantes R$47,5 bilhões em 2020.
De acordo com um relatório da ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética), o ano de 2020 testemunhou a realização de mais de 13.000 cirurgias plásticas estéticas. Este levantamento também aponta para uma mudança no perfil dos pacientes, que estão cada vez mais inclinados a buscar intervenções menos invasivas.
Entre 2016 e 2020, o número de procedimentos injetáveis cresceu expressivos 24,1% no país. Além disso, o mercado global de medicina estética segue com uma taxa de crescimento de 14,5% desde 2022. As cirurgias plásticas e os procedimentos estéticos, em especial, os não invasivos, que já representaram 50% de todos os procedimentos realizados. No Nordeste, o crescimento da harmonização facial está em 50% em 2023.
Saúde
Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio
O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.
Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.
Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.
Saúde
Anvisa pode aprovar vacina do Butantan contra a dengue em novembro
A vacina contra a dengue produzida pelo Instituto Butantan pode ser aprovada a partir do final da semana que vem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O anúncio foi feito nesta sexta (7), em coletiva de imprensa que tratou sobre a necessidade de acelerar as filas para aprovação de medicamentos sintéticos e produtos biológicos.

“A vacina de dengue do Butantan é um processo prioritário para a agência”, afirmou o diretor da Anvisa Daniel Pereira. Ele explicou que, na semana passada, houve uma reunião com o comitê de especialistas para suprir dúvidas que ficaram em relação à vacina.
“A nossa expectativa é que, na primeira quinzena de novembro ainda, ou alguns dias a mais, a gente já tenha uma conclusão por parte da Anvisa, para a gente autorizar o registro”, explicou.
Pereira acrescentou que essa análise demandou “muitas horas” de discussão técnica com especialistas externos que apoiaram a decisão. Segundo a Anvisa, não houve solicitações de registro de outros imunizantes por parte dos demais laboratórios.
Inteligência artificial
Na reunião com a imprensa desta sexta, diretores da Anvisa ainda explicaram que a agência pretende utilizar ferramentas de inteligência artificial para acelerar em pelo menos 50% o tempo de análise de medicamentos.
O presidente da Anvisa, Leandro Safatle, contextualizou que há um aumento constante, de aproximadamente de 10%, de petições de novos registros junto à agência. Isso faz com que análises cheguem a demorar até três anos.
“Trata-se de um conjunto de ações que estão sendo pensadas que, em conjunto, tende a reduzir os prazos de análise que estão tendo na Anvisa”, afirmou Safatle.
Segundo o presidente da Anvisa, as ferramentas de inteligência artificial estão sendo muito utilizadas em todas as agências reguladoras. “É um instrimento que pode ajudar muito no processo de otimização de análise e no processo de aumento da produtividade”, disse Safatle.
O diretor da Anvisa Daniel Pereira informou que a agência tem hoje na fila aproximadamente 1,1 mil medicamentos sintéticos e cerca de 100 produtos biológicos para a análise.
Com as propostas para acelerar as avaliações, a ideia é que, até dezembro do ano que vem, a Anvisa consiga atender aos prazos legais de um ano de fila para análise em todas as áreas.
“A gente já tem uma série de instrumentos sendo desenvolvidos na parte de inteligência artificial dentro da Anvisa. Tem uma área específica que está cuidando muito desse tema aqui dentro”, afirmou Safatle.
Aporte de recursos
O ministro da saúde, Alexandre Padilha, que está na África do Sul com autoridades da saúde dos 20 países mais ricos do mundo, anunciou, por vídeo, durante a reunião, o investimento de R$ 25 milhões para que a Anvisa possa ampliar ferramentas de inteligência artificial e, assim, reduzir o prazo de análise dos pedidos.
Padilha defendeu, na gravação, que uma das questões principais para liderar a atração de investimentos para a inovação e produção de medicamentos no Brasil é acelerar os registros, que dão acesso o mercado brasileiro.
“Acreditamos que isso vai reduzir, dar mais qualidade à análise, reduzir o tempo para os projetos de inovação e, com isso, fazer com que medicamentos novos cheguem mais rápido à nossa população”, disse o ministro.
Outra iniciativa é a criação de um comitê de acompanhamento do plano envolvendo o setor. Na reunião com ministros da saúde do G20, ele divulgou que foram feitas parcerias com empresas da África do Sul e Indonésia para acelerar a produção de vacina para tuberculose no nosso país.
Saúde
Médico brasileiro inova com terapia combinada que eleva em até 15% a eficácia dos tratamentos contra a obesidade
A obesidade, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como uma das maiores epidemias globais do século XXI, vem ganhando novas frentes de tratamento com o avanço de terapias que unem ciência e tecnologia médica. Um protocolo criado pelo Dr. Flavio Ramos está demonstrando resultados promissores no tratamento da obesidade. A chamada terapia combinada associa procedimentos endoscópicos minimamente invasivos com as mais recentes medicações injetáveis para o controle da obesidade.
“A combinação de tratamentos é o futuro da Endoscopia Bariátrica. Estamos alcançando resultados que superam em 10% a 15% a perda de peso total esperada com os métodos individuais — e, o mais importante, com doses significativamente menores das medicações, minimizando efeitos colaterais e oferecendo mais conforto ao paciente”, explica o médico.
A abordagem vem sendo aplicada em pacientes com sobrepeso e obesidade grau 1 e 2, que muitas vezes não apresentam indicação para cirurgia bariátrica.
Segundo o especialista, essa combinação não apenas impulsiona a perda de peso, mas também é crucial para resgatar pacientes que atingiram o efeito platô, superando a resistência do organismo e evitando o desânimo em um processo de tratamento que exige persistência.
Os resultados dessa otimização clínica estão sendo preparados para publicação científica em 2026.
Nos últimos anos, Dr. Flavio vem se destacando na implementação e difusão de técnicas de ponta no país, como o Balão Gástrico e a Sutura Gástrica Endoscópica (SGE/OverStitch), incluindo a experiência com seu precursor, o Stomafix (procedimento minimamente invasivo que realizava suturas no estômago já operado).
Sobre Dr. Flavio Ramos
Entre os pioneiros dessa evolução no Brasil, Dr. Flavio Ramos, é endoscopista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED). Com mais de 20 anos de experiência, o médico é professor renomado do Instituto de Pesquisa e Treinamento em Cirurgia Minimamente Invasiva (IRCAD), onde leciona há mais de sete anos também e diretor da Endocare (nova fase da tradicional Endodiagnostic) ao lado do Dr. Felipe Matz.




