Saúde
Com apoio de Médicos Sem Fronteiras, é inaugurada nova instalação para atendimento na Terra Indígena Yanomami
As comunidades de Auaris, na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima, agora contam com novas instalações para cuidar da saúde dentro de seu território. A reforma e ampliação do polo-base da Unidade Básica de Saúde Indígena é fruto de uma parceria entre Médicos Sem Fronteiras (MSF) e o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami Ye´Kwana (Dsei-YY). A inauguração do novo espaço foi realizada nesta segunda-feira (17) com a participação de comunidades Ye’kwana e Sanöma, etnias que vivem na região.
O polo-base de Auaris está entre as unidades de saúde com maior número de atendimentos na TIY. Entre janeiro e maio de 2024, mais de 5 mil atendimentos foram realizados por profissionais de MSF e do Dsei-YY. Atualmente, o trabalho de nossas equipes concentra-se principalmente na busca ativa, diagnóstico e no tratamento da malária e em cuidados de saúde básica, que incluem atendimentos de doenças respiratórias e de fraturas, entre outros. A equipe de MSF na TIY é composta por cerca de 20 profissionais de diversas áreas, tais como: médicos, psicólogos, enfermeiros, microscopistas, promotores de saúde, especialistas em logística e mediadores culturais.
A ampliação do espaço vai possibilitar a oferta dos serviços de saúde de forma mais adequada e acolhedora para a população. “Sempre que possível, o ideal é tratar as pessoas na própria TIY por inúmeras razões, inclusive culturais. Acreditamos que a ampliação do polo-base é fundamental para a melhoria da saúde da população indígena”, explica a coordenadora do projeto de MSF em Roraima, Daniela Cerqueira.
A reforma do polo-base foi coordenada por MSF. A iniciativa foi realizada como parte da colaboração com o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI) e do Dsei-YY, implementada no início da emergência sanitária.
“Nosso foco tem sido somar esforços para facilitar o acesso a cuidados de saúde para as pessoas, evitando duplicar ações já desenvolvidas por instituições governamentais ou por outras organizações”, afirma Daniela Cerqueira. “Essas Iniciativas são fundamentais para melhorar a qualidade da atenção oferecida às comunidades que vivem na TIY. A reforma do polo-base é um legado de MSF neste sentido”, explica ela.
O polo-base de saúde
A obra contou com uma contribuição financeira relevante de MSF, que investiu aproximadamente 400 mil euros (cerca de R$ 2,3 milhões), entre materiais e recursos humanos. A reforma possibilitou a ampliação do espaço, composto por um bloco onde são realizados atendimentos ambulatoriais, ala para internação, consultório de saúde mental, laboratório para microscopistas, farmácia, entre outros. Também foram construídos alojamentos para os profissionais de saúde.
O projeto foi totalmente pensado com base na realidade local, priorizando a energia solar e a ventilação natural e usando água captada de rios, reutilizada na irrigação de bananeiras. Todo processo de reforma da estrutura prévia e da ampliação foi feito em conjunto com as comunidades, desde o planejamento até a execução. Um dos exemplos é o uso de redes em vez de camas hospitalares e espaços onde podem ser acesas pequenas fogueiras na área de internação.
Para a realização da obra, MSF contou com uma equipe de mais de 50 profissionais, incluindo coordenador, responsável de água e saneamento, arquiteto, engenheiro, supervisor de obras, eletricista, marceneiros, carpinteiros e ajudantes da comunidade.
O trabalho de MSF no enfrentamento da crise na Terra Indígena Yanomami
Desde fevereiro de 2023, equipes de MSF estão trabalhando na Casa da Saúde Indígena Yanomami (Casai-Y), em Boa Vista, colaborando com o Dsei-YY no atendimento de saúde primária, saúde mental e tratamento da malária.
Em maio do mesmo ano, ampliamos o apoio para a região de Auaris, na TIY. Desde então, o engajamento com a comunidade é um elemento chave no atendimento à população Yanomami. Por esta razão, MSF trabalha com mediadores que conectam pacientes e equipes médicas, para oferecer um atendimento de saúde descentralizado e de qualidade, que respeite as especificidades culturais e assegure a participação social.
MSF tem uma ligação histórica com comunidades indígenas brasileiras. Os primeiros projetos da organização no país aconteceram no início da década de 90, inicialmente na resposta a uma epidemia de cólera na região amazônica. Na sequência, MSF atuou no combate à malária no estado de Roraima, em parceria com agentes de saúde e microscopistas indígenas formados pela organização. “Para Médicos Sem Fronteiras, o que celebramos hoje é a continuação de uma história que começou há mais de 30 anos com o atendimento de povos indígenas aqui na região Norte”, ressaltou Daniela.
No momento, MSF também atua na resposta à emergência causada pelas inundações no Rio Grande do Sul e com um projeto regular em Portel, na região da Ilha do Marajó, no Pará. No trabalho realizado no Brasil e em mais de 70 países em todo o mundo, MSF orienta suas ações com base nos princípios de neutralidade, imparcialidade e independência. Como organização médico-humanitária de emergência, sempre procura trabalhar de forma coordenada com as estruturas de saúde já existentes, aumentando a eficiência e evitando a duplicação de esforços.
Saúde
Mortes em Terra Yanomami caem 27,6% desde declaração de emergência
Desde janeiro de 2023, quando foi declarada emergência em saúde pública de importância nacional para combate à desassistência sanitária de povos que vivem no território indígena Yanomami, em Roraima, a mortalidade na região caiu 27,6%.

Dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Ministério da Saúde mostram que, entre o primeiro semestre de 2023 e o primeiro semestre de 2025, as mortes por malária caíram 70%; as por desnutrição, 70,6%; e por infecções respiratórias, 40,8%.
Para a pasta, os resultados refletem o aumento no número de profissionais de saúde, o fortalecimento da capacidade de resposta local das equipes e a ampliação da vacinação e do acompanhamento nutricional na região.
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Profissionais e atendimentos
Os números do ministério indicam que o território Yanomami conta, atualmente, com 1.855 profissionais de saúde – um aumento de 169% em relação ao início de 2023, quando o contingente somava 690.
Os atendimentos à população passaram de 441 mil no primeiro semestre de 2023 para mais de 470 mil no mesmo período de 2025, incluindo equipes que atuam diretamente no território e também na Casa de Saúde Indígena (Casai) em Boa Vista.
Já os atendimentos médicos saíram de 8.341 no primeiro semestre de 2023 para 19.184 no primeiro semestre de 2025.
Enquanto o território contava com seis médicos no primeiro semestre de 2023, o número chegou a 63 no primeiro semestre de 2025.
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Agentes do SUS prestam socorro aos Yanomamis. – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil – Fernando Frazão/Agência Brasil
Urgência e emergência
Os dados mostram ainda uma redução de 25% nas remoções de urgência e emergência em território yanomami entre o primeiro semestre de 2024 (1.817 casos) e de 2025 (1.364 casos), acompanhada por um aumento nas remoções eletivas, que subiram de 231 para 447 no mesmo período.
“Esse resultado reflete maior capacidade de resposta local das equipes de saúde, reduzindo a necessidade de deslocamentos imediatos para hospitais de referência e indica fortalecimento da atenção primária, melhor organização dos fluxos assistenciais e maior resolutividade dos casos no território, com impacto positivo sobre a continuidade do cuidado”, destacou o ministério.
Já o crescimento das remoções eletivas, segundo a pasta, demonstra melhoria no planejamento assistencial, possibilitando que os deslocamentos aconteçam de forma programada, com menor risco e maior eficiência logística.
Malária
As mortes por malária diminuíram de dez entre janeiro e junho 2023 para três no mesmo período de 2025 – uma queda de 70%. Entre 2023 e 2024, a letalidade da doença (proporção de óbitos entre casos confirmados) apresentou redução de 29,6%, seguida de nova queda de 58% de 2024 para 2025.
A testagem para malária no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami passou de 78.577 em 2023 para 136.803 em 2024 (alta de 74,1%) e para 160.085 em 2025 (alta de 17%), um aumento acumulado de 103,7% em relação a 2023.
Nutrição
Os dados também revelam que o número de crianças acompanhadas pela vigilância nutricional aumentou de 67% para 81,7% entre os primeiros semestres de 2023 e de 2025. Atualmente, segundo o ministério, 49,7% das crianças menores de 5 anos apresentam peso adequado, contra 47% em 2023.
Entre 2024 e 2025, o percentual de crianças yanomamis, classificadas com muito baixo peso, caiu de 24,5% para 19,8%.
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Yanomamis aguardam por familiares nos arredores do Hospital de Campanha que presta atendimento aos indígenas em situação de emergência em Boa Vista. Foto-arquivo: Fernando Frazão/Agência Brasil
Infecções respiratórias agudas
O levantamento mostra um aumento de 325% no número de atendimentos por infecções respiratórias agudas no primeiro semestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2023, passando de 3.100 para 13.176 atendimentos.
Vacinação
Na vacinação na rotina, o ministério registrou aumento de 59,5% no número de doses aplicadas no primeiro semestre de 2024 quando comparado a 2023, mantendo o mesmo patamar em 2025.
A séria histórica, segundo a pasta, demonstra “trajetória ascendente, seguida de estabilização, indicando consolidação do desempenho vacinal no território yanomami”.
Entre menores de 1 ano, o indicador Esquema Vacinal Completo (EVC), que mensura a proporção de indivíduos com todas as vacinas preconizadas na rotina, passou de 32,2% em 2023 para 57,8% em 2025, enquanto, entre menores de 5 anos, cresceu de 53,5% para 73,5% no mesmo período.
Saúde
Brasil tem 37 casos de sarampo, mas ainda é área livre da doença
Os casos de sarampo no Brasil, este ano, chegaram a 37, após mais três infecções confirmadas na cidade de Primavera do Leste (MT). Apesar disso, o Brasil mantém o certificado de país livre da doença, já que a maior parte dos casos tem origem importada e não há circulação interna do vírus de forma endêmica.

Os 37 casos foram registrados em sete estados: um no Distrito Federal, dois no Rio de Janeiro, um em São Paulo, um no Rio Grande do Sul, 25 no Tocantins, um no Maranhão e seis em Mato Grosso. Os dois maiores focos, em Campos Lindos (TO) e Primavera do Leste (MT), começaram com a reentrada no país de pessoas infectadas durante viagem a Bolívia, país que vive surtos da doença.
Em todas essas ocasiões, o Ministério da Saúde interviu, em conjunto com as secretarias estaduais e municipais, realizando o monitoramento dos doentes e de seus contatos e o bloqueio vacinal para evitar a disseminação da doença. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforça que a melhor forma de prevenir o sarampo é a vacinação de rotina.
“No Brasil, acreditamos na ciência e, por isso, a vacina está disponível gratuitamente para toda a população de 12 meses a 59 anos. Estamos empenhados em evitar a reintrodução do vírus no país. Além das ações de vigilância, o Ministério da Saúde tem garantido o abastecimento de imunizantes em todos os estados”, declarou.
No ano passado, o Brasil alcançou a metade de cobertura de 95% na primeira dose, mas apenas 80,43% do público-alvo receberam a segunda. Este ano, por enquanto, a cobertura da vacinação no público-infantil está em 91,51%, na 1ª dose e 75,53%, na 2ª.
A vacina contra o sarampo está disponível no Sistema Único de Saúde e faz parte do calendário básico de vacinação infantil. A primeira dose deve ser tomada aos 12 meses de idade, com o imunizante tríplice viral, que protege também contra a caxumba e a rubéola.
Já a segunda dose é aplicada aos 15 meses, com a tetraviral, que reforça a proteção contra as três doenças e imuniza ainda contra a varicela, que causa a catapora. Qualquer pessoa com até 59 anos que não tenha comprovante de vacinação ou não tenha completado o esquema vacinal deve atualizar sua carteira de vacinação.
Américas
A situação epidemiológica do Brasil foi apresentada à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em reunião recente. De acordo com o Ministério, a Opas reconheceu as ações para manter o certificado de eliminação da doença, como o avanço da vacinação e a resposta rápida aos casos importados.
Na segunda-feira (10), a Opas retirou o certificado de eliminação da doença vigente para o continente americano, após identificar a circulação endêmica do vírus, por mais de 12 meses no Canadá. As Américas registraram, até 7 de novembro, 12.596 casos confirmados de sarampo em dez países, incluindo o Brasil, número 30 vezes maior do que o de 2024. No entanto, 95% se concentram no Canadá, México e nos Estados Unidos.
A Opas recomendou a todos os países do continente que continuem implementando atividades de resposta rápida para casos suspeitos de sarampo e reforçando a vacinação, especialmente nas regiões de fronteira. O Brasil tem reforçado esse cinturão vacinal, especialmente na fronteira com a Bolívia.
Entre julho e outubro, foram aplicadas quase 126 mil doses da vacina nos estados do Acre, de Mato Grosso do Sul, Rondônia e Mato Grosso. Além disso, 640 mil doses da vacina foram doadas ao país vizinho. O Pará, que está recebendo grande fluxo de pessoas de diversos países por causa da COP 30, também teve ações de vacinação intensificadas e, desde o início do ano, cerca de 351 mil doses já foram aplicadas.
Saúde
Continente americano perde certificação de eliminação do sarampo
O continente americano perdeu o status de região livre de transmissão endêmica do sarampo. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) decidiu retirar o certificado após constatar que o vírus do sarampo tem circulado de forma sustentada, no Canadá, há 12 meses, o que configura a transmisssão endêmica da doença.

“Se um país na região perde o certificado, a região toda acaba perdendo essa condição”, explicou o diretor da Opas, Jarbas Barbosa, em uma coletiva de imprensa na última segunda-feira (10).
No entanto, Barbosa ressalvou que a perda é reversível. “Enquanto o sarampo não for eliminado em nível mundial, nossa região continuará enfrentando o risco de reintrodução e disseminação do vírus entre populações não vacinadas ou subvacinadas. Nesse momento, nós temos vários surtos de sarampo no mundo, os países da América recebem todos os dias casos importados de outras regiões. Mas nós já demonstramos antes, que com compromisso político, cooperação regional e vacinação sustentada, podemos voltar a ter o certificado na região”, complementou.
O Canadá não é o único país com registros da doença nas Américas. Até 7 de novembro de 2025, foram notificados 12.596 casos confirmados de sarampo em dez países, incluindo o Brasil. No entanto, 95% se concentram no Canadá, México e Estados Unidos.
O total de casos é 30 vezes maior do que o registrado em 2024. A doença também causou a morte de 28 pessoas: 23 no México, 3 nos Estados Unidos e 2 no Canadá.
Sete países estão com surtos ativos: Canadá, México, Estados Unidos, Bolívia, Brasil, Paraguai e Belize, em sua maioria desencadeados por casos importados.
Ainda de acordo com a Opas, 89% dos infectados não foram vacinados ou tinham situação vacinal desconhecida. Crianças com menos de 1 ano de idade são as mais afetadas e também as mais propensas a desenvolver complicações pela doença.
Até o início da década de 1990, o sarmpo era uma das principais causas de mortalidade infantil e provocava cerca de 2,5 milhões de óbitos por ano, no mundo.
“O vírus do sarampo é um dos mais contagiosos. Uma pessoa infectada pode transmitir pra até 18 pessoas. Graças às vacinas, muitas pessoas nunca viram um surto na sua vida, mas o sarampo pode causar complicações sérias como cegueira, encefalite e até mesmo a morte. Crianças pequenas podem ter encefalite quase fatal, anos mais tarde. Pelo menos 95% da população tem que estar vacinada com as duas doses pra gente interromper isso e em todas as comunidades, sem exceção”, alerta o diretor da Opas.
Situação no Brasil
Apesar de ter registrado casos em 2025, o Brasil ainda mantém o certificado de país livre do sarampo, reconquistado em novembro do ano passado. Ao contrário do que aconteceu no Canadá, aqui não se estabeleceu uma contaminação interna e sustentadada da doença pelo período mínimo necessário.
Por enquanto, foram confirmados 34 casos em 2025, sendo um no Distrito Federal, dois no Rio de Janeiro, um em São Paulo, um no Rio Grande do Sul, 25 em Tocantins, um no Maranhão e três no Mato Grosso.
A situação mais grave, ocorrida na cidade de Campos Lindos (TO), teve origem com a chegada de quatro pessoas infectadas durante viagem à Bolívia. Elas transmitiram o vírus para outros 18 moradores da comunidade, que tem histórico de resistência à vacinação. Outros três moradores da cidade que não fazem parte da comunidade também adoeceram.
Este caso ainda é considerado um surto ativo pelas autoridades sanitárias, já que o último paciente confirmado registrou sintomas no dia 12 de setembro, e é necessário que se passem 12 semanas sem nenhuma outra confirmação para que o surto possa ser considerado encerrado.
O presidente da Câmara Técnica para a Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita do Ministério da Saúde, Renato Kfouri, diz que o órgão se reuniu com representantes da Opas neste mês para apresentar a situação do país.
“Fizeram poucas recomendações, de intensificar a vigilância e aumentar a cobertura da segunda dose da vacina. Mas os casos de Campos Lindos e do Mato Grosso já mostram isso: nós estamos detectando precocemente os casos, fazendo bloqueio vacinal, e especialmente indo nesses bolsões de baixa cobertura”, acrescentou Kfouri.
De acordo com o presidente da câmara técnica, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, a quantidade crescente de casos, especialmente em países vizinhos, como Argentina e Bolívia, aumenta a preocupação com o Brasil.
“São dois pilares que sustentam a nossa situação de zona livre de circulação de sarampo: a vigilância de casos, com a detecção rápida de casos suspeitos, e, claro, a vacinação, com as duas doses. Nossa cobertura está batendo perto de 95% na primeira dose, mas caindo pra 80% na segunda dose”, alerta.
A diretora da Sbim, Isabela Ballalai, confirma que as autoridades de saúde e os especialistas já estão em alerta desde o aparecimento dos primeiros casos importados. Ela lembra que o Brasil, além de fazer fronteira com diversos países, também mantém uma circulação frequente de pessoas com os Estados Unidos, onde o vírus está se espalhando “de maneira absurda e totalmente sem controle”.
“Se a gente não chegar a, no mínimo, 95% de cobertura, vamos ter de novo surtos e mais surtos. O Ministério da Saúde tem se engajado muito na prevenção do sarampo, mas chegar ao ponto de perder o certificado de eliminação nas Américas é, sem dúvida, um retrocesso muito significativo e um risco grande pra população de todo o continente”, lamenta a diretora da Sbim.
A vacina contra o sarampo está disponível no Sistema Único de Saúde e faz parte do calendário básico de vacinação infantil. A primeira dose deve ser tomada aos 12 meses de idade, com o imunizante tríplice viral, que protege também contra a caxumba e a rubéola.
Já a segunda dose, é aplicada aos 15 meses, com a tetraviral, que reforça a proteção contra as três doenças e imuniza ainda contra a varicela, que causa a catapora. Qualquer pessoa com até 59 anos que não tenha comprovante de vacinação ou não tenha completado o esquema vacinal deve atualizar sua carteira de vacinação.



