Empresas & Negócios
Como ingressar no setor bancário sem concursos: alternativas após 1,5 milhão de inscrições no concurso do Banco do Brasil em 2023
Caminhos inovadores para se destacar no setor bancário sem precisar de concurso público
Durante o ano de 2023, o concurso do Banco do Brasil registrou um número recorde de 1,5 milhão de inscritos em busca das tão almejadas vagas disponíveis no mercado bancário. Isso revela o desejo pela carreira de bancário, mas a dúvida permanece: seria possível construir uma carreira nesse setor sem depender de concursos públicos? Para aqueles que desejam seguir no setor financeiro, há caminhos promissores e acessíveis no setor privado e nas fintechs.
Os bancos privados estão frequentemente em busca de candidatos para cargos de entrada e, geralmente, priorizam a experiência em atendimento ao cliente, vendas e relacionamento, além de compartilhar as habilidades envolvidas que, geralmente, são ensinadas em cursos de curta duração. “Experiências anteriores em áreas como atendimento e vendas são altamente valorizadas pelos bancos, pois demonstram a habilidade de lidar com pessoas e resolver problemas de forma eficaz. Além disso, competências como comunicação clara, foco em resultados e empatia são diferenciais que podem ser desenvolvidos em cursos de curta duração, preparando os candidatos para os desafios do setor bancário.”, diz Letícia Alves, especialista em transição de carreira para o banco Bradesco e sócia diretora do “MeuCertificado”.
Para jovens e estudantes, uma maneira de iniciar a carreira no setor é por meio dos programas de estágio e jovem aprendiz, que na maioria dos casos são seguidos por contratos efetivos. Esses programas oferecem a oportunidade de um contato próximo com o meio bancário, treinamento prático e oportunidade de construir uma rede de contatos.“Estagiários e jovens aprendizes que demonstram comprometimento, capacidade de aprendizado rápido, habilidades interpessoais somando isso às Certificações ANBIMA, têm grandes chances de efetivação. Esses programas são uma porta de entrada valiosa, pois permitem que os jovens mostrem seu potencial e desenvolvam competências alinhadas às necessidades do banco.”, afirma Letícia Alves.
Muitas instituições financeiras mantêm parcerias com universidades e oferecem programas de capacitação que possibilitam o acesso a conhecimento e experiências no mercado. A participação em eventos dos setores e o contato com profissionais já atuantes também podem funcionar como um meio eficaz de visibilidade e chance de contratação. Segundo a especialista Letícia, é possível criar network por meio de plataformas como o LinkedIn. Nessas redes, o candidato pode estabelecer conexões com gestores do setor bancário e recrutadores, demonstrando suas habilidades.
O investimento em qualificações e certificações, como CPA-10 e CPA-20 da ANBIMA, é mais uma forma de se destacar. Essas são certificações comuns para cargos voltados a investimentos e atendimento ao cliente e são diferenciais importantes para os processos seletivos de bancos privados. “Assim como para dirigir um veículo é necessário ter uma CNH, para ser contratado e se destacar no banco, é necessário ter a certificação ANBIMA. Elas são vistas pelos recrutadores como um sinal de preparo e iniciativa, atributos essenciais em um mercado competitivo como o financeiro. Certificações como a CPA-10 e CPA-20 mostram não apenas o conhecimento técnico do candidato, mas também seu comprometimento com a carreira bancária.”, alega Letícia.
Além dos bancos tradicionais, as fintechs também apresentam oportunidades em ascensão para perfis mais inovadores e com conhecimento tecnológico. Na visão de Letícia, as fintechs estão revolucionando o mercado financeiro ao oferecer serviços mais acessíveis, transparentes e econômicos, desafiando o modelo tradicional dos grandes bancos. O setor valoriza habilidades como pensamento inovador, adaptabilidade e conhecimento em ferramentas digitais, que consequentente, abre portas para quem busca atuar em um ambiente dinâmico e em constante transformação.
Existem múltiplos caminhos promissores que podem ser seguidos para ingressar no setor bancário, sem depender de concursos públicos. Em um mercado cada vez mais dinâmico, bancos privados e fintechs oferecem possibilidades que vão além das vias tradicionais. Por isso, investir em sua qualificação profissional, construir uma rede de contatos estratégica e explorar novos formatos de atuação no mercado são essenciais para desenvolver uma carreira sólida. Essas rotas podem ser tanto um ponto de partida quanto uma escolha de vida, mostrando que, para alcançar o sucesso na área, há caminhos inovadores e acessíveis ao alcance de todos.
SOBRE LETÍCIA
Letícia Alves é Co-fundadora e Professora de Certificações Financeiras do “Meu Certificado“, uma das maiores escolas online focadas em certificação e treinamento para profissionais interessados no setor bancário e financeiro. Criado em 2020, o projeto já impactou mais de 17 mil alunos, ajudando-os a conquistar certificações ANBIMA como CPA-10, CPA-20 e CEA, e a se destacarem nos processos seletivos de grandes bancos. Além disso, oferece cursos sobre LinkedIn, dinâmicas de grupo e entrevistas com gestores bancários, preparando os alunos para o mercado financeiro. Letícia possui mais de 12 anos de experiência no mercado financeiro, atuando como Especialista em Investimentos no Bradesco, com destaque em oratória e premiações no setor.
Empresas & Negócios
São Paulo receberá feira exclusiva para nãotecidos
A indústria têxtil tem se reinventado constantemente com inovações e novos segmentos, e um dos mais promissores é o mercado de nãotecidos, que tem conquistado espaço em diversas áreas, como higiene pessoal, hospitalar, automotiva, construção civil e muitos outros. Nãotecidos são materiais formados por fibras unidas por processos químicos, térmicos ou mecânicos, sem a necessidade de tecer ou trançar, oferecendo vantagens como leveza, resistência e versatilidade, sendo amplamente utilizados em produtos como máscaras, fraldas, absorventes, lenços umedecidos, entre outros.
Para destacar a relevância desse segmento, a Exposição de Nãotecidos e Têxteis Técnicos (ENT Brasil) promoverá o setor nacional e internacionalmente. Originalmente planejada como um espaço dentro da FebraTêxtil, a ENT Brasil ganhou destaque e se estabeleceu como uma feira paralela. Nesta edição, compartilhará o pavilhão do Expo Center Norte com a FebraTêxtil 2025, de 18 a 20 de fevereiro, mas manterá identidade e programação independentes.
Enquanto a FebraTêxtil apresenta um panorama abrangente do setor têxtil, com novidades em fios, tecidos, malhas e estamparias, além de desfiles, exposições e palestras, a ENT Brasil reunirá expositores nacionais e internacionais. Empresas da Turquia, China e Índia trarão inovações tecnológicas e produtos de ponta em nãotecidos, reforçando o papel do evento como plataforma essencial para o desenvolvimento do setor no Brasil.
Durante o evento, os visitantes terão a oportunidade de conhecer uma ampla gama de produtos, desde nãotecidos para a indústria hospitalar e de higiene pessoal até soluções para o setor automotivo, de construção civil e de proteção individual. A exposição também incluirá equipamentos e tecnologias voltadas para a fabricação desse produto, proporcionando um panorama completo sobre as soluções que movimentam esse mercado em expansão.
A importância da ENT Brasil para o setor é destacada por especialistas da área, o engenheiro têxtil especializado em nãotecidos e consultor técnico-comercial do Febratex Group, Ricardo Rossi, afirma: “Até agora não havia no Brasil uma feira exclusivamente voltada para esse fim. Estamos confiantes de que a ENT Brasil será uma referência na América Latina para o setor de nãotecidos e têxteis técnicos”.
A feira contará com expositores nacionais e internacionais, incluindo empresas da Turquia, China e Índia, que apresentarão inovações tecnológicas e soluções sustentáveis para o setor. Entre os destaques estarão produtos voltados para as indústrias hospitalar, de higiene pessoal, automotiva e de construção civil, além de equipamentos e tecnologias de fabricação.
Segundo Hélvio Pompeo Madeira, diretor-presidente do Febratex Group, o mercado de nãotecidos na América Latina ainda tem um enorme potencial de crescimento. “Enquanto esse segmento já está consolidado em regiões como Ásia, Europa e Estados Unidos, a América do Sul apresenta grandes oportunidades. A ENT Brasil é essencial para impulsionar o setor e fomentar novas parcerias e negócios”, afirma.
Com a crescente demanda por soluções sustentáveis, o evento também abordará tendências como a reciclagem de materiais e o desenvolvimento de produtos ecológicos, alinhados às exigências de um mercado cada vez mais consciente. A ENT Brasil promete ser um ponto de encontro estratégico para profissionais e empresas que desejam explorar as oportunidades de um mercado em plena expansão, posicionando o Brasil como protagonista no setor de nãotecidos.
Empresas & Negócios
Anúncios efetivos de empregos: especialista lista dicas de como empresas podem tornar as vagas mais atrativas
Comunicação clara e criativa é um dos componentes que deixam os anúncios mais assertivos e qualificados, resultando na seleção de bons candidatos
A busca por uma vaga de emprego envolve uma forma atrativa de cadastro e divulgação. De acordo com a Pesquisa Robert Half, 46% dos recrutadores consideram difícil encontrar profissionais qualificados.
Com base nisso, Érika Benevento, coordenadora de Customer Success da Refuturiza, plataforma de educação e empregabilidade, é essencial que as empresas apresentem pontos e descrições importantes e relevantes para poder sanar essa situação. “A remuneração é essencial, mas quem está buscando uma nova oportunidade, também está atento a outros pontos, de forma que se identifique com aquela vaga”, aponta.
Um anúncio assertivo também envolve o que se chama de employer branding. “É por meio dele que as empresas também deixam sua marca e sua reputação. Elas podem ser vistas como um bom lugar para se trabalhar logo no primeiro contato entre candidato e empregador, mediado pelo anúncio”, ressalta Érika. “Outro ponto crucial é transmitir a cultura e os valores da empresa no anúncio. Isso pode incluir breves menções ao ambiente de trabalho, como: ‘Nossa equipe valoriza a inovação, a colaboração e o aprendizado contínuo’”, indica.
Nesse sentido, a profissional respondeu a algumas perguntas com dicas essenciais para um cadastro mais assertivo e estratégico por parte das organizações.
1.Como posso definir o profissional para a posição?
O primeiro passo antes de cadastrar qualquer vaga é a definição do profissional que a empresa busca. Para Érika, antes de divulgar as oportunidades, gestores devem elencar as habilidades necessárias para a função, a exemplo de soft e hard skills. “Se o empregador não tiver bem claro quem ele está procurando, isso se refletirá no anúncio, diminuindo a probabilidade de uma contratação habilitada.
2. O que deve conter na descrição da vaga?
A coordenadora de Customer Success da Refuturiza ressalta que a clareza nas informações é fundamental. “A descrição da vaga deve refletir a cultura e os valores da empresa. Personalizar o anúncio com detalhes que chamem a atenção do público-alvo, como habilidades desejáveis, benefícios exclusivos ou características que diferenciem a vaga, pode fazer toda a diferença”, comenta. Para ela, a descrição pode focar nas soluções que aquele profissional pode trazer na posição, usando frases como “Estamos buscando alguém que queira crescer conosco” ou “Faça parte de um time que valoriza a inovação e a colaboração”.
“Também é importante demonstrar o compromisso com a diversidade e a inclusão. Um exemplo seria adicionar ao final do anúncio: ‘Nosso time é formado por pessoas de diferentes origens e acreditamos que isso nos torna mais fortes. Incentivamos candidaturas de todas as pessoas, independentemente de raça, gênero, orientação sexual ou outras características’ “, reforça.
Além disso, é importante ter os objetivos da função bem delineados, juntamente com as habilidades desejadas. “Nesse momento, a transparência é essencial para despertar o interesse dos candidatos”, indica.
3. É necessário conter salário no anúncio?
O salário é aconselhável no anúncio da vaga, bem como os benefícios da empresa. Isso porque, na busca por novas oportunidades, a ausência de informações sobre remuneração pode gerar desistências na aplicação por parte do candidato. “Além do salário, os benefícios não monetários, como horário flexível, home office, programas de desenvolvimento profissional e iniciativas de bem-estar, também devem ser destacados. Esses aspectos são cada vez mais valorizados pelos candidatos”, aponta Érika. Ela ainda destaca que, mesmo que ainda não se tenha um valor fechado para a posição, o ideal é disponibilizar um espaço para preenchimento da pretensão salarial.
4.Quais ferramentas são possíveis auxiliar na divulgação?
De acordo com Érika, as empresas podem utilizar plataformas digitais, como o buscador de vagas da Refuturiza. Além disso, o LinkedIn é crucial, já que pode divulgar os anúncios em alto alcance, aumentando as chances de encontrar profissionais qualificados. “Incluir um call-to-action claro no final do anúncio pode incentivar mais candidatos a se inscreverem. Por exemplo: ‘Clique em “Candidatar-se” e venha fazer parte do nosso time!'”, finaliza.
Empresas & Negócios
Combate ao racismo nas empresas: especialista destaca a necessidade de ações antirracistas no ambiente de trabalho
Para Cecília Barçante, head de Pessoas e Cultura da Refuturiza, ações no combate ao racismo são urgentes e devem ser constantes
O racismo, considerado crime no Brasil, é uma das formas mais graves de preconceito contra pessoas em razão de sua raça, cor, etnia ou origem cultural. Dentre muitas esferas, ele está presente no mercado de trabalho. Um levantamento de 2022 da empresa de treinamento e desenvolvimento, CEGOS, constatou que 75% das empresas brasileiras apontam o racismo como principal discriminação no ambiente de trabalho.
“Esses casos demonstram que há uma questão estrutural na sociedade. É urgente que as organizações aprendam e observem como o racismo pode estar presente no ambiente de trabalho, seja pela humilhação ou pelo privilégio de colaboradores de acordo com a cor da pele. Em todas as formas de discriminação, é necessário o desenvolvimento de ações para lidar com tais situações”, pontua Cecília Barçante, head de Pessoas e Cultura da Refuturiza. A profissional acrescenta que, além de educar as pessoas, é preciso apoiar a vítima de racismo, reavaliando as práticas internas da empresa com o objetivo de torná-las mais inclusivas, e tomando as medidas necessárias contra o agressor.
Racismo nas empresas
A discriminação racial no ambiente de trabalho pode acontecer de muitos modos, inclusive veladamente, desde o recrutamento, até quando se trata de promover ou demitir um colaborador. “O racismo na empresa é encontrado em situações de contratação de candidatos de acordo com sua cor de pele, na desigualdade salarial, na ausência de valorização de funcionários pretos ou pardos. Ainda há outro tipo de discriminação racial que acontece quando a organização proíbe determinadas marcas culturais ou de etnias específicas, como penteados”, aponta Cecília Barçante. Além disso, o tratamento humilhante, com insultos, piadas ou exclusão, também é exemplo de como o racismo pode estar presente.
A executiva do setor de Pessoas e Cultura da Refuturiza também afirma que a falta de ações inclusivas e antirracistas nas organizações podem causar impactos negativos. “Sem ações estratégicas de acolhimento e educação, os colaboradores vítimas de discriminação podem se sentir sozinhos e desestimulados, também impactando em sua saúde mental”, explica.
Alguns exemplos podem englobar a contratação por meio de vagas afirmativas, além da organização de grupos para discutir a equidade racial e que envolva todos os setores da empresa. Entretanto, traçar um plano de práticas antirracistas também envolve compreender como está a cultura da empresa e a percepção das pessoas acerca da pauta racial. Assim, o levantamento de dados e indicadores podem amparar tais ações.
O que pode ser feito
De acordo com a pesquisa “Mulheres negras no mercado de trabalho”, 86% das entrevistadas relataram ter sofrido com racismo. Esse cenário reforça a relevância de se transformar o ambiente de trabalho em sua estrutura.
“No sentido estratégico, a organização pode adotar ações de capacitação e contratação voltadas para pessoas pretas e pardas”, indica Cecília. Para ela, a inclusão dessas pessoas está diretamente ligada à garantia de oportunidades de cargos, promoções, além de igualdade salarial. “Dessa forma, pode-se dar um passo a mais na equidade para essas minorias, valorizando-as”, completa.
Outro aspecto necessário de se frisar é que as práticas antirracistas devem englobar todos os funcionários, constantemente, para que sejam sujeitos ativos contra o racismo e a discriminação. “É importante estender essas ações a toda a empresa, criando um ambiente de aprendizado, reflexão e ação. Também é interessante criar um canal de denúncias para averiguação dos casos de injúria e discriminação”, salienta Cecília.
Ela explica que o setor de Pessoas e Culturas é fundamental nesse processo para oportunizar situações nas quais os colaboradores possam compreender o que é o racismo e a importância de ser antirracista. “Isso é uma responsabilidade de todos nós, da sociedade em geral. No mercado de trabalho, não deve ser diferente. Todos ganham quando existe um ambiente acolhedor e justo em oportunidades”, complementa. “Mais importante do que não ser racista é ser antirracista, ou seja, combater o racismo e contribuir com essa luta nos diversos contextos da sociedade”, finaliza.
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