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Economia

Contas públicas têm superávit de R$ 3,6 bilhões em março

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© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O setor público consolidado – formado por União, Estados, municípios e empresas estatais – registrou, um superávit primário de R$ 3,6 bilhões em março de 2025, informou hoje (30) o Banco Central (BC). O resultado representa uma melhora em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o resultado foi superavitário em R$ 1,2 bilhão.

Segundo o BC, no mês de janeiro, o Governo Central – composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – registrou superávit de R$ 2,3 bilhões, enquanto os governos regionais registraram superávit de R$ 6,5 bilhões. 

Os dados divulgados pela autoridade monetária mostram ainda que as empresas estatais também tiveram um superavit em março. O valor ficou em R$ 566 milhões.

No acumulado de 12 meses, o déficit primário do setor público foi R$ R$ 13,5 bilhões, o equivalente a 0,38% do Produto Interno Bruto (PIB) – indicador relacionado com a atividade econômica de um lugar durante um determinado período . O resultado mostra uma queda no índice na comparação de março com  fevereiro, quando o valor deficitário ficou em R$ 15,9 bilhões, correspondendo a 0,13% do PIB.

O BC disse ainda que os juros nominais do setor público consolidado somaram R$ 75,2 bilhões em março, ante os R$ 64,2 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado.

Juros nominais

Em relação ao acumulado em 12 meses, os juros nominais alcançaram R$ 935,0 bilhões, o que equivale a 7,8% do PIB, em março deste ano. 

Com isso, o resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 71,6 bilhões em março. 

“No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 948,5 bilhões (7,92% do PIB), ante déficit nominal de R$939,8 bilhões (7,91% do PIB) em fevereiro de 2025”, disse o BC.

Em relação à Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) – que compreende o governo federal, o INSS e os governos estaduais e municipais – o resultado atingiu 75,9% do PIB, ficando em R$ 9,1 trilhões em março, uma redução de 0,2 ponto percentual (p.p.) do PIB em relação ao mês anterior.

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 61,6% do PIB, ficando em R$ 7,4 trilhões em março. O resultado representa uma elevação de 0,2 p.p. do PIB no mês. 

“No ano, a DLSP elevou-se 0,1 p.p. do PIB, refletindo, em especial, os impactos dos juros nominais (+1,6 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada de 7,3% (+0,9 p.p.), do superávit primário do período (-0,7 p.p.), da variação do PIB nominal (-1,2 p.p.) e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,4 p.p.)”, disse o BC.

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Economia

Canal de acesso ao Porto de Paranaguá devem ser leiloados em 2025

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© Paulo Pinto/Agência Brasil

O canal de acesso ao Porto de Paranaguá (PR) e o terminal de contêineres do Porto de Santos devem ser leiloados ainda neste ano, declarou nesta quarta-feira (30) o ministro de Portos e Aeroportos Silvio Costa Filho (foto em destaque).

Segundo o ministro, a expectativa é que o leilão do canal de acesso do Porto de Paranaguá possa ser realizado ainda em agosto. “Depois desse leilão, a gente espera avançar no canal do Porto de Itajaí (SC), no Porto de Santos (SP) e, posteriormente, no Porto da Bahia e no Porto de Rio Grande (RS)”, disse ele, em São Paulo, após leilão de terminais portuários na B3.

O ministro também disse esperar que o leilão do terminal de contêineres do Porto de Santos, o Tecon Santos 10, seja feito ainda em 2025, entre os meses de novembro e dezembro. Este terminal, informou o ministério, está desenhado para ser o maior do Porto de Santos. 

“Vamos continuar acelerando o passo e fazendo, ainda em 2025, o equivalente a quase 20 leilões”, disse o ministro. “A gente espera investimentos da ordem de mais de R$ 5 bilhões para o Brasil”, completou.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) está analisando o processo desse Tecon Santos 10 e, depois, o projeto deverá ser encaminhado para análise do Tribunal de Contas da União. “Naturalmente, vamos ouvir a Antaq e o Tribunal de Contas. Mas, primeiro a gente está ampliando o diálogo com todos os investidores nacionais e internacionais”, disse o ministro.

Na manhã de hoje, o ministro participou de um leilão na B3 que concedeu três terminais do Porto de Paranaguá e um terminal do Porto do Rio de Janeiro.

Segundo dados da B3 e do governador do Paraná, Ratinho Júnior, este foi um dos maiores leilões da B3, com participação recorde nos três terminais do Porto de Paranaguá. Um deles foi concedido após ser disputado por seis concorrentes. Já as outras duas áreas de Paranaguá contaram com a participação de cinco concorrentes cada uma.

Transportes

Além do leilão de portos, o governo federal fez hoje, na B3, um leilão rodoviário, com a concessão das rodovias BR-040/MG/RJ e BR-495/RJ, que ligam Juiz de Fora (MG) e o Rio de Janeiro (RJ).

“O governo do presidente Lula garantiu hoje a maior carteira de concessões rodoviárias do mundo inteiro. Com o leilão de hoje nós já contratamos R$ 131 bilhões em investimentos em 11 leilões”, disse o ministro dos Transportes, Renan Filho, ao participar do evento.

Ministro dos Transportes, Renan Filho, participa do Leilão na B3 da Rodovia BR-040/495/RJ/MG. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil – Paulo Pinto/Agência Brasil

O vencedor desse certame rodoviário foi o Consórcio Nova Estrada Real. “O leilão foi um grande sucesso. Ganhou um consórcio formado por duas empresas espanholas e uma empresa brasileira. Isso significa que o Brasil está voltando também a atrair investimento internacional”, disse Renan Filho.

Até o final deste ano, o Ministério dos Transportes espera completar 15 leilões. Dois deles já foram feitos e outros quatro estão agendados, com o próximo deles ocorrendo no dia 8 de maio. “Este vai ser o ano com mais leilões da história do Brasil”, reforçou o ministro.

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Economia

Senado autoriza BNDES captar R$ 2,6 bilhões no exterior

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© Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo

O Senado autorizou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a contratar dois empréstimos no exterior, que somam R$ 2,6 bilhões. A União deu garantias para a operação, que tem como fim abastecer o caixa do banco público de fomento para programas de empréstimos no Brasil.

Uma das operações será a contratação de US$ 250 milhões, cerca de R$ 1,4 bilhão, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e 30 bilhões de ienes, cerca de  R$ 1,2 bilhão, da Agência de Cooperação Internacional do Japão. Ambas as propostas foram de iniciativa da Presidência da República.

Como banco público de fomento, o BNDES consegue captar dinheiro no exterior com juros menores do que em bancos privados. Dessa forma, o BNDES pode emprestar os recursos no país, também com taxas de juros mais baixas.

Destinação

O empréstimo do BID é para apoio a micro, pequenas e médias empresas que ainda não se recuperaram dos efeitos da pandemia da covid-19. Os recursos serão usados para financiar investimentos em áreas vulneráveis, liderados por mulheres e voltados à sustentabilidade, como projetos relacionados ao clima.

O financiamento com a agência de cooperação japonesa será direcionado a micro, pequenas e médias empresas de todo o país, em especial às do Rio Grande do Sul, estado devastado por temporais há 1 ano.

Também terão acesso ao crédito instituições médicas e empresas relacionadas ao setor de saúde, como fabricantes e fornecedores de equipamentos. 

O empréstimo foi contratado pelo BNDES com taxa de juros de apenas 0,01% ao ano. Essa linha de crédito se aproxima da política de incentivo ao Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

Mesmo tendo na carteira de crédito operações em que cobra juros mais baixos que o mercado e não reembolsáveis, o BNDES apresenta balanço positivo. 

Em 2024, o lucro da instituição cresceu 20,5% em relação ao ano anterior e alcançou R$ 26,4 bilhões.

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Economia

Juros do cartão de crédito rotativo avançam e chegam a 445% ao ano

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© Arquivo/Agência Brasil

As taxas médias de juros cobrados pelos bancos subiram para famílias e empresas em março, tanto no crédito livre quanto nas concessões de empréstimos direcionados. Nas operações de crédito livre para pessoas físicas, o destaque foi o avanço de 2,5 pontos percentuais (pp) na taxa média do cartão de crédito rotativo, chegando a 445% ao ano.

A modalidade é uma das mais altas do mercado. Mesmo com a limitação de cobrança dos juros do rotativo, em vigor desde janeiro do ano passado, os juros seguem variando sem uma queda expressiva ao longo dos meses.

Isso porque a medida visa reduzir o endividamento, mas não afeta a taxa de juros pactuada no momento da concessão do crédito, aplicando-se apenas a novos financiamentos. Nos 12 meses encerrados em março, os juros da modalidade subiram 23,7 pp para as famílias.

 Os dados são das Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas nesta quarta-feira (30), pelo Banco Central (BC). O crédito rotativo dura 30 dias e é tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão de crédito. Ou seja, contrai um empréstimo e começa a pagar juros sobre o valor que não conseguiu quitar.

Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida do cartão de crédito. Nesse caso do cartão parcelado, os juros subiram 0,1 pp no mês e caíram 9,6 pp em 12 meses, indo para 181,1% ao ano.

Crédito livre

No crédito livre, bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros. Foto-arquivo: Cristina Indio do Brasil/Arquivo/Agência Brasil

No total, a taxa média de juros das concessões de crédito livre para famílias teve aumento de 0,3 pp em março, acumulando alta de 3 pp em 12 meses, chegando a 56,4% ao ano.

Compensando os aumentos no mês, estão os juros do cheque especial, que caíram 8 pp em março, mas têm alta de 6,1 pp em 12 meses, alcançando 134,2% ao ano. Desde 2020, a modalidade tem os juros limitados em 8% ao mês (151,82% ao ano).

No caso das operações com empresas, os juros médios nas novas contratações de crédito livre tiveram incremento de 0,8 pp no mês e 3,5 pp em 12 meses, alcançando 24,6%. Destaca-se, nesse cenário, a alta de 9 pp na taxa média das operações de cheque especial, que chegou a 349,2% ao ano.

“Em março, o efeito da alteração na composição dos saldos (efeito saldo) [das diversas modalidades de crédito] mostrou-se determinante para a elevação das taxas médias de juros do crédito livre, atenuado, em parte, pelo efeito da variação das taxas de juros (efeito taxa)”, explicou o BC.

Taxa média

No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado ─ com regras definidas pelo governo ─ é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa para pessoas físicas ficou em 11,4% ao ano em março, com aumento de 0,9 pp em relação ao mês anterior e de 1,6 pp em 12 meses. Para empresas, a taxa teve alta de 4,7 pp no mês e de 4,9 pp em 12 meses, indo para 18,4% ao ano.

Com isso, considerando recursos livres e direcionados, para famílias e empresas, a taxa média de juros das concessões em março aumentou 0,9 pp no mês e 3,1 pp em 12 meses, alcançando 31,3% ao ano.

A elevação dos juros bancários acompanha um momento de alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, definida em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação.

Ao aumentar a taxa, o órgão visa esfriar a demanda e conter a inflação, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, fazendo com que as pessoas consumam menos e os preços caiam. Até o fim do ano, a previsão dos analistas é que a Selic suba para 15%.

 As estatísticas mostram ainda que a taxa de captação de recursos pelos bancos (o quanto é pago pelo crédito) subiu 0,8 pp no mês e 3,1 pp em 12 meses, chegando a 11,9% em março.

Já o spread bancário, que mede a diferença entre as taxas médias de juros das operações de crédito e o custo de captação, aumentou 0,1 pp no mês e manteve-se estável na comparação com março de 2024, situando-se em 19,4 pp. O spread é uma margem que cobre custos operacionais, riscos de inadimplência, impostos e outros gastos e resulta, então, no lucro dos bancos.

Saldos das operações

Em março, as concessões de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) tiveram alta de 2,7%, chegando a R$ 600,5 bilhões, resultado da redução de 0,1% para as pessoas físicas e aumento de 6,3% para empresas. As concessões de crédito direcionado caíram 4,4% no mês, enquanto no crédito livre houve alta de 3,5%.

Com isso, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do SFN ficou em R$ 6,483 trilhões, um crescimento de 0,6% em relação a fevereiro. Na comparação interanual, com março do ano passado, o crédito total cresceu 9,9%. O resultado refletiu aumento de 0,5% no saldo das operações de crédito pactuadas com pessoas jurídicas (R$ 2,455 trilhões) e o incremento de 0,7% no de pessoas físicas (R$ 4,028 trilhões).

Já o crédito ampliado ao setor não financeiro ─ que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos, independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) ─ alcançou R$ 18,782 trilhões, com aumento de 0,2% no mês, refletindo, principalmente, os acréscimos de 0,5% nos títulos públicos de dívida e de 1,6% nos títulos de dívida securitizados, compensados pelo decréscimo de 2% nos empréstimos externos, impactado pela apreciação cambial no mês.

Em 12 meses, o crédito ampliado cresceu 13,3%, com avanços de 16,3% nos títulos de dívida e de 9,3% nos empréstimos do sistema financeiro nacional.

Endividamento das famílias

Segundo o Banco Central, a inadimplência ─ atrasos acima de 90 dias ─ se mantém estável há bastante tempo, com pequenas oscilações. Ela registrou 3,2% em março, sendo 3,8% nas operações para pessoas físicas e 2,2% com pessoas jurídicas.

O endividamento das famílias ─ relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses ─ ficou em 48,2% em fevereiro, redução de 0,3% no mês e aumento de 0,4% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, o endividamento ficou em 30,1% no segundo mês do ano.

Já o comprometimento da renda ─ relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período ─ ficou em 27,2% em fevereiro, aumento de 0,1% na passagem do mês e 1,3% em 12 meses.

Esses dois últimos indicadores são apresentados com uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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