Tecnologia
Coursera comemora o Dia de Valorização da IA com novas iniciativas para o mercado e confirma aumento anual de 1.091% na plataforma

No Dia de Valorização da IA, a Coursera (NYSE: COUR), plataforma líder de aprendizagem online, anunciou diversas novas iniciativas destinadas a capacitar estudantes e instituições em habilidades essenciais de IA generativa, preparando-os para aproveitar o poder transformador desta tecnologia. Entre as novas ações, estão novos conteúdos e credenciais focados em IA generativa, melhorias no portfólio existente de certificados profissionais com atualizações específicas de IA generativa, atualizações para o Coursera Coach e uma expansão da Academia de IA Generativa para ajudar as empresas a formar suas equipes com essas habilidades.
De acordo com O Futuro do Trabalho no Campo de Ciência de Dados e Inteligência Artificial no México 2024 , realizado pelo Observatório do Conhecimento da Universidade Internacional de La Rioja (UNIR), hoje há 95% mais vagas de emprego do que há um ano, a oferta relacionada à inteligência artificial está crescendo imparavelmente no país. Esses novos lançamentos visam atender à crescente demanda por competências de IA generativa em todo o mundo e no México. Até agora, houve mais de 2 milhões de inscrições globalmente em mais de 250 cursos e projetos de inteligência artificial generativa na Coursera e mais de 20 mil inscrições no México.
“À medida que a revolução GenAI se desenrola, os profissionais no Brasil enfrentam desafios sem precedentes em termos de segurança no emprego, e as empresas estão lutando para acompanhar. Os trabalhadores devem agora demonstrar suas habilidades GenAI para garantir o emprego e avançar em suas carreiras”, disse Jeff Maggioncalda, CEO da Coursera. “No Dia de Valorização da IA, reconhecemos nossa responsabilidade coletiva de aproveitar o poder transformador da GenAI, transformando-a em um poderoso motor de oportunidades para todos no Brasil.”
As novas iniciativas que a Coursera anunciou hoje incluem:
- 7 novos cursos, especializações e certificados de IA generativa dos principais parceiros
- Certificado de IA Generativa para Habilidades de Desenvolvimento de Software da DeepLearning.AI – projetado para desenvolvedores e engenheiros de software em todos os estágios de suas carreiras, este programa explorará como funcionam os grandes modelos de linguagem (LLMs), sua arquitetura e suas aplicações em várias tarefas de codificação.
- Programação com IA Generativa curso do Indian Institute of Technology Guwahati – projetado para desenvolvedores de software, líderes de tecnologia ou entusiastas de IA, este curso prático explora como as ferramentas IA generativa podem transformar o fluxo de trabalho de codificação.
- Certificado de Graduação em Inteligência Artificial da Universidade Boulder do Colorado – este programa abrangente ajuda os alunos a construir uma base sólida nos principais tópicos de IA, incluindo IA generativa, processamento de linguagem natural, visão computacional e ética.
- IA Generativa em Marketing, Especialização da Darden School of Business (Universidade da Virgínia – USA) – esta série de quatro cursos explora como as estruturas, aplicações e considerações da inteligência artificial são essenciais para criar e sustentar uma solução de marketing de IA eficaz.
- IA Generativa Responsável, Especialização na Universidade de Michigan –ao explorar as possibilidades e riscos da IA Generativa, os alunos serão capazes de identificar impactos relevantes para as operações de negócios, os consumidores, a sociedade e o meio ambiente.
- Curso de Gestão de Mudanças para IA Generativa, curso na Universidade Vanderbilt –aprofundará as estratégias e estruturas necessárias para que as organizações implementem e se adaptem com sucesso à inteligência artificial generativa.
- IA Generativa para Crianças, Pais e Professores, curso na Universidade Vanderbilt – projetado como um recurso para pais e professores, este curso gratuito ajudará as crianças a navegar em um mundo repleto de IA generativa. Ele ensinará as crianças a usá-la para inovar, resolver problemas, dar sugestões multimodais e envolver-se no pensamento criativo.
- Aprimoramento de 8 certificados profissionais básicos da IBM, Microsoft e Meta com atualizações de IA generativa, incluindo atividades, leituras e vídeos:
- Analista de Dados da IBM
- Engenharia de Dados da IBM
- Ciência de Dados da IBM
- Desenvolvedor de Software Full Stack da IBM
- Analista de Cybersegurança da Microsoft
- Analista de Dados Power BI da Microsoft
- Análise de Marketing do Meta
- Marketing de Redes Sociais do Meta
- Expansão da GenAI Academy com ‘GenAI for Teams’: este novo catálogo das principais instituições de pesquisa e empresas irá equipar as equipes com habilidades de IA Generativa adaptadas às suas funções de negócios. Com aplicativos do mundo real e prática segura, as empresas podem usar a GenAI Academy para desbloquear inovação e produtividade em equipes funcionais.
- IA Generativa para equipes de software e produto (mais de 100 cursos): simplifica tarefas rotineiras, como geração de código e documentação, liberando tempo valioso para criar e lançar ofertas diferenciadas e de maior valor.
- IA Generativa para equipes de dados (mais de 70 cursos): otimiza tarefas complexas, como análise e visualização de dados, permitindo insights mais profundos e recomendações de negócios mais precisas.
- IA Generativa para equipes de marketing (mais de 60 cursos): maximiza a vida útil do cliente com insights mais profundos, personalização de conteúdo e segmentação mais eficiente em escala.
Lançada em janeiro de 2024, a Academia de IA Generativa (GenAI) da Coursera foi projetada para capacitar executivos e seus funcionários com as habilidades necessárias para prosperar em um local de trabalho baseado em IA. Ela oferece uma combinação única de programas básicos de alfabetização e educação executiva das principais universidades de pesquisa e empresas na vanguarda da IA, incluindo Microsoft, Stanford Online, Vanderbilt University, DeepLearning.AI, Fractal Analytics, Google Cloud e AWS.
- Apresentando o Coursera Coach como uma experiência complementar: o Coursera Coach, lançado em 2023, fornece orientação baseada em IA na experiência de aprendizagem. Estará disponível como uma funcionalidade extra dos cursos, tornando-se uma parte mais integrada da jornada do aluno. O Coursera Coach atuará como um guia interativo, permitindo que aos alunos:
- Fazer perguntas para esclarecer o material e manter-se atualizado.
- Resumir as principais conclusões para poder tomar notas de forma mais eficiente.
- Usufruir de questionários e testes para solidificar o conhecimento e identificar lacunas.
- Explorar como a aprendizagem está alinhada aos objetivos atuais ou futuros
A Coursera está aproveitando o poder da IA generativa para transformar o aprendizado online. A plataforma agora oferece traduções baseadas em IA para mais de 4.600 cursos e 55 certificados profissionais em 21 idiomas, incluindo espanhol, tornando a educação mais acessível a um público global. O Course Builder com tecnologia de IA agiliza a criação de conteúdo, permitindo que instituições e empresas desenvolvam cursos personalizados com eficiência. Além disso, a Coursera está comprometida em manter a integridade acadêmica por meio de um novo conjunto de ferramentas baseadas em IA que fortalece os processos de avaliação e classificação, garantindo aprendizado genuíno e desenvolvimento de habilidades.
Sobre a Coursera
A Coursera foi lançada em 2012 por dois professores de Ciência da Computação de Stanford, Andrew Ng e Daphne Koller, com a missão de fornecer acesso universal ao aprendizado de classe mundial. É agora uma das maiores plataformas de aprendizagem online do mundo, com 148 milhões de alunos inscritos até 31 de março de 2024. A Coursera faz parceria com mais de 325 universidades e parceiros líderes da indústria para oferecer um amplo catálogo de conteúdo e credenciais, incluindo cursos, especializações, certificados profissionais, projetos orientados, bacharelado e mestrado. Instituições em todo o mundo usam a Coursera para aprimorar e requalificar seus funcionários, cidadãos e estudantes em áreas como ciência de dados, tecnologia e negócios. A Coursera se tornou uma empresa de utilidade pública de Delaware e uma B Corp em fevereiro de 2021.
Tecnologia
Com ganhos de mais de 91% em agilidade, WEG revoluciona a implementação de ambientes de aplicações

Fazer automatizações e isolar tarefas durante um ambiente de aplicações pode ser um desafio para empresas que não estão preparadas tecnologicamente. O gerenciamento de containers, por exemplo, requer sistemas atualizados em tempo real, tornando a execução de atividades mais rápidas e eficazes dentro das companhias.
Durante o dia a dia de trabalho, a WEG, fabricante multinacional brasileira de equipamentos elétricos e eletrônicos, com fábricas em 15 países, operações comerciais em 37 países e mais de 40.000 funcionários, que utiliza vários sistemas operacionais Linux em sua infraestrutura local, percebeu um aumento repentino no ambiente baseado em containers.
Na mesma velocidade, a empresa enfrentou um grande desafio: a falta de padronização e de ferramentas de gerenciamento desses sistemas. Ao longo dos períodos de aplicações, a empresa se viu dependente de processos manuais para aprovação de recursos de infraestrutura e gerenciamento de clusters Kubernetes. Com essas falhas ameaçando a velocidade, a eficiência e a agilidade do desempenho da equipe, a WEG começou a busca por uma solução de gerenciamento de containers comprovada. “Antes do Ranch Primer levávamos dias para a criação de uma estrutura. Agora podemos executar um novo aplicativo em minutos ou em poucas horas”, explica Eduardo Piccoli, Arquiteto de Soluções da WEG.
Com a implementação das soluções da SUSE, empresa líder em código aberto, como o Rancher Prime, que oferece uma plataforma central que padroniza e simplifica o gerenciamento de clusters Kubernetes, além de ferramentas avançadas para otimizar a utilização de recursos e aplicar políticas de segurança consistentes, e também do SUSE Multi-Linux Support, solução de tecnologia e suporte totalmente aberta que fornece patches de segurança e atualizações de manutenção, a WEG encontrou na SUSE um único suporte corporativo que reduz a complexidade e os custos operações, além de aumentar a segurança e a conformidade necessárias.
“Observamos uma melhora na produtividade do desenvolvimento. Antes do Rancher Prime, o provisionamento de infraestrutura levava dias. Agora, podemos colocar um novo ambiente de aplicações em funcionamento em horas — com mais de 91% mais rapidez. Isso nos dá um verdadeiro atalho para o sucesso”, reforça Eduardo Piccoli.
Outros significativos resultados com o uso das duas soluções SUSE, estão no aumento da produtividade, eficiência e controle no gerenciamento de containers e recursos, definição de cotas rigorosas de recursos nos clusters Kubernetes, entre outros.
“A jornada da WEG mostra como o código aberto é essencial para impulsionar a inovação com segurança e escalabilidade. Ao escolher tecnologias open source como as soluções da SUSE, a WEG não só modernizou sua infraestrutura crítica, como também ganhou independência tecnológica e flexibilidade para crescer globalmente. Este é um exemplo poderoso de como o open source entrega valor real aos negócios, combinando robustez empresarial com liberdade de escolha”, explica Marcos Lacerda, presidente da SUSE América Latina.
Confira o case completo clicando aqui.
Tecnologia
Dez mil bolsas gratuitas para Bootcamp Cibersegurança para formar especialistas contra fraudes digitais

O Santander, em parceria com a plataforma de educação DIO, abre as inscrições para o Bootcamp Santander Cibersegurança 2025, um programa gratuito e 100% online focado na capacitação prática de profissionais em segurança ofensiva. Com 10 mil bolsas disponíveis e uma trilha de 31 horas de conteúdo prático, o bootcamp oferece 15 cursos, desafios práticos, grupos de desenvolvimento de códigos e cinco lives exclusivas com especialistas do setor. As inscrições estão abertas até 07/09/2025 pelo link https://c.dio.me/KQEcoH .
A proposta é preparar os participantes para atuar em áreas estratégicas da cibersegurança como testes de invasão (pentest), engenharia social, criação de malware, ataques Man-in-the-Middle e análise de vulnerabilidades, utilizando ferramentas como Kali Linux, Medusa e Python em ambientes virtualizados. “O conhecimento em cibersegurança é uma necessidade para os dias atuais. O bootcamp é uma forma de democratizar o acesso à formação de ponta, capacitando novos talentos para proteger o ecossistema digital brasileiro”, afirma Márcio Giannico, senior head de Governos, Instituições, Universidades e Universia do Santander no Brasil.
Voltado para profissionais de tecnologia com conhecimentos básicos em Python, o bootcamp se destaca por sua abordagem prática e investigativa. Ao longo da jornada, os participantes poderão desenvolver projetos reais, simulando cenários de ataque e defesa, alinhados com as exigências do mercado de trabalho.
“Esse bootcamp marca a parceria de sucesso entre a DIO e o Santander Brasil. Com 10 mil bolsas de estudo 100% gratuitas, este programa é o resultado do compromisso dessas duas instituições em capacitar indivíduos interessados na interseção entre tecnologia e cibersegurança”, comenta Iglá Generoso, CEO da DIO. Ao final da trilha, os alunos estarão aptos a identificar e explorar vulnerabilidades, automatizar testes de segurança e atuar em times especializados ou como consultores de segurança cibernética.
356 bilhões de tentativas de ciberataques no Brasil
O lançamento do programa acontece em um momento que o Brasil registrou cerca de 356 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2024, segundo dados do FortiGuard Labs, laboratório de inteligência de ameaças da Fortinet. O setor financeiro brasileiro sofreu uma média de 1.752 ataques semanais por organização entre setembro de 2024 e fevereiro de 2025.
Como medida de prevenção a fraudes e golpes, o Banco possui camadas de proteção como o ID Santander, solução de autenticação em duas etapas robustas e a Biometria Facial, tecnologia que utiliza inteligência artificial e algoritmos para confirmar a identidade do cliente, além de outras camadas como senhas, validações comportamentais, entre outras. O objetivo é garantir a segurança e autenticidade das operações realizadas pelos clientes.
Tecnologia
Influenciadores adolescentes e a adultização digital: até onde vai o trabalho e os direitos de quem começa cedo na internet?

Após o vídeo do youtuber Felca sobre a ‘adultização’ de menores nas redes sociais, especialistas alertam para os limites legais da jornada de influenciadores adolescentes e discutem a emancipação como saída para a gestão dos lucros
O vídeo recente do youtuber Felca, que abordou a adultização de adolescentes no ambiente digital, trouxe à tona um debate cada vez mais urgente: quais são os limites do trabalho de influenciadores adolescentes no Brasil? A ausência de uma legislação específica para essa atividade deixa dúvidas sobre jornada, administração dos rendimentos e até o papel da emancipação como ferramenta de autonomia financeira.
De acordo com a Pesquisa Kids Online Brasil 2023, mais de 86% dos adolescentes entre 11 e 17 anos acessam diariamente redes sociais, e uma parcela crescente já enxerga no ambiente digital uma oportunidade de carreira. Mas a linha entre lazer e trabalho remunerado se torna cada vez mais tênue — e a pressão do mercado pode acelerar a adultização, expondo jovens a responsabilidades de adultos muito antes da hora.
O que diz a lei sobre influenciadores menores de idade
No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determinam que menores de 16 anos não podem trabalhar, salvo na condição de aprendiz a partir dos 14. Já os adolescentes entre 16 e 18 anos só podem exercer atividades que não sejam noturnas, insalubres ou perigosas.
Para atividades artísticas e esportivas — onde a Justiça inclui a atuação de influenciadores digitais — é necessária autorização judicial, que define a carga horária e condições específicas. No caso de aprendizes, a jornada máxima é de 6 horas diárias (se o ensino fundamental não foi concluído) ou 8 horas (após a conclusão).
Segundo a advogada trabalhista Juliane Moraes, a ausência de uma lei própria para influenciadores digitais cria uma “zona cinzenta” jurídica.
“Não existe lei específica para influenciadores, mas o Judiciário entende que se trata de uma atividade artística. Assim, a carga horária deve ser autorizada judicialmente, sempre respeitando o estudo, o lazer e o desenvolvimento saudável do adolescente”, explica.
A questão da emancipação e os rendimentos
Outro ponto de dúvida recorrente diz respeito à administração dos valores recebidos pelos adolescentes. Pela legislação, os rendimentos pertencem ao menor, mas sua gestão cabe aos pais ou responsáveis legais até a maioridade.
A emancipação, que pode ser concedida voluntariamente a partir dos 16 anos, permite que o jovem abra empresa, assine contratos e gerencie seus próprios lucros. Para Juliane, essa alternativa precisa ser avaliada com cuidado.
“A emancipação pode trazer autonomia jurídica para que o adolescente gerencie seus contratos e lucros, mas também transfere responsabilidades legais. É uma decisão que precisa de análise cuidadosa, porque pode ser um peso para quem ainda não está preparado”, afirma.
O risco da adultização precoce
Além da questão legal, o fenômeno da adultização digital preocupa especialistas em saúde e educação. A exposição precoce à cobrança de resultados, contratos e negociações pode impactar o desenvolvimento emocional e social dos adolescentes.
Juliane Moraes alerta que, sem regulação clara, há espaço para abusos.
“O fenômeno da adultização coloca adolescentes em papéis que não condizem com sua fase de vida. A busca pelo sucesso rápido não pode se sobrepor ao direito ao desenvolvimento saudável e protegido”, reforça.
Perspectivas para o futuro
Enquanto países como França e Estados Unidos já estabeleceram leis específicas para proteger menores influenciadores, o Brasil ainda discute como adaptar sua legislação a essa nova realidade. O crescimento da economia criativa e o papel cada vez mais central dos criadores de conteúdo digital tornam o debate urgente.
“O sucesso digital pode ser uma oportunidade, mas também um risco quando não há limites claros. É fundamental que a sociedade e a Justiça avancem na discussão sobre como proteger influenciadores adolescentes, garantindo que a internet não se torne um espaço de exploração infantil”, conclui Juliane.
A adultização de influenciadores adolescentes: até onde vai o trabalho e o direito deles?
Nos últimos dias, o vídeo do youtuber Felca reacendeu um debate necessário: a adultização digital de adolescentes. Tenho acompanhado esse movimento de perto como advogada trabalhista, e vejo com preocupação a forma como muitos jovens têm sido expostos precocemente a pressões, responsabilidades e jornadas que, em tese, deveriam estar restritas ao mundo adulto.
A legislação brasileira é clara em alguns pontos. Menores de 16 anos não podem trabalhar, salvo na condição de aprendiz a partir dos 14. Já entre 16 e 18 anos, a regra é que a atividade não seja noturna, insalubre ou perigosa. No caso dos influenciadores digitais, a Justiça costuma enquadrar a atividade como artística, exigindo autorização judicial para definir carga horária e condições. O que a lei tenta garantir, na prática, é que o trabalho não comprometa os estudos, o lazer e o desenvolvimento saudável do adolescente.
Mas sabemos que, na internet, as fronteiras são borradas. Quando o conteúdo gera receita, contratos são firmados e marcas entram no jogo, o adolescente deixa de ser apenas um criador de vídeos para se tornar parte da economia criativa. Surge então outra questão: quem administra os lucros? Pela lei, os valores pertencem ao menor, mas a gestão é dos pais ou responsáveis. A emancipação, possível a partir dos 16 anos, pode dar autonomia para que ele mesmo administre seus contratos e ganhos. Contudo, ela também transfere responsabilidades legais e financeiras que nem sempre esse jovem está preparado para assumir.
O fenômeno da adultização precisa ser olhado com seriedade. Não se trata de frear talentos, mas de garantir que o sucesso digital não seja construído à custa da infância e da adolescência. Precisamos debater a criação de regras claras que protejam esses jovens, como já acontece em países como França e Estados Unidos, onde existem leis específicas para influenciadores menores de idade.
O mundo digital não pode se tornar um espaço de exploração infantil. Oportunidade e proteção precisam andar juntas.