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Economia

Dívida Pública sobe 1,8% em outubro e volta a superar R$ 7 trilhões

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Dívida Pública sobe 1,8% em outubro e volta a superar R$ 7 trilhões
© José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

Influenciada pelo alto nível de juros, a Dívida Pública Federal (DPF) subiu em outubro e voltou a ficar acima de R$ 7 trilhões, pela primeira vez desde junho. Segundo números divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 6,948 trilhões em setembro para R$ 7,073 trilhões no mês passado, alta de 1,8%.

Com a alta, a DPF voltou a ficar dentro da banda prevista. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no fim de janeiro e revisado em outubro, o entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) subiu 1,62%, passando de R$ 6,64 trilhões em setembro para R$ 6,748 trilhões em outubro. No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 42,5 bilhões em títulos a mais do que resgatou, principalmente em papéis corrigidos pela Taxa Selic (juros básicos da economia). No entanto, o principal fator de variação foi a apropriação de R$ 64,84 bilhões em juros.

Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a Taxa Selic em 11,25% ao ano, a apropriação de juros pressiona o endividamento do governo.

No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 109,8 bilhões em títulos da DPMFi e resgatou R$ 67,29 bilhões. A maior parte, R$ 70,33 bilhões, ocorreu para atender à demanda de títulos corrigidos pela Taxa Selic. A emissão compensou parcialmente os altos vencimentos dos papéis prefixados, os com juros definidos no momento da emissão, que totalizaram R$ 63,84 bilhões.

A Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 5,82%, passando de R$ 307,34 bilhões em setembro para R$ 325,22 bilhões no mês passado. A alta foi puxada pela valorização do dólar, que subiu 6,05% no mês passado. O dólar começou a disparar em junho, influenciado pelo atraso no início da queda dos juros nos Estados Unidos e pelas eleições no país.

Colchão

Após cair em setembro, o colchão da dívida pública – reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos – subiu em outubro,passando de R$ 785 bilhões em setembro para R$ 822 bilhões no mês passado.

Atualmente, o colchão cobre 6,86 meses de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de cerca de R$ 1,28 trilhão da DPF.

Composição

Por causa da demanda por títulos vinculados à Selic, a proporção dos papéis corrigidos pelos juros básicos subiu de 45,33% em setembro para 45,91% em outubro. A revisão do PAF prevê que o indicador feche 2024 entre 44% e 47%, contra estimativa anterior de 40% a 44%. Esse tipo de papel atrai o interesse dos compradores por causa do nível alto da Taxa Selic. O percentual pode subir ainda mais nos próximos meses por causa da perspectiva de alta nos juros básicos da economia.

Por causa do alto volume de vencimentos, típicos do primeiro mês de cada trimestre, a proporção dos títulos prefixados, os com rendimento definido no momento da emissão, caiu de 23,01% em setembro para 22,19% em outubro. A nova versão do PAF indica que feche 2024 entre 22% e 26%, contra a meta anterior de 24% a 28%.

No início do ano, o Tesouro tinha voltado a lançar mais papéis prefixados. No entanto, a volta das instabilidades no mercado comprometeu as emissões, porque esses títulos têm demanda menor em momento de instabilidade econômica e de alta nos juros.

A fatia de títulos corrigidos pela inflação na DPF subiu levemente, passando de 27,25% para 27,31%. O PAF revisado prevê que os títulos vinculados à inflação encerrarão o ano entre 25% e 29%, enquanto a meta anterior estava entre 27% e 31%.

Composto por antigos títulos da dívida interna corrigidos em dólar e pela dívida externa, o peso do câmbio na dívida pública subiu de 4,41% para 4,58%, motivado principalmente pela correção de juros da dívida externa. A dívida pública vinculada ao câmbio está dentro dos limites estabelecidos pelo PAF para o fim de 2024, entre 3% e 7%.

Prazo

O prazo médio da DPF caiu de 4,18 para 4,16 anos. O Tesouro só fornece a estimativa em anos, não em meses. Esse é o intervalo médio em que o governo leva para renovar (refinanciar) a dívida pública. Prazos maiores indicam mais confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar os compromissos.

Detentores

As instituições financeiras seguem como principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 28,6% de participação no estoque. Os fundos de pensão, com 23,7%, e os fundos de investimento, com 22,4%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida.

Mesmo com as turbulências no mercado financeiro global, a participação dos não residentes (estrangeiros) subiu de 10,5% em setembro para 10,7% em outubro. O percentual está no maior nível desde dezembro de 2018. Os demais grupos somam 14,6% de participação.

Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).

Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br

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Economia

Conflito Irã X Israel: o que o setor supermercadista do Rio deve monitorar?

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Divulgação
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O agravamento das tensões entre Irã e Israel deve acender um alerta preventivo para o setor supermercadista do Rio de Janeiro. Embora o conflito ocorra a milhares de quilômetros de distância, os efeitos indiretos podem, em algum momento, ser sentidos nas gôndolas fluminenses, principalmente em relação ao custo dos combustíveis, à logística e ao preço de produtos importados.

 

Segundo William Figueiredo, consultor econômico da ASSERJ, o principal risco imediato está na instabilidade do mercado de petróleo. “Uma escalada militar na região pode impactar diretamente o preço internacional do barril de petróleo, o que, por sua vez, eleva os custos de transporte no Brasil. Isso afeta toda a cadeia logística, desde o frete de hortifrúti até a distribuição de alimentos industrializados”, explica William.

 

Além dos combustíveis, outro fator de preocupação é a possível desorganização das rotas marítimas internacionais. Caso o conflito afete pontos estratégicos como o Estreito de Ormuz ou o Canal de Suez, o fornecimento de alimentos importados e insumos industriais pode sofrer atrasos ou até interrupções temporárias. “O Rio de Janeiro consome muitos produtos que vêm de fora do estado ou do Brasil. Um impacto nas rotas de navegação pode provocar atrasos nas entregas, principalmente de itens importados como azeites, vinhos e enlatados”, afirma o consultor da ASSERJ.

 

Outro ponto de atenção é a oscilação do dólar frente ao real. “Crises geopolíticas costumam provocar fuga de capitais e valorização do dólar. Isso encarece ainda mais os produtos com componentes importados, o que pode gerar pressão inflacionária no setor”, analisa William.

 

Por enquanto, segundo a ASSERJ, não há risco de desabastecimento. Mas a entidade orienta os supermercadistas a reforçarem o planejamento de compras e a acompanharem de perto o cenário internacional nas próximas semanas, que apresentam eminência de escalada. “Nosso papel é manter o setor informado e preparado para possíveis oscilações. O momento é de cautela, análise e bom planejamento para minimizar possíveis impactos para o consumidor final. Quem atua de forma preventiva, sai na frente.”, conclui Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ.

 

Sobre a ASSERJ   

Foi com um pequeno número de associados que nasceu a Associação de Supermercados do Rio de Janeiro – ASSERJ, mais precisamente em 1969, um ano após a atividade supermercadista ser definida e regulamentada no País. Criada com o intuito de fortalecer e defender a cadeia supermercadista do Estado, a ASSERJ atendeu bem ao seu objetivo principal. Há mais de cinco décadas representando e defendendo os interesses do setor, a ASSERJ adquiriu know-how no setor supermercadista, oferecendo aos seus associados cursos de aperfeiçoamento, palestras, consultoria e assessoria na área jurídica, gestão, recursos humanos, prevenção de perdas, alimentos seguros e marketing, além de muitas outras atividades relevantes para o setor.   

 

Mais informações: https://asserj.com.br/     

Instagram: @asserjsupermercados    

LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/asserjsupermercados/     

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Economia

Mercado prevê inflação de 5,24% e PIB de 2,21 em 2025

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© José Cruz/Agência Brasil

O mercado financeiro melhora as expectativas de queda da inflação e alta do Produto Interno Bruto (PIB) para a economia do país. Projeta também dólar mais barato ao final de 2025. Os dados  constam do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Banco Central.

Pela quarta semana consecutiva, o mercado demonstra otimismo crescente com relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. A expectativa é de que a inflação feche 2025 em 5,24%.

Há uma semana, a expectativa era de que o IPCA do ano ficaria em 5,25%; e há quatro semanas projetava inflação de 5,5% em 2025. Com relação aos anos subsequentes, as expectativas de inflação estão estáveis há várias semanas, em 4,5% em 2026; e em 4% em 2027.

Selic e PIB

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic, definida em 15% – percentual que, até a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) estava em 14,75%, mas que foi aumentado diante de “incertezas em relação à economia”.

Para os anos seguintes, as expectativas do mercado são de que a taxa básica de juros seja de 12,5% em 2026; e de 10,5% em 2027.

Com relação ao PIB, que é a soma de todas riquezas produzidas no país, as expectativas também estão melhorando. O mercado projeta que o PIB fechará 2025 com uma alta de 2,21%. Há quatro semanas, o crescimento projetado estava em 2,14%; e há uma semana estava em 2,2%.

Para 2026 e 2027, a expectativa do mercado é de que o Brasil cresça 1,85% e 2%, respectivamente

O mercado projeta ainda que o dólar custará R$ 5,72 ao final de 2025. Na semana anterior, as projeções indicavam que a moeda norte americana fecharia o ano cotada a R$ 5,77. Há quatro semanas, a expectativa é de que a cotação do dólar ao final de 2025 estaria em R$ 5,80.

Para os anos subsequentes, a projeção do mercado é de que o dólar estará cotado em R$ 5,80 ao final de 2026; e em R$ 5,75 ao final de 2027.

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Economia

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 5

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© Lyon Santos/ MDS

A Caixa Econômica Federal paga nesta segunda-feira (23) a parcela de junho do Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 5.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 666,01. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 20,49 milhões de famílias, com gasto de R$ 13,63 bilhões.

Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Os beneficiários de 30 cidades receberam o pagamento na terça-feira, independentemente do NIS. A medida beneficiou moradores de seis estados, afetados por chuvas ou por estiagens ou com povos indígenas em situação de vulnerabilidade: Alagoas (5 municípios), Amazonas (4), Paraná (6), Roraima (1), São Paulo (município de Diadema) e Sergipe (8).

A lista dos municípios com pagamento antecipado está disponível na página do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.

Desde o ano passado, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023. O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Regra de proteção

Cerca de 3,02 milhões de famílias estão na regra de proteção em junho. Em vigor desde junho de 2023, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 365,04.

A partir deste mês, quem ingressar na regra de proteção terá o tempo de permanência reduzido de dois para um ano. Quem se enquadrou na regra até maio deste ano continuará a receber metade do benefício por dois anos.

Auxílio Gás

O Auxílio Gás também será pago nesta segunda-feira às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 5. O valor foi mantido em R$ 108 neste mês.

Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia 5,36 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Calendário Bolsa Família 2025 – Junho – Arte EBC

 

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