Educação
Empregos ligados à matemática são mais resilientes em épocas de crise
Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (19) pelo Itaú Social revela que a qualidade dos empregos ligados à matemática é muito maior em termos de resiliência às situações de crise do que a de outras ocupações não vinculadas a essa disciplina, porque são cargos que demandam mais especialização. Durante a pandemia da covid-19, os trabalhos intensivos em matemática tiveram queda de 6,8%, enquanto as demais ocupações mostraram retração de 13,1%.
“A gente vê o quanto o emprego reage e a proporção de empregos se mantém estável, mesmo em momentos de crise: o grau de formalidade desses empregos e o nível salarial são mais altos do que a média dos empregos brasileiros, mesmo quando considerados entre as pessoas que têm ensino superior completo”, disse à Agência Brasil a gerente de Avaliação e Prospecção do Itaú Social, Fernanda Seidel.
“Ou seja, se a gente pega um trabalho intensivo em matemática, [de autor] com ensino superior completo, e compara com um trabalho não intensivo em matemática, embora feito [por alguém com ensino superior completo], na média, o salário daquele trabalho é o dobro.” Embora os trabalhos vinculados à matemática sejam bons e tenham renda maior, eles reproduzem as desigualdades observadas na aprendizagem da matemática desde o ensino básico, em especial entre meninas e pessoas negras, englobando pretos e pardos, que apresentam desempenho bem mais baixos que os brancos do sexo masculino, explicou Fernanda.
Outra conclusão importante do estudo é que, diferentemente do que ocorre em outros países, o Brasil emprega um número baixo de pessoas ligadas às profissões vinculadas à matemática, que são mais resilientes e geram mais renda. Por isso, destaca a pesquisa, o país precisa acompanhar melhor esse quadro e se preocupar mais no sentido de política pública de desenvolvimento.
Desigualdade
O estudo mostra predominância de trabalhadores formais entre as ocupações ligadas à matemática, que correspondem a 84% do total, contra a média da economia brasileira, que registra cerca de 67% de trabalhadores neste mercado formal, embora tais profissões tenham participação maior de pessoas brancas (66%) e de homens (69%) do que a média das demais atividades no país. Sessenta e dois por cento de tais trabalhadores têm ensino superior completo.
Segundo Fernanda, isso está refletindo muito a desigualdade de aprendizagem da educação básica em que meninas e pessoas negras têm desempenho mais baixo em matemática, embora o número de trabalhadores negros em profissões ligadas à disciplina tenha aumentado de 33% para 36%, entre 2012 e 2023, e a participação das mulheres tenha evoluído de 28% para 31% no mesmo período. “Ou seja, que oportunidades de aprendizagem na educação básica elas estão tendo, que perspectivas, que sonhos podem fazer que elas se enxerguem também como pessoas capazes de trabalhar e de gostar de matemática desde crianças?”, questionou Fernanda.
Provocação
O estudo Contribuição da Matemática para a economia brasileira foi feito pelo Itaú Social a partir de uma provocação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), que acompanha levantamentos semelhantes em vários países, e seguiu metodologia adotada em pesquisas pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS), adaptada às características do mercado brasileiro.
“Alguns países europeus têm a preocupação de acompanhar e aumentar o número de empregos da matemática, entendendo como isso é estratégico para o desenvolvimento do país, porque são carreiras do desenvolvimento científico e que têm todos esses atributos salariais e de resiliência”, apontou Fernanda Seidel. Os resultados evidenciaram que, no Brasil, tanto o percentual de empregos relacionados à matemática, como o que eles correspondem em termos do Produto Interno Bruto (PIB, que é a soma dos bens e serviços produzidos no país) são mais baixos do que nos países europeus que fazem políticas públicas muito focalizadas na aprendizagem e nas profissões relacionadas à matemática.
No mercado de trabalho do Brasil, há menor participação dos empregos da matemática (7,4%) do que nos países europeus estudados, cuja média é de 10%. Do mesmo modo, é menor a contribuição média anual dos rendimentos desses trabalhadores como percentual do PIB, que foi de 4,6%, no período de 2012 a 2022, do que no PIB francês (18%).
Lacuna
O objetivo da pesquisa era apurar a importância da matemática para a economia brasileira, entendendo o gap, ou lacuna, existente no país em relação a nações europeias fator de preocupação.
As ocupações ligadas à matemática oferecem salários 119% superiores à média dos demais trabalhadores. No terceiro trimestre do ano passado, por exemplo, a média salarial deles foi R$ 3.520, o que significa mais que o dobro da média das demais categorias (R$ 1.607) no período.
Embora a proporção dos trabalhadores ligados à matemática tenha se mantido entre 7% e 8% no total de pessoas empregadas de 2012 a 2022, o crescimento desses profissionais no período de dez anos foi superior ao do mercado de trabalho total, com taxa média anual de 1,98%, em comparação ao percentual dos ocupados em geral (0,99%).
Os dados sobre a idade média dos trabalhadores vinculados à matemática revelam que oscilou entre 36,9 e 38,6, com leve tendência de aumento ao longo dos anos. Como a idade média do trabalhador brasileiro era de 39,3 anos no primeiro trimestre de 2023, percebe-se que os profissionais envolvidos em atividades matemáticas são um pouco mais jovens que a média nacional. Segundo o estudo, o grupo de profissionais com habilidades matemáticas por faixa etária cresceu, particularmente entre os trabalhadores de 22 a 46 anos, no período de 2016 a 2023. No primeiro trimestre do ano passado, 80% das pessoas que trabalhavam em áreas ligadas à matemática tinham menos de 48 anos.
A pesquisa mostra ainda que a maioria dos trabalhadores relacionados à matemática se concentra nas regiões Sudeste e Sul, com os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná abrigando mais da metade desses profissionais.
Benefícios
O estudo pretende mostrar como o Brasil poderia se beneficiar economicamente de um maior aprendizado em matemática e, em consequência, das profissões com curso superior que demandam competências dessa área. De acordo com a superintendente do Itaú Social, Patricia Mota Guedes, os dados apurados evidenciam a importância do investimento em educação matemática de qualidade. Para Patrícia, o estudo indica as potencialidades oferecidas pela disciplina, ensinada desde a educação básica, e sua influência no futuro dos jovens. “O levantamento traz dados concretos para sensibilizar cada vez mais o poder público, setor produtivo e sociedade de forma ampla sobre a relevância da matemática para o desenvolvimento de um país.”
O estudo usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua para avaliar o número de trabalhadores e suas remunerações associadas às atividades relacionadas à matemática. O cálculo da contribuição para o PIB foi considerado a partir da soma de todos os rendimentos do trabalho no país provenientes de ocupações que demandam maior intensidade de capacidades matemáticas.
No Brasil, as ocupações da matemática estão mais concentradas nas áreas de serviços administrativos e de tecnologia da informação do que em áreas mais tradicionalmente ligadas à inovação e desenvolvimento tecnológico, como engenharia e pesquisa, como ocorre nos países europeus.
Estratégia
O diretor-geral do Impa, Marcelo Viana, considera que o impacto da matemática na economia de cada país é uma excelente medida do seu grau de desenvolvimento e que o Brasil ainda tem uma estrada significativa a percorrer para se equiparar às economias mais avançadas. Para Viana, isso poderá acontecer por meio de investimentos estratégicos em educação, aproveitando o potencial da matemática para gerar riqueza e desenvolvimento no país.
Fonte: Agência Brasil
Educação
Como melhorar a caligrafia?
Se você se pergunta como melhorar a caligrafia, está no lugar certo. Neste artigo, vamos explorar técnicas eficazes que podem transformar sua escrita. A caligrafia não é apenas uma habilidade prática; é uma forma de expressão que pode refletir sua personalidade. Além disso, uma boa caligrafia pode facilitar a leitura e a comunicação. Por isso, vale a pena dedicar tempo para aperfeiçoar essa arte antiga. Com as dicas certas, você ficará surpreso com a melhoria em pouco tempo. Vamos lá?
1. Conhecendo os Fundamentos da Caligrafia
O desenvolvimento de uma boa caligrafia começa, sem dúvida, com a compreensão dos fundamentos. Assim, é primordial entender que a caligrafia não é apenas a escrita, mas também uma forma de expressão pessoal. O aprendizado dos princípios básicos pode, consideravelmente, transformar a maneira como as letras são formadas. A postura das mãos, a pressão aplicada na caneta, e até mesmo a distância entre as letras influenciam no resultado final.
Primeiramente, a posição do corpo e das mãos deve ser adequada. Sentar-se de forma relaxada, mas ereta, ajuda a manter o controle sobre o movimento. Além disso, as mãos devem estar em uma posição confortável, permitindo um fluxo natural durante a escrita. Se a caneta é segurada de maneira rígida, isso pode resultar em uma caligrafia tensa e irregular.
- Dica: Use canetas que oferecem conforto ao toque e que não exijam muita pressão para funcionar bem.
- Observação: A prática com diferentes tipos de canetas pode levar a descobertas sobre qual instrumento se adapta melhor ao estilo pessoal.
Outra questão essencial diz respeito ao traçado das letras. Conhecer as formas e proporções das letras é crucial. Por exemplo, todas as letras minúsculas devem manter uma coerência de altura e largura. Quando as letras são proporcionais, o texto se torna visualmente mais agradável. Assim, estudar modelos de letras e praticar sua reprodução é altamente recomendado.
Ao analisar a caligrafia de diferentes culturas, percebe-se que existem estilos distintos. Cada estilo possui suas características, que podem variar desde a fluidez das letras até a inclinação. Aprender sobre esses estilos pode enriquecer o repertório e ajudar no desenvolvimento de uma caligrafia mais pessoal e única.
Comparando Estilos de Caligrafia
No mundo da caligrafia, existem estilos como o cursivo, o gótico e o itálico, que apresentam diferentes formas de escrita. O estilo cursivo é frequentemente utilizado em contextos informais, enquanto o gótico transmite uma sensação mais clássica e elaborada. O itálico é um meio termo, oferecendo elegância sem exagerar na complexidade.
A prática constante é indisputavelmente o que leva à melhoria. Portanto, dedicar tempo todos os dias para escrever pode gerar resultados significativos. A prática não apenas fortalece a memória muscular, mas também ajuda a identificar áreas que necessitam de mais atenção.
- Recomendações de exercícios:
- Praticar o alfabeto em maiúsculas e minúsculas.
- Realizar cópias de frases para melhorar a fluidez.
- Usar guias de caligrafia para aprender a proporção certa das letras.
Finalmente, a paciência é uma virtude na jornada de aprimorar a caligrafia. Às vezes, resultados imediatos são esperados, mas a verdadeira evolução acontece gradualmente. Cada erro cometido é uma oportunidade de aprendizado. Assim, em vez de desanimar, é essencial ver cada prática como um passo adiante na busca por uma caligrafia mais refinada.
Por fim, ao aplicar essas dicas e práticas, a habilidade de escrever com elegância e clareza será desenvolvida. Portanto, a transformação da caligrafia pode ser alcançada por meio do entendimento dos fundamentos, da prática constante e da busca por um estilo pessoal que reflita a identidade de quem escreve.
2. Exercícios Práticos para Caligrafia
Melhorar a caligrafia pode parecer um desafio, mas com os exercícios práticos corretos, esse objetivo pode ser alcançado rapidamente. A prática constante é essencial, e existem algumas técnicas que podem ser usadas para otimizar o processo.
Inicialmente, é importante reconhecer que a caligrafia é uma habilidade que pode ser aprimorada com a repetição e a paciência. Assim, a revisão de formas e movimentos básicos pode trazer resultados significativos. Alguns exercícios práticos para caligrafia incluem:
- Traçar Linhas: Começar com traçados simples ajuda a entender a pressão e os movimentos da caneta.
- Formação de Letras: Praticar cada letra do alfabeto, tanto em minúsculas quanto em maiúsculas, é fundamental.
- Conexão de Letras: Exercitar-se na transição entre letras pode melhorar a fluidez da escrita.
- Escrita de Palavras Comuns: Escolher palavras do cotidiano para praticar permite criar uma rotina mais realista.
- Após Exercícios de Caligrafia: Revisar o que foi escrito e encontrar áreas de melhoria.
Além disso, a prática de manter um diário de escrita é uma ótima ideia. Ao escrever diariamente, não apenas a caligrafia melhora, mas capacidade de expressar pensamentos também evolui. Assim, sempre que possível, dedicar um tempo cada dia para escrever pode trazer benefícios duradouros.
Mas como se pode garantir que os exercícios sejam eficazes? Primeiramente, manter uma postura corretar ao escrever é imprescindível. A forma como a mão é posicionada influenciará significativamente a fluidez do movimento. Para isso, recomenda-se sempre sentar-se de forma ereta, mantendo os pés apoiados no chão e os ombros relaxados.
Ademais, selecionar o ambiente de prática também é crucial. Um espaço tranquilo e bem iluminado permite que a concentração seja mantida. A presença de distrações pode prejudicar o desempenho e, consequentemente, o progresso na caligrafia.
Após definir um espaço adequado, focar na respiração também pode melhorar a performance. Respirar profundamente antes de começar ajuda a relaxar e a centrar a atenção nos traçados. Portanto, um estado mental calmo é essencial para um desempenho otimizado.
Além de praticar a forma de letras, a introdução de diferentes estilos de escrita pode também ser benéfico. Experimente estilos como o cursivo, itálico ou caligrafia artística. Cada estilo tem suas particularidades, e dominar mais de um pode enriquecer a habilidade de caligrafia.
Outro aspecto a ser considerado são os materiais utilizados. A escolha de canetas e papéis adequados pode impactar diretamente na caligrafia. Canetas com tintas suaves que não escorregam podem facilitar a escrita. Da mesma forma, papéis com textura adequada ajudam a manter o controle durante o traçado.
Exercícios em grupo também podem ser uma experiência valiosa. Participar de oficinas ou aulas de caligrafia proporciona feedback instantâneo e motivação de colegas. A troca de experiências com outros calígrafos pode trazer novas dicas e também inspirar a criatividade.
Por último, o uso de recursos digitais pode ser uma opção inovadora. Aplicativos e softwares que focam na prática de caligrafia têm se mostrado eficazes em alguns casos. Isso pode ser particularmente útil para aqueles que têm acesso limitado a materiais tradicionais.
Portanto, para melhorar a caligrafia de maneira eficaz e divertida, a combinação entre exercícios práticos, autocrítica e a escolha dos materiais certos deve ser realizada. Assim, o comprometimento com a prática levará a melhorias notáveis na escrita. Com o tempo, será possível observar as mudanças e sentir orgulho de uma caligrafia aprimorada.
3. Escolhendo os Materiais Certos
Para alcançar uma caligrafia impressionante, a escolha dos materiais corretos desempenha um papel fundamental. Além do tipo de papel, outros elementos, como canetas e lápis, influenciam significativamente na qualidade da escrita. Começar a explorar esse mundo de materiais é uma experiência enriquecedora. Assim, a seguir, serão apresentadas as opções e suas respectivas características.
Papel
A qualidade do papel pode impactar diretamente a experiência de escrita. Para caligrafia, papéis mais lisos são preferidos, pois permitem que a caneta deslize suavemente. Além disso, papéis especiais, como os papéis para aquarela, sejam utilizados. Eles absorvem bem a tinta e proporcionam um acabamento bonito. Por outro lado, papéis mais texturizados podem dificultar a fluidez da escrita e, consequentemente, afetar a estética. Portanto, escolher o papel adequado é essencial.
Canetas
Existem vários tipos de canetas disponíveis que podem ser utilizadas para caligrafia. As canetas-tinteiro, por exemplo, são conhecidas por seu fluxo constante de tinta e pela possibilidade de troca de dobras. Isso permite a personalização da largura da linha, algo desejável para calígrafos. As canetas brush também são populares, pois possibilitam a criação de estilos variados. Essas canetas utilizam uma ponta de pincel que varia a espessura da linha de acordo com a pressão, resultando em um efeito artístico maravilhoso. Por último, canetas gel e canetas esferográficas de qualidade, como as de ponta fina, podem ser boas escolhas para práticas diárias.
Lápis
Embora a caligrafia tradicionalmente utilize canetas, os lápis não devem ser subestimados. Eles são perfeitos para esboçar letras e praticar novas formas antes de usar tinta permanente. Um lápis grafite de boa qualidade pode ser usado para garantir linhas limpas e esboços precisos. Além disso, lápis coloridos podem adicionar um toque especial nas práticas. Usar vários tipos de grafite, como HB ou 2B, permite diversas profundidades e intensidades de sombra. Portanto, a inclusão de lápis na rotina de prática é altamente recomendada.
Outros Materiais
Além dos materiais mencionados, alguns acessórios podem tornar a prática mais fácil e agradável. Um régua, por exemplo, pode ser útil para manter a linha da escrita reta, principalmente durante as primeiras tentativas. Um caderno de caligrafia também pode ser adquirido. Esses cadernos possuem linhas ou pautas que facilitam a transição entre diferentes tamanhos de letras. Finalmente, os marcadores de tinta permanente são ideais para projetos finais. Usar esses marcadores pode dar um acabamento profissional às obras. Portanto, investir em acessórios é uma estratégia inteligente.
Uma vez que todos os materiais foram escolhidos, a prática se torna a chave para a melhoria da caligrafia. Com uma coleção de ferramentas adequadas, o desenvolvimento de habilidades pode ser muito mais eficaz. Portanto, é indiscutível que a escolha dos materiais corretos é uma etapa crucial na jornada de aprimoramento da caligrafia.
Seja na caligrafia artística ou na escrita cotidiana, ter os instrumentos certos facilitará todo o processo. Além disso, investir tempo na escolha de cada item necessários é vital para obter resultados satisfatórios. A praticidade dos materiais pode transformar a forma de praticar caligrafia. Dessa forma, o prazer em escrever será redobrado. Portanto, não se apressar nas escolhas pode fazer uma grande diferença. Um ambiente adequado, combinado com os materiais corretos, ajuda a criar um espaço propício à prática da escrita. Assim, a caligrafia pode se tornar uma atividade ainda mais gratificante.
4. Dicas de Estilo e Apresentação
Para aprimorar a caligrafia, é essencial considerar as dicas de estilo e apresentação que podem destacar a escrita. Uma atenção cuidadosa a detalhes pode fazer toda a diferença, pois o modo como as letras são formadas revela a personalidade de cada um. Além disso, a apresentação adequada também pode impactar a legibilidade, tornando o texto mais atraente e convidativo ao leitor.
Um aspecto inicial a considerar é a escolha do estilo de escrita. Existem diversos estilos, como cursivo, itálico e bloqueado, cada um com sua própria estética. Para decidir qual estilo praticar, a análise dos propósitos da escrita é fundamental. Por exemplo, a caligrafia cursiva é muitas vezes utilizada para cartas e convites, enquanto a forma bloqueada pode ser mais apropriada para documentos formais.
Além do estilo, a uniformidade nas letras também deve ser um foco importante. As letras devem apresentar uma dimensão e um espaçamento consistentes. Dessa forma, a prática regular em exercícios de repetição ajuda a estabelecer um padrão que pode ser facilmente reconhecido. Ao manter o mesmo tamanho de letra e espaçamento entre as palavras, a escrita fica visualmente mais coesa.
Teste Diferentes Ferramentas de Escrita
Outro aspecto a considerar é a ferramenta de escrita utilizada. Canetas esferográficas, tinteiros e lápis são exemplos que conferem diferentes espessuras e texturas às letras. A experimentação com diferentes canetas pode levar à descoberta de qual ferramenta se sente mais confortável e oferece melhores resultados. Além disso, o papel também influencia a apresentação. Papéis mais suaves promovem traços mais finos, enquanto papéis texturizados podem criar efeitos interessantes.
Cores e Sombras
As cores também podem ser uma adição interessante à caligrafia. Adicionar tinta colorida ou fazer sombreamento nas letras traz uma nova dimensão ao texto. Entretanto, é importante utilizar as cores com moderação para que não haja distrações. Uma letra em azul escuro, por exemplo, pode ser elegantemente complementada com um leve sombreamento em azul claro. Essa técnica acrescenta profundidade e atratividade à escrita.
Considere a Composição
A composição do texto também deve ser cuidadosamente planejada. O alinhamento das palavras e a distribuição do espaço na página impactam o aspecto final do trabalho. Para um resultado harmonioso, a justificativa à esquerda é geralmente considerada uma boa prática, pois permite que o olho do leitor siga a leitura de maneira fluida. Além disso, a inclusão de margens adequadas é essencial para garantir que o texto não pareça apertado ou confuso.
Quando se fala em estilo, é sempre interessante introduzir elementos gráficos. Isso pode incluir bordas decorativas ou tipos de letras que combinem com o tema da mensagem. A adição de pequenos desenhos ou ilustrações pode dar um toque pessoal. Todavia, a moderação é primordial para evitar que a escrita se torne excessivamente carregada.
Prática Regular
Por último, mas não menos importante, a prática regular é crucial para a melhoria contínua da caligrafia. Manter um cronograma semanal, por exemplo, em que se dedica um tempo para praticar diferentes letras e estilos, permitirá observar a evolução ao longo do tempo. A prática de exercícios específicos, como formar letras repetidamente ou escrever frases inteiras em um novo estilo, também é altamente recomendada. Com o tempo, a familiaridade com o estilo desejado aumentará, levando à confiança na execução.
Reforçando, as dicas de estilo e apresentação são uma parte integral do processo de como melhorar a caligrafia. Através da adoção de práticas consistentes e da exploração de diferentes ferramentas, cada um pode personalizar sua abordagem de escrita. Dessa forma, a legibilidade e a estética se unirão, resultando em uma caligrafia bonita e impactante. Lembrando que o caminho para a caligrafia perfeita é contínuo e, mesmo após alcançar um bom nível, sempre há espaço para aprimoramento.
Fonte: https://folhanews.com/
Educação
Com 64 parques tecnológicos, desafio do Brasil agora é interiorização
Peças-chave no processo de inovação na economia brasileira, os parques tecnológicos reúnem universidades e empresas com apoio de governos para transformar ideias em produtos e serviços inovadores para o mercado. Neste mês, completam-se quatro décadas de criação dos dois parques mais antigos ainda em operação: de São Carlos, em São Paulo, e de Campina Grande, na Paraíba.
Passados 40 anos, esse ambiente de conexão entre pesquisa, inovação e mundo empresarial se expandiu no país. Dados da plataforma InovaData, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) mostram que existem no país 64 parques tecnológicos em operação.
Além deles, há 29 em processo de implantação e oito sendo planejados. Para a diretora de Apoio aos Ecossistemas de Inovação do MCTI, Sheila Pires, esses parques são importantes para estratégias de desenvolvimento do país nas áreas de ciência e tecnologia, transição energética e bioeconomia, por exemplo.
“Há um espaço muito propício para que esses ambientes de inovação sejam mais do que parceiros. Mas que eles sejam protagonistas para que a gente possa alcançar o que essas políticas estão buscando, que é maior sustentabilidade, desenvolvimento e inclusão. Enfim, tornar o Brasil reconhecido pelo seu talento, pela sua inovação, pela sua tecnologia e um país que tenha uma indústria competitiva, de ponta”, afirmou Sheila.
O Parque de Inovação Tecnológica (PIT), complexo de inovação e empreendedorismo que abriga diversas empresas de alta tecnologia, é a sede da Conferência Anprotec 2024. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Segundo ela, o Brasil tem uma história muito bem-sucedida em termos de parques tecnológicos, mas ainda há muito espaço para crescer, principalmente em termos de ampliar a interiorização e criar mais polos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
“A gente tem quase uma centena de parques [contando com aqueles em projeto], mas a maioria está concentrada nas regiões Sul e Sudeste. E ainda assim, nas regiões Sul e Sudeste, muitos deles estão nas regiões metropolitanas. A gente precisa interiorizar mais isso. E tem muito espaço para crescer nas outras regiões. Na região Norte, por exemplo, só tem um parque tecnológico, no Pará, que é o PCT-Guamá. A gente tem notícias de outras duas iniciativas que estão sendo desenhadas. Mas são nove estados na região Norte, então tem muito espaço para crescer”.
A presidente da Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Adriana Ferreira de Faria, destaca que as cerca de 3 mil empresas abrigadas pelos parques tecnológicos têm um impacto importante localmente e também no cenário nacional.
“Essas empresas fecharam o ano passado, por exemplo, com faturamento da ordem de R$ 15 bilhões e geraram mais de 75 mil empregos. Se a gente pegar toda a política pública no Brasil de apoio a esses ambientes nos últimos 30 anos, talvez estejamos falando de investimentos públicos da ordem de R$ 7 bilhões. Então o resultado dessas empresas demonstra a importância desses ambientes para o desenvolvimento”.
Segundo Adriana, que também é diretora-executiva do TecnoParq, o parque tecnológico de Viçosa (MG), a perspectiva para o setor no país é boa, uma vez que grande parte dos parques ainda é jovem. “Quando esses parques atingirem a maturidade, que normalmente ocorre com 20, 25 anos, esses números serão infinitamente melhores”.
História
O ano era 1984 e o país se preparava para encerrar uma ditadura que já se arrastava por 20 anos. O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na época, Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque, percebeu a importância de conectar centros de pesquisa com o meio empresarial, de modo a estimular a inovação na economia.
O movimento de criação desses locais de conexão entre os dois mundos, acadêmico e corporativo, os parques tecnológicos, começou na década de 50 nos Estados Unidos, ganhando força nos anos 70, com sua expansão na Europa e na Ásia. O Brasil estava ficando para trás.
“[Lá fora] estava sendo feito um esforço de governos para criar pontos de ligação entre as universidades, os centros de pesquisa, e o mercado, para fazer um sistema de transferência de tecnologia, de conhecimento, via apoio às startups, as empresas de base tecnológica. O Lynaldo compreendeu a importância disso, que o Brasil não podia ficar de fora desse esforço”, explica o professor da Universidade de São Paulo (USP) Sylvio Goulart Rosa Júnior.
Em 84, portanto, Lynaldo Albuquerque decidiu criar um programa nacional de parques tecnológicos, que daria origem aos primeiros espaços desse tipo no país. Entre os pioneiros, estariam dois parques que até hoje estão em funcionamento: o de Campina Grande, na Paraíba, e o de São Carlos, em São Paulo.
Pioneirismo
O professor Sylvio Goulart participou do processo de criação do Parque de São Carlos, cidade localizada a 230 quilômetros da capital paulista, em 16 de dezembro de 1984. Foi o presidente do centro, por vários anos, e hoje é diretor técnico.
“No comecinho de 85, a gente conseguiu incubar a primeira empresa, a Opto Eletrônica, em 2 de janeiro. Fomos a primeira incubadora da América Latina”, revela Goulart. “Essa empresa nasceu dentro da oficina de ótica de precisão do Instituto de Física [da USP, em São Carlos] e está lá até hoje”.
A primeira empresa incubada por um parque tecnológico do país também foi a primeira do hemisfério sul a produzir laser e a primeira do país a fabricar um leitor de código de barras para uso em supermercados. Posteriormente começou a produzir equipamentos de uso médico.
Segundo Sylvio Goulart, o parque tecnológico, que surgiu a partir da junção de universidades como a USP e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), além de instituições de pesquisa como a Embrapa, revolucionou a cidade.
“São Carlos é uma cidade pequena, com 250 mil habitantes, e para cada 100 habitantes, a gente tem uma pessoa com doutorado. Na nossa incubadora, tem hoje 30 empresas e praticamente todos os donos têm doutorado. Em alguns grupos de pesquisa [das universidades], a pesquisa dá o título [acadêmico], dá a patente e, algumas vezes, dá a empresa. O cara sai com uma empresa da universidade e a gente incuba”, conta.
O professor conta que as empresas incubadas pelo parque tecnológico geram riqueza, através do pagamento de tributos e do consequente investimento desses tributos na cidade.
“Então a cidade é pequena, no interior do estado, e tem uma qualidade de vida relativamente boa, com problemas de infraestrutura mais ou menos resolvidos, bons hospitais e boas escolas”.
São José dos Campos (SP) 02/12/2024 – Professor Sylvio Goulart Rosa Júnior fala sobre o impacto do parque tecnológico na cidade de São Carlos – Fernando Frazão/Agência Brasil
São José dos Campos
Apesar dos parques tecnológicos só terem surgido como instituições oficialmente estabelecidas na década de 80, o município de São José dos Campos, também em São Paulo, considera-se sede do primeiro polo de tecnologia no país, já que é sede da gigante na fabricação de aviões Embraer, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), criados entre as décadas de 1940 e 60.
O Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (PIT) só seria criado em 2006. Atualmente reúne sede ou escritórios de quase 400 empresas, principalmente voltadas para a área aeroespacial, mas também atrai outros setores tecnológicos e prestadores de serviços para as indústrias e para os funcionários do próprio parque.
Uma dessas empresas é a Tria Software, criada cinco anos atrás com o objetivo de desenvolver soluções tecnológicas para outras empresas. “Para nós, é muito estratégico ter uma sala no PIT porque nos possibilita uma troca com outras grandes empresas de tecnologia, um ambiente de muita inovação e muita colaboração. E a gente sabe que isso é essencial para impulsionar nosso desenvolvimento”, afirma a gerente de marketing da empresa, Angela Moura.
No PIT, também podem ser encontrados polos universitários e escritórios de órgãos governamentais, como a sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
“Esses ambientes de inovação são espaços apropriados para que a gente possa gerar inovação, entendendo que essa inovação vem, muitas vezes, de uma pesquisa científica. Ela surge lá numa bancada [de um laboratório universitário] e passa a ter uma aplicação direto no mercado”, afirma Sheila Pires, do MCTI. “Os parques tecnológicos ajudam a gerar novas empresas, fazem a articulação com grandes empresas, atraem investidores e trazem profissionais de ciência e de tecnologia”.
A Sala de Situação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), no Parque de Inovação Tecnológica (PIT). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
*A equipe da Agência Brasil viajou a convite da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec)
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
Educação
Proibição dos celulares em salas de aula SP: como era, como ficou
São Paulo será o primeiro estado a restringir o uso de aparelhos eletrônicos nas salas de aula das escolas públicas e privadas a partir do ano que vem. Atualmente, o uso para fins pedagógicos ainda é permitido. Os aparelhos serão suspensos também no intervalo entre as aulas, recreios e atividades extracurriculares.
O governador Tarcísio de Freitas sancionou o Projeto de Lei 293/2024, da deputada Marina Helou (Rede), aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo. A nova lei substitui e amplia a lei de 2007, proibindo os tipos de dispositivos eletrônicos, com a vedação passando a valer também para tablets, relógios inteligentes e aparelhos similares.
Em 2007, a lei não permitia o uso dos dispositivos, inclusive para atividades pedagógicas, o que foi alterado em 2016, quando foi aprovado um substitutivo à Lei 12.730/2007. Antes, as escolas determinavam como funcionaria a limitação do acesso aos celulares. Agora as unidades de ensino seguirão um protocolo para o armazenamento dos celulares durante o período de permanência dos estudantes.
Como era (Lei 12.730/2007)
- Proíbe o uso de celulares e dispositivos eletrônicos (tablets, relógios inteligentes e similares) apenas durante o horário das aulas nas escolas privadas e públicas.
- Pode usar o celular e demais dispositivos nos intervalos das aulas.
- A lei é válida para educação infantil, ensino fundamental e ensino médio
- Em casos das atividades pedagógicas, o uso dos celulares e dispositivos fica permitido.
- Professores podem vetar o uso de celulares e demais dispositivos, mas não podem reter os equipamentos.
Como ficou (Lei 18.058/2024)
- Proíbe o uso de celulares e demais dispositivos eletrônicos durante todo o período das aulas, que é compreendido durante toda a permanência do aluno na escola (intervalos, recreios e atividades extracurriculares)
- É permitido o uso nos casos de atividades pedagógicas conduzidas pelos próprios professores e em situação de utilização por parte de alunos com alguma deficiência.
- Aluno deve deixar o dispositivo em um repositório próprio para ser armazenado (não pode deixar na mochila)
- Professores podem vetar e reter o uso dos celulares e demais dispositivos em sala.
- O estudante assume a responsabilidade por eventual dano ou extravio
- A lei é válida para educação infantil, ensino fundamental e ensino médio
- As secretarias municipais, bem como a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e as escolas da rede privada, deverão estabelecer protocolos para o armazenamento dos dispositivos eletrônicos durante todo o horário escolar
- As Secretarias Municipais de Educação, bem como a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo e as escolas da rede privada, deverão criar canais acessíveis para a comunicação entre pais, responsáveis e as instituições de ensino.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
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