Siga-nos nas Redes Sociais

Economia

Especialista analisa perfil dos consumidores da Black Friday e Natal: “Diferença está nas motivações e no tipo de compra realizada”

Publicado

em

Shopping Mall 522619 1920
Credito: Pixbay

Wagner Moraes também afirma que o comércio se prepara para ambas as datas de maneira diversa e pontua que aumento de empregos temporários na reta final de ano aquece a economia

Quem nunca juntou dinheiro para fazer compras na Black Friday? Essa compra com desconto no mês de novembro tem um alvo mais pessoal do que familiar. Uma pesquisa da MField revelou que o setor campeão dos consumidores são itens relacionados a moda e acessórios (39,3%), seguido de eletrônicos (37,5%) e cosméticos (35,9%). Para o economista, especialista em macroeconomia, mercado financeiro e CEO da A&S Partners, Wagner Moraes, o levantamento reflete que a população usa a Black Friday mais para uso individual.

“Na Black Friday, o foco é mais individualizado, voltado para a autossatisfação ou aquisições planejadas. Há também uma busca significativa por ofertas em categorias como moda e beleza”, disse.

O Google também divulgou pesquisa no qual afirma que dois em cada três consumidores devem comprar durante a Black Friday. O brasileiro pretende comprar, em média, produtos de seis categorias diferentes. Mais de 1,8 mil pessoas foram ouvidas.

A procura por roupas, acessórios, celulares e eletroeletrônicos mais “em conta” também guia o consumidor por itens pessoais. “Os consumidores geralmente buscam aproveitar grandes descontos para adquirir itens desejados ao longo do ano ou produtos de maior valor, como eletrônicos e eletrodomésticos, que raramente entram em promoção em outros momentos”, avalia Moraes.

Para as festas de fim de ano, principalmente no Natal, o perfil comprador muda. O economista afirma que o foco passa a ser presentear um ente familiar ou amigos. “As compras natalinas são mais diversificadas, incluindo brinquedos, roupas, livros, itens de decoração e outros produtos que simbolizam carinho e consideração. Além disso, o espírito natalino influência um aumento nas compras de produtos relacionados a festas e celebrações, como alimentos especiais e decorações”

A empresária Juliana Duarte representa o perfil das duas datas específicas. Ela disse que pretende trocar de celular na Black Friday e presentear familiares no Natal. “Estou pesquisando preços de telefones nessa Black Friday e acho que vou trocar por outro melhor. E no natal vou comprar alguma coisa para os meus pais, só não defini ainda o que vou comprar”

Empregos temporários em alta

O poder de compra do consumidor brasileiro, atrelado à Black Friday e Natal, reflete em uma expectativa positiva para empregos temporários. A Associação Brasileira do Trabalho Temporário divulgou que o Brasil deve criar 470 mil vagas de emprego temporários de outubro a dezembro de 2023. É uma alta de 5% em relação ao mesmo período de 2022.

“Essas contratações temporárias abrangem uma variedade de funções, desde atendimento ao cliente em lojas físicas até logística e processamento de pedidos em centros de distribuição e operações de e-commerce. Além disso, com o crescimento do comércio eletrônico, há também uma demanda maior por profissionais em áreas como suporte de TI, atendimento ao cliente online e gestão de redes sociais”, diz Wagner Moraes.

O economista sugere que a chegada da Black Friday impulsiona as contratações para atender a alta demanda de consumo. “Esse fenômeno ocorre porque a Black Friday se tornou um dos eventos de varejo mais significativos do ano, gerando um aumento substancial no volume de vendas. Essas vagas temporárias não apenas ajudam as empresas a lidarem com o pico de demanda, mas também oferecem oportunidades de emprego para muitas pessoas”, disse.

A ImprensaBr é um portal de notícias que fornece cobertura completa dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo.

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Entenda a ampliação do Programa Minha Casa, Minha Vida

Publicado

em

Originalmente voltado às famílias mais pobres, o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) consolidou mais um passo para beneficiar a classe média. A partir do início de maio, os bancos começarão a oferecer a Faixa 4, nova categoria que abrangerá famílias com renda mensal de R$ 8 mil a R$ 12 mil.

Na última terça-feira (15), o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou a criação da Faixa 4 do programa habitacional. A nova categoria financiará imóveis novos e usados de até R$ 500 mil, com juros de 10,5% ao ano e 420 parcelas mensais. Atualmente, as taxas de mercado para este tipo de imóveis estão entre 11,5% e 12% ao ano.

Segundo os inistérios das Cidades e do Trabalho e Emprego, a nova categoria deve beneficiar até 120 mil famílias apenas este ano, ampliando para 3 milhões as unidades habitacionais financiadas até 2026, ao somar todas as faixas. Entenda as principais mudanças no programa habitacional:

Como ficaram as faixas do Minha Casa, Minha Vida?

  • Faixa 1: renda familiar de até R$ 2.850,00, com subsídio de até 95% do valor do imóvel;
  • Faixa 2: renda familiar de R$ 2.850,01 a R$ 4,7 mil, com subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos;
  • Faixa 3: renda familiar de R$ 4.700,01 a R$ 8,6 mil, sem subsídios, mas com condições de financiamento facilitadas;
  • Faixa 4: renda familiar de R$ 8 mil a R$ 12 mil, com juros de 10,5% ao ano, 420 parcelas e limite de financiamento de até R$ 500 mil, de imóveis novos e usados.

Como eram os limites de renda anteriores?

  • Faixa 1: renda familiar de até R$ 2.640;
  • Faixa 2: renda familiar de R$ 2.640,01 a R$ 4,4 mil;
  •  Faixa 3: renda familiar de R$ 4.400,01 a R$ 8 mil.

Qual o volume de recursos para a nova Faixa 4?

R$ 30 bilhões distribuídos da seguinte forma:

  • R$ 15 bilhões dos lucros anuais do FGTS, obtidos com o rendimento do fundo em aplicações financeiras e do retorno de financiamentos;
  • R$ 15 bilhões da caderneta de poupança, via Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), e das Letras de Crédito Imobiliário (LCI), título emitido por instituições financeiras para captar recursos para o crédito habitacional privado.

Quem não tem cotas no FGTS poderá financiar pela Faixa 4?

Sim. Como os recursos virão dos lucros anuais, não dos depósitos no FGTS, trabalhadores sem cotas no fundo poderão financiar imóveis na Faixa 4.

Quais são as restrições para a Faixa 4

Por se tratar de recursos do FGTS, os financiamentos terão de obedecer às seguintes regras:

  • Financiar apenas a compra do primeiro imóvel;
  • Financiar até 80% do valor do imóvel, com o mutuário pagando a diferença.

Imóveis usados podem ser financiados pela Faixa 4

Sim. Desde que seja o primeiro imóvel do mutuário.

Há mudanças para as Faixas 1 e 2 do MCMV?

As famílias das Faixas 1 e 2 (renda mensal de até R$ 4,7 mil) poderão financiar imóveis com o teto de financiamento da Faixa 3, de R$ 350 mil.

O financiamento, no entanto, terá os mesmos juros e prazos que na Faixa 3:

  • juros de 7,66% a 8,16% ao ano;
  • sem os subsídios das Faixas 1 e 2.

Fonte

Continue Lendo

Economia

Vendas de Páscoa devem beneficiar 61 mil pequenos negócios em SP

Publicado

em

© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Os  consumidores de São Paulo pretendem gastar R$ 250, em média, com as compras no feriado da Páscoa. Segundo pesquisa do Sebrae-SP, as vendas devem beneficiar 61 mil pequenos negócios no estado.

A pesquisa Indicadores Sebrae-SP, feita com a colaboração da Fundação Seade, aponta que 41 mil comércios são microempreendedores individuais (MEIs) e outros 20 mil são micro e pequenas empresas. 

Os ovos de Páscoa lideram as vendas dos pequenos negócios, citado por 74% dos entrevistados. Na sequência estão os chocolates em geral (59%) e os ingredientes e bebidas para as confraternizações do almoço e do jantar, como pescado e azeite.

A opção pelos pequenos empreendimentos deve-se pelos preços praticados por este segmento do mercado, conforme 37% dos entrevistados. Qualidade do produto e as ofertas vêm depois, respectivamente, com 33% e 27% das menções.

Valores gastos 

A pesquisa do Sebrae-SP revela também que o valor gasto nesta Páscoa nos pequenos negócios deve ser 42% maior na comparação com o feriado do ano passado. Já 32% disseram que vão gastar valores semelhantes a 2024, sendo que 16% devem ter uma Páscoa mais barata do que a passada.

De acordo com o consultor do Sebrae-SP Pedro João Gonçalves, a pesquisa mostra que, dos que pretendem gastar mais com a Páscoa este ano, 48% acreditam que esse aumento ficará em torno de 5% e 10%.

Os pequenos negócios são fortemente dependentes do consumo interno. Assim, seu faturamento é impactado pelas vendas em datas comemorativas, como a Páscoa, relevante para diversos segmentos do varejo de alimentos”, explica

Fonte

Continue Lendo

Economia

Ministério do Turismo cancela cadastro da empresa Hurb

Publicado

em

© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O Ministério do Turismo cancelou o cadastro da empresa Hurb – Hotel Urbano Viagens e Turismo S.A., o que a impede de atuar no setor turístico. A agência digital de viagens enfrenta denúncias por descumprimento contratual, além de reclamações de consumidores na esfera administrativa e judicial.

A empresa tem 10 dias para apresentar recurso, contados a partir da publicação da decisão no Diário Oficial da União no último dia 14.

Por determinação da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Hurb também terá que apresentar informações detalhadas sobre sua situação financeira. Foram exigidos o número de contratos ainda pendentes, o valor total devido aos consumidores e a relação dos clientes afetados. Em caso de descumprimento, está prevista multa diária de R$ 80 mil.

A Senacon considerou a atuação da empresa inviável dos pontos de vista operacional, técnico e financeiro. O órgão diz que foram 12 meses de tentativa de acordo para assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

O secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, disse que a Hurb teve todas as oportunidades para apresentar garantias mínimas de cumprimento das obrigações.

“A Senacon não negocia com má-fé, omissão e desrespeito ao consumidor brasileiro, e a medida do Ministério do Turismo é necessária e coerente com os fatos”, disse Damous, em nota.

“O cancelamento do cadastro no Cadastur reforça que não é admissível operar no mercado de turismo sem cumprir requisitos legais e respeito ao consumidor. A proteção ao cidadão está no centro das políticas públicas”, complementou o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), Vitor Hugo do Amaral.

Em uma nota pública, chamada de “carta aberta ao mercado”, a Hurb disse que iniciou um diálogo com a Senacon há mais de 15 meses, com o objetivo de chegar a um acordo, que atendesse viajantes impactados pela pandemia da covid-19. Mas diz ter sido surpreendida por um movimento que “pareceu mais político do que técnico”, e que a Senacon “abandonou a mesa de negociação e partiu para o ataque”.

 

Fonte

Continue Lendo