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FIV para Casais Homoafetivos: como funciona e quais são as opções?

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Créditos: Pixabay
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Fertilização in vitro (FIV) é uma técnica que tem proporcionado a muitos casais a chance de terem filhos, inclusive aqueles homoafetivos. Para cada tipo de casal a um processo a ser seguido e os procedimentos podem variar de um caso para o outro. O especialista em Reprodução Humana, Dr. Paulo Gallo, tem se dedicado a buscar as melhores soluções para os casais homoafetivos que querem engravidar e aponta como funcionam os procedimentos em cada tipo de casal.

FIV para casais homoafetivos masculinos para casais homoafetivos masculinos, a FIV envolve tanto a doação de óvulos quanto a utilização de um útero de substituição, conhecido como barriga solidária. A doação de óvulos pode ser anônima ou pode ser obtida por um parente de até quarto grau de um dos parceiros.

“No entanto,” ressalta o Dr. Gallo, “quando optamos pelos óvulos doados de um parente de quarto grau de um dos parceiros, o sêmen deve ser obrigatoriamente do outro parceiro para evitar consanguinidade.”

O útero de substituição é outra necessidade para tais casais. No Brasil, esse processo deve ser sem fins lucrativos; a barriga de aluguel não é permitida. O útero de substituição pode ser de um parente de até quarto grau de um dos parceiros, ou, quando essa opção não estiver disponível, uma amiga pode assumir esse papel, desde que comprovadamente não haja interesse financeiro e com autorização do conselho regional de medicina de cada estado. No entanto, o Dr. Gallo acrescenta que a mesma parente que empresta o útero não pode ser a mesma que doou os óvulos.

FIV para casais homoafetivos femininos

No caso de casais homoafetivos femininos, o processo pode ser mais simples. Uma das opções é a chamada ROPA (Recepção de Óvulos da Parceira), também conhecido como gestação compartilhada.

“Neste caso, uma das parceiras fornece o óvulo, fertilizado pelo sêmen doado, e o embrião é implantado no útero da outra parceira”, explica o Dr. Gallo.

“Geralmente, recomendamos o uso do óvulo da parceira mais jovem, mas isso não é uma regra fixa.”

No caso dos casais femininos, a doação de sêmen é sempre necessária e não pode ter caráter lucrativo. O sêmen pode ser de um parente de até quarto grau de uma das parceiras, desde que não haja consanguinidade, ou pode ser de um doador anônimo.

FIV para casais transgêneros

Por fim, o Dr. Gallo falou sobre a possibilidade de casais transgêneros utilizarem técnicas de reprodução assistida. Segundo ele, a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM 2294) incluiu recentemente casais transgêneros entre as pessoas aptas a utilizar essas técnicas.

A partir de agora todas as configurações familiares são beneficiadas pelas técnicas de reprodução assistida. Temos múltiplas formas de casais transgêneros e para cada tipo de casal transgênero, uma técnica de reprodução assistida pode ser indicada. O importante é lembrar de congelar óvulos ou espermatozoides antes do tratamento hormonal para o tratamento de gênero, pois sabemos que esse tratamento hormonal pode interferir na qualidade dos gametas”, finaliza.

Sobre do Dr. Paulo Gallo
É o diretor-médico da Clínica Vida-Centro de Fertilidade, com graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia). Possui Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestrado em Ginecologia pela mesma instituição e é Professor Assistente da Disciplina de Ginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Além disso, é professor da Pós-Graduação em Endoscopia Ginecológica da Universidade Suprema/ Instituto Crispi de Cirurgias Minimamente Invasivas e da Pós-Graduação em Reprodução Humana Assistida, uma parceria Vida – Centro de Fertilidade e I D’Or. É especialista em Reprodução Humana pela FEBRASGO/AMB, membro da Comissão Nacional Especializada em Reprodução Humana da FEBRASGO, chefe do Setor de Reprodução Humana do Hospital Universitário da UERJ, foi presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) no período de 2021 a 2023 e é diretor da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do rio de Janeiro (SGORJ).

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