Siga-nos nas Redes Sociais

Tecnologia

Relatório da TeamViewer sobre Inteligência Artificial revela comportamentos de tomadores de decisão de Negócios, TI e TO em relação à IA

Publicado

em

Relatório da TeamViewer sobre Inteligência Artificial revela comportamentos de tomadores de decisão de Negócios, TI e TO em relação à IA
Divulgação

Por Alexander Post – Vice-presidente de Gerenciamento de Produtos da TeamViewer

A Inteligência Artificial (IA) é uma das tecnologias mais transformadoras da atualidade, mas é também desafiadora. Ela é, sem dúvida, uma poderosa ferramenta para aumentar a eficiência empresarial e a produtividade dos funcionários, porém pode igualmente ser um potencial fator de risco de segurança caso os procedimentos corretos não sejam implementados. E mesmo que esses riscos sejam gerenciados de forma adequada, a IA introduzida de forma limitada pode igualmente acabar prejudicando sua própria capacidade de proporcionar benefícios e avanços – o que não é nada bom.

Diante disso, não é raro que o medo e alguns mal-entendidos frequentemente permeiem o diálogo e a troca de ideias sobre a IA. Para evitar que as empresas fiquem para trás devido à falta de adoção da tecnologia, é preciso que elas repensem e até mesmo reinventem a forma como podem aproveitar todas as oportunidades que a IA traz.  

IA como chave para a eficiência e a igualdade dos negócios

Muitas vezes pensamos na Inteligência Artificial como uma tecnologia para equipes de TI e funcionários administrativos que beneficia as empresas em geral, ao invés de pensar nela como ferramenta voltada para uso dos funcionários em todos os níveis da estrutura corporativa.

A IA pode melhorar as oportunidades de trabalho para equipes em todos os setores e funções profissionais, tanto diminuindo a falta de tempo para a realização de tarefas e projetos como melhorando a eficiência e a produtividade para obter melhores resultados financeiros para o negócio – algo que é especialmente crucial na indústria manufatureira.

Mas até que ponto isso está acontecendo?

Bem-vindo à era do uso, da maturidade, da competência e da confiança da IA

Nos últimos anos, a Inteligência Artificial tem se tornado característica comum em nossas vidas profissionais, mas com que frequência as pessoas a utilizam realmente? Os trabalhadores consideram seu uso completamente desenvolvido e se sentem aptos e competentes?

Em quais tarefas a IA gera mais confiança?

Cresce o uso semanal e diário de IA nas empresas

De acordo com o Relatório de Oportunidades de IA da TeamViewer realizado em 2024, e que serviu como base de dados para este artigo, a adoção da IA acelerou rapidamente nos últimos 12 meses, com a grande maioria dos tomadores de decisão (79%) utilizando a tecnologia pelo menos uma vez por semana em seus trabalhos e com mais de um terço (35%) usando a IA todos os dias. Os números mostram um aumento drástico ano após ano; em 2023, a IA era usada semanalmente por apenas 52% e diariamente por 12%.

No entanto, embora a utilização da IA tenha aumentado de forma generalizada, os graus de utilização não são de forma alguma consistentes entre níveis de hierarquia ou setores, indicando uma oportunidade significativa de crescimento.

Tomemos como exemplo os tomadores de decisão. É evidente que o setor de TI esteja entre os primeiros a adotar a IA no ano passado, utilizando a tecnologia muito mais que seus colegas com a mesma autoridade em outros departamentos. Só para se ter uma ideia, o uso de IA pelos decision makers de TI (ITDMs, sigla em inglês para IT Decision Makers) é bem superior à dos tomadores de decisão empresariais (BDMs, sigla em inglês para Business Decision Makers) e decisores tecnológicos operacionais (OTDMs, sigla em inglês para Operational Technology Decision Makers). É notável o quanto o uso diário da IA pelos ITDMs aumentou nos últimos 12 meses, com 42% deles afirmando atualmente que a utilizam diariamente, em comparação a apenas 13% há um ano.

Dado que os ITDMs lideraram o uso semanal de IA em 2023 e os BDMs e OTDMs agora estão começando a preencher essa lacuna, é muito possível que veremos os BDMs e OTDMs continuarem a seguir essa liderança em 2025 e a aumentarem significativamente a frequência de utilização da IA – uma projeção apoiada pela duplicação do uso semanal dos OTDMs no último ano (de 38% para 72%) e pelo uso diário mais que triplicado (8% para 25%).

Principais aplicações da IA

Já sabemos que a propagação da IA está em ascensão e seu uso vai desde análises preditivas até otimização da cadeia de fornecimento, passando por várias outras aplicações.

Atualmente, a automatização de suporte ao cliente (26%), a análise de dados (26%) e a automatização de processos (21%) são o top 3 do uso da IA corporativa – o que dá uma certa vantagem aos tomadores de decisão de negócios. No entanto, tanto os ITDMs como os OTDMs atribuem uma classificação mais elevada à análise de dados – 30% e 25%, respectivamente – corroborando a importância da IA em funções mais baseadas em dados.

Percepções elevadas de maturidade da IA

À medida que a utilização da IA cresce, aumentam também as percepções de maturidade da tecnologia e isso torna imprescindível que as pessoas passem a ter uma grande confiança em seu nível de desenvolvimento e avanço. Cerca de 72% dos entrevistados consideram que a adoção da IA em suas organizações segue em pleno desenvolvimento, com 31% considerando que a tecnologia está bastante amadurecida.

Esse nível de confiança sobe para 79% entre os ITDMs e desce para 68% para os BDMs e 62% para os OTDMs, refletindo a frequência de utilização da IA tanto em vários setores como em diferentes níveis organizacionais corporativos. Entretanto, em segmentos como a indústria transformadora, onde a IA é utilizada semanalmente por 78% dos decisores, 72% a classificam como uma tecnologia amadurecida que faz parte do dia a dia. 

Poupando tempo e ganhando novas oportunidades de emprego

Uma das críticas à Inteligência Artificial no ambiente de trabalho é que ela beneficia mais as organizações do que os indivíduos. No entanto, como revela o Relatório de Oportunidades de IA da TeamViewer, ambos os grupos levam vantagem com a IA. No que diz respeito à economia de tempo, por exemplo, os inquiridos afirmaram que a IA ajuda a reduzir 12 horas mensais de trabalho aos funcionários, ou seja: quase dois dias úteis.

Embora tenha sido verificado que todos os grupos poupam tempo através da IA, uma grande prova da sua eficácia nesta área, os profissionais que mais a utilizam certamente são os que mais se beneficiam, pontuando o quanto é possível obter melhorias quando a tecnologia é totalmente adotada. Um outro exemplo são os funcionários da indústria de TI, que chegam a poupar 16 horas de trabalho por meio da IA, em comparação com pouco mais de 10 horas por semana para os trabalhadores da indústria manufatureira e apenas seis horas para o setor público.

Você pode até pensar que as equipes de TI têm condição de poupar mais tempo do que qualquer outro grupo através da IA devido às suas capacidades técnicas únicas, mas os participantes da pesquisa atuando nos setores da construção e da agricultura também estimam uma economia de 15 horas de trabalho através da tecnologia, demonstrando que qualquer pessoa com formação não relacionada à TI pode economizar tempo em suas tarefas por meio da abordagem correta.

Na minha opinião, a Indústria 4.0 tem sido um ponto de discussão há mais de uma década. Em alguns setores, porém, o processo de digitalização está apenas começando a ser levado a sério. O fato é que grupos mais conservadores, como os OTDMs, são resistentes em relação a mudanças de sistemas em funcionamento – e por uma boa razão, uma vez que são bastante conscientes sobre os potenciais vazamentos de dados em torno de seus processos de produção, o que impactaria negativamente a competitividade de seus negócios. 

Por conta dos receios residuais sobre a transformação e os níveis consequentemente mais baixos de maturidade digital da TO, é compreensível que os OTDMs tenham sido mais lentos a adotar a IA do que seus companheiros de TI. Contudo, a resistência ao uso da IA é apenas parte da história, que caminha a passos largos e a cada dia rumo à evolução. 

Relatório de Oportunidades de IA da TeamViewer | Metodologia de Análise

A análise quantitativa para o estudo da TeamViewer foi conduzida pela consultoria de investigação Sapio Research, sediada no Reino Unido.

A pesquisa coletou informações, comportamentos e visões de 1.400 executivos de empresas com mais de 200 funcionários no Reino Unido, França, Alemanha, Austrália e Singapura, além de mais de 500 trabalhadores nos Estados Unidos, sobre Inteligência Artificial e seu uso na tomada de decisão em procedimentos ligados à tecnologia da informação, tecnologia operacional e aos negócios. As entrevistas foram realizadas online pela Sapio Research em agosto e setembro de 2024.

O relatório completo, em inglês, está disponível em https://www.teamviewer.com/en/campaign/ai-opportunity-report/.

 

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Tecnologia

TeamViewer anuncia integração direta ao Google Meet

Publicado

em

TeamViewer anuncia integração direta ao Google Meet
Divulgação

A TeamViewer, fornecedora líder global de soluções de conectividade remota e digitalização de ambientes de trabalho, anuncia integração direta ao Google Meet, possibilitando suporte remoto contínuo para aprimorar a colaboração entre equipes. À medida que as forças de trabalho híbridas se tornam cada vez mais prevalentes, a integração permitirá aos profissionais de TI e às empresas superar desafios técnicos sem sair de sua plataforma de videoconferência preferida, agilizando a tomada de decisão, a resolução de problemas e a produtividade. 

O Google Meet é uma das plataformas mais usadas no mundo para comunicação entre equipes alocadas em escritórios, fábricas, em campo ou em outros locais de trabalho, apoiando companhias de vários portes e segmentos em suas operações diárias. A integração adiciona ao Google Meet o acesso remoto ininterrupto e os recursos aprimorados TeamViewer para solução de problemas, garantindo às empresas que já usam o popular programa de videoconferência da Google resolução simples de problemas técnicos diretamente na plataforma, sem a necessidade de alternar entre aplicativos ou ferramentas. 

O add-on TeamViewer Remote Control possibilita sessões de suporte remoto diretamente em uma reunião do Google Meet, sem necessidade de qualquer tipo de instalação. Os profissionais de TI poderão se conectar instantaneamente por meio de seus navegadores, enquanto os usuários finais sem o TeamViewer participam da sessão em poucos cliques, com um simples download rápido e automático. Essa abordagem simplificada possibilita aos técnicos de TI observar detalhadamente o cenário de cada atendimento e resolver os problemas visualmente, com o uso conjunto dos já tradicionais recursos de chamadas de chat, VoIP e vídeo. A principal vantagem é que as sessões de suporte remoto podem ser iniciadas durante reuniões ao vivo, em tempo real, poupando tempo e assegurando uma colaboração eficiente.

“As empresas confiam no Google Meet para uma boa comunicação entre suas equipes, mas as interrupções técnicas podem facilmente prejudicar a produtividade”, afirma Stefan Prestele*, Vice-Presidente Sênior de Alianças Estratégicas da TeamViewer. “Ao integrar os poderosos recursos de acesso remoto TeamViewer ao Google Meet, nós estamos oferecendo suporte instantâneo de TI durante as reuniões, permitindo que os profissionais tenham uma experiência superior de interação e colaboração para solucionar problemas em tempo real, desde os mais simples até os mais complexos, sem alternância entre aplicativos.”

A integração prioriza a conveniência do usuário, ao mesmo tempo em que adere aos altos padrões de segurança do TeamViewer. Os profissionais de TI conseguirão fornecer suporte remoto diretamente do browser, garantindo tempos mais rápidos de resposta, e os usuários finais poderão ingressar sem esforço graças ao processo de configuração automática, eliminando a necessidade de instalações difíceis e complicadas.

O add-on TeamViewer para o Google Meet está disponível no Google Workspace Marketplace.

Na web, a TeamViewer está em www.teamviewer.com

 

*Foto Divulgação: Stefan Prestele, Vice-Presidente Sênior de Alianças Estratégicas da TeamViewer.

Continue Lendo

Tecnologia

Boxware fecha acordo de distribuição B2B com Canonical no Brasil

Publicado

em

Boxware fecha acordo de distribuição B2B com Canonical no Brasil
Divulgação

A companhia paulista Boxware, referência nacional no ciclo de distribuição de tecnologias de ponta para revendas corporativas, anuncia parceria com a Canonical para comercialização no Brasil do sistema operacional open source Linux Ubuntu Pro, da plataforma de código aberto Kubernetes e do conjunto de software livre e de código aberto OpenStack.

O objetivo do acordo estratégico entre a Boxware e a Canonical, companhia líder global em tecnologias open source seguras que promovem flexibilidade e gestão de alto nível para empresas, indústrias e usuários avançados, é oferecer as melhores soluções de nuvem e de borda para servidores e Internet das Coisas (IoT) baseadas em código aberto para o mercado corporativo brasileiro.  

As soluções

O Ubuntu Pro é a versão premium do Ubuntu (o sistema operacional de código aberto Linux mais usado no mundo e o mais popular em ambientes hospedados). A versão Pro oferece os níveis mais altos de segurança, conformidade e gerenciamento de sistemas para uso corporativo e de produção em servidores, desktops e dispositivos IoT, com recursos para suporte de segurança estendida, aplicação de Kernel Livepatch, atualizações diárias de imagens e correção de vulnerabilidades, entre outros.

A plataforma de código aberto Kubernettes gerencia cargas de trabalho e serviços escalonáveis distribuídos em contêineres em ambientes de produção, facilitando tanto a configuração declarativa quanto a automação, com ferramentas como balanceamento de carga, orquestração de armazenamento, lançamentos e reversões automatizadas, empacotamento binário automático, autocorreção de contêineres e gestão de configuração e de informações confidenciais como senhas, tokens OAuth e chaves SSH.

Já o OpenStack é um software de computação open source que possibilita criação e gestão de infraestruturas de computação em nuvem, tanto para ambientes públicos, privados e híbridos. A tecnologia é flexível e escalável e possibilita adicionar servidores, armazenamento e componentes de rede à nuvem, controlar recursos de hardware, gerenciar recursos computacionais e o ciclo de vida das instâncias de máquinas virtuais. Com uma gama de serviços interconectados, o OpenStack promove ainda acesso a painéis de controle e APIs, além de provisionamento de bare-metal e a sistemas de mensagens, containers e governança.

“Além de uma história de sucesso há mais de 20 anos como desenvolvedora de arquiteturas tecnológicas que proporcionam a acessibilidade do software livre a todos, a Canonical é a número 1 do mundo em soluções e serviços com camadas extras de segurança e governança e desempenho de IA e Big Data, garantindo maior liberdade de customização, otimização e integração perfeitas para cargas de trabalho modernas e análise de dados”, afirma Carlos Godinho, CEO da Boxware. 

“As soluções Ubuntu Pro, Kubernettes e OpenStack são reconhecidas mundialmente como topo de linha em estabilidade e confiabilidade e pelo excelente custo-benefício em relação a outros players de mercado. Estamos felizes em concretizar nossa parceria a Canonical. É mais uma conquista da Boxware para as empresas, instituições e indústrias brasileiras que buscam inovação, automação, escalabilidade e redução de custos de infraestrutura”, conclui o executivo.

A Canonical também comemora a parceria. “A incorporação da Boxware como parceira de distribuição da Canonical no Brasil é motivo de muito orgulho para nós”, revela Rick Fredrickson, Diretor Global de Canais de Venda da Canonical. “Estamos impressionados com a capacidade da Boxware de navegar pelas complexidades do mercado brasileiro, com a amplitude de sua rede de parceiros e com sua forte reputação com os principais VARs no Brasil. A parceria com um distribuidor local forte tem sido um ingrediente importante no rápido crescimento da Canonical em novos mercados nos últimos anos, e esperamos ter o mesmo tipo de sucesso no Brasil com Carlos Godinho e sua equipe.”

Mais informações a respeito das soluções open source da Canonical e outros produtos integrantes do portfólio de vendas da Boxware, incluindo sobre como se tornar integrante da ampla rede de canais da empresa, estão disponíveis em www.boxware.com.br.

 

Continue Lendo

Tecnologia

Mercado de Trabalho 2025: Desafios, Oportunidades e o Papel do Brasil na Era da Inovação

Publicado

em

Mercado de Trabalho 2025: Desafios, Oportunidades e o Papel do Brasil na Era da Inovação
Divulgação

Jânyo Diniz, CEO do Grupo Ser Educacional e presidente do Sindicato das Instituições de Ensino Superior de Pernambuco e Paraíba

 O mercado de trabalho enfrenta mudanças profundas em 2025, impulsionadas por avanços tecnológicos e transformações econômicas. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a taxa global de desemprego deve permanecer em torno de 5%, um nível historicamente baixo. Contudo, isso não reflete as desigualdades estruturais, como a exclusão de jovens, mulheres e minorias, e os desafios impostos pela automação.

No Brasil, a taxa de desemprego, embora tenha mostrado sinais de recuperação nos últimos anos, ainda enfrenta o impacto de desigualdades regionais e dificuldades de inserção de jovens no mercado de trabalho. Segundo dados do IBGE, a taxa de desemprego até novembro de 2024, último mês divulgado, era de 6,1%.

Mas o cenário é heterogêneo: enquanto grandes centros urbanos registram queda nos índices, regiões mais vulneráveis, como o Norte e Nordeste, ainda enfrentam altas taxas de desocupação. Além disso, o déficit educacional e a baixa qualificação profissional dificultam a adaptação de muitos brasileiros às profissões que emergem com a economia digital e sustentável.

É este o cenário que o mundo enfrenta enquanto se vê tomado pela rápida expansão da Inteligência Artificial (IA) e da automação. Essas tecnologias já assustam o mercado de trabalho, ameaçando diversas profissões ao mesmo tempo em que abrem espaço para outras, porém, com competências específicas.

Entre as profissões em alta, destacam-se especialistas em IAs e machine learning, analistas e cientistas de dados, engenheiros de software e desenvolvedores. Essas áreas refletem a necessidade de adaptar-se a um mundo onde decisões baseadas em dados e inovação tecnológica moldam a economia. Profissionais de cibersegurança também são altamente demandados, dada a importância de proteger sistemas digitais em uma era de crescente digitalização. Além disso, com a pressão para práticas mais sustentáveis, profissionais de ESG (Ambiental, Social e Governança) ganham relevância, especialmente em setores comprometidos com a transição para uma economia verde.

Apesar das oportunidades, os desafios são significativos. No livro O Fim dos Empregos, Jeremy Rifkin argumenta que a automação não apenas desloca trabalhadores, mas também contribui para desigualdades econômicas e sociais. Rifkin sugere que, embora a tecnologia aumente a produtividade, ela concentra a riqueza nas mãos de poucos, deixando grandes parcelas da população fora do mercado de trabalho tradicional. Ele propõe alternativas, como a renda básica universal e a redução da jornada de trabalho, para mitigar os impactos do desemprego estrutural.

Paradoxalmente, a inovação também pode gerar empregos em áreas emergentes. Um exemplo é a economia verde, que, segundo o Fórum Econômico Mundial, deve criar milhões de empregos até 2030 em áreas como energia renovável, mobilidade sustentável e agricultura regenerativa. No Brasil, iniciativas como a expansão do mercado de energia solar e eólica têm potencial para gerar postos de trabalho, mas enfrentam obstáculos relacionados à burocracia e ao acesso ao crédito para projetos inovadores.

Portanto, o mercado de trabalho de 2025 apresenta um cenário de extremos. Profissões ligadas à tecnologia, sustentabilidade e análise de dados ganham força, enquanto setores dependentes de mão de obra repetitiva enfrentam declínio. No contexto brasileiro, a superação de barreiras educacionais e estruturais é essencial para garantir que a população possa se beneficiar dessas transformações.

Apenas com políticas públicas inclusivas, investimento em qualificação e incentivos à inovação será possível aproveitar plenamente as oportunidades oferecidas por um mundo em rápida transformação. Criar um ambiente favorável para o desenvolvimento profissional dos nossos jovens é de suma importância para que esta geração consiga se beneficiar das mudanças geradas pela IA e outras inovações.

No entanto, o Brasil ainda carece de uma estratégia clara e efetiva nessa direção. A falta de prioridade em educação focada nas mudanças sociais e nos avanços recentes de tecnologia como as IA’s por parte do governo, reflete diretamente no ritmo lento de progresso. Enquanto outras nações emergentes já colhem os frutos de uma visão mais ousada e proativa, o Brasil continua com os mesmos modelos acadêmicos e de formação de profissionais de décadas atrás que não refletem o momento tecnológico e social atual. O País precisa de mais do que promessas. São necessárias ações concretas para garantir que a transformação global não amplie ainda mais nossas desigualdades.

Continue Lendo