Siga-nos nas Redes Sociais

Economia

Taxa Selic continua em queda, mas ritmo não satisfaz demanda por crédito para negócios

Publicado

em

Real Moeda Dinheiro Mcajr 2904223667
© Marcello Casal JrAgência Brasil

Embora essa medida seja interpretada como um sinal positivo para a economia nacional, especialmente para os micro e pequenos negócios, a expectativa por uma recuperação mais vigorosa no acesso ao crédito ainda não foi totalmente satisfeita, conforme argumenta Luciano Bravo, CEO da Inteligência Comercial e Mentor do Crédito Internacional: “O ritmo da queda dos juros continua sendo um obstáculo para os empreendedores brasileiros”, diz.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, enfatizou a importância do acesso ao crédito para o crescimento econômico e a geração de empregos no país. Ele destacou que a redução da taxa Selic é uma conquista, mas ressaltou a necessidade de que o Banco Central compreenda as dificuldades enfrentadas pelas empresas, especialmente as micro e pequenas, no acesso ao crédito.

Luciano também argumenta que a taxa básica de juros, embora seja um indicador crucial, não é o único fator determinante para as condições de crédito. Ele ressalta a importância de se considerar também as políticas governamentais, a confiança dos investidores, a estabilidade econômica e uma série de outros elementos que compõem o ambiente financeiro de um país.

Crédito Internacional

“Em um mundo cada vez mais interconectado, as condições econômicas globais exercem um impacto significativo nas taxas de juros e na disponibilidade de crédito em nível nacional. Portanto, para entender plenamente o cenário do crédito no Brasil, é crucial considerar também os desenvolvimentos e tendências nos mercados internacionais”, explica Luciano.

O acesso ao crédito no Brasil não se limitaria apenas a reduções na taxa Selic, conforme argumenta Luciano. O Mentor defende uma abordagem mais abrangente, que leve em conta não apenas as políticas monetárias nacionais, mas também as dinâmicas do mercado global. “Uma excelente alternativa para a obtenção de crédito é o Aporte de Capital Internacional (ACI). De forma simples, o ACI possui muito mais vantagens que o crédito como, bem como o juros mais baixo e a menor burocracia.

“Eembora a redução da taxa Selic seja um passo na direção certa, é evidente que ainda há desafios a serem superados no que diz respeito ao acesso ao crédito para os negócios no Brasil. Mas o crédito internacional pode ser um grande passo para a resolução desse problema”, enfatiza Luciano.

A ImprensaBr é um portal de notícias que fornece cobertura completa dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo.

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Setor de serviços recua 0,9% em novembro, influenciado por transporte

Publicado

em

Setor de serviços recua 0,9% em novembro, influenciado por transporte
© Rovena Rosa/Agência Brasil

O setor de serviços, o que mais emprega na economia e reúne atividades como transporte, alimentação, imobiliárias e turismo, caiu 0,9% na passagem de outubro para novembro. Em outubro, o setor tinha atingido o ponto mais alto da série histórica, iniciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em janeiro de 2011.

Nos 11 primeiros meses de 2024, o volume de serviços soma alta de 3,2%. Em 12 meses, o acumulado positivo chega a 2,9%. Na comparação com novembro de 2023 houve expansão de 2,9%.

Com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados nesta quarta-feira (15), o IBGE aponta que o setor se encontra 16,9% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020).

O recuo de 0,9% é o mais intenso na comparação entre meses imediatamente seguidos desde abril de 2023 (-1,8%). O IBGE faz ajustes de sazonalidade das informações, de forma que seja adequado comparar os resultados entre meses diferentes, mesmo que não sejam seguidos.

O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, avalia que o dado negativo de novembro não significa mudança de trajetória de crescimento para queda. Lobo estima ainda que, mesmo que não haja crescimento do setor de serviços em dezembro de 2024 ante dezembro de 2023, o que ele considera ser improvável, o setor fechará o ano com alta de 2,9%, repetindo o resultado final de 2023. “Provavelmente vai ser o quarto ano consecutivo de crescimento”, aponta.

Lobo explica que o resultado negativo de novembro foi concentrado em duas das cinco atividades pesquisadas: transportes (-2,7%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%).

O analista lembra que as quedas dessas duas atividades se seguem a dois meses seguidos de alta, ou seja, novembro foi apenas uma devolução de ganhos. “O saldo dessas atividades nos últimos três meses ainda é positivo”.

O setor de transportes funciona como uma âncora do resultado mensal da pesquisa, pois tem peso de 36,4% na PMS.

Uma das explicações para o recuo nos transportes como um todo é a queda do transporte rodoviário de cargas – impactado por uma menor produção agrícola.

“Esse modal está muito atrelado à produção agrícola, de insumos e fertilizantes”, detalha Lobo.

Outras influências negativas foram o transporte aéreo de passageiros – impactado pela alta no preço das passagens aéreas; e o transporte rodoviário coletivo de passageiros.

Os grupos com alta foram informação e comunicação (1%), outros serviços (1,8%) e serviços prestados às famílias (1,7%).

Acumulado do ano

No acumulado dos 11 meses de 2024 ante o mesmo período de 2023, houve expansão de 3,2%, com taxas positivas em quatro das cinco atividades. O índice de difusão, que mostra o percentual de tipos de serviço com crescimento, atingiu 61,4% dos 166 itens abrangidos pelo levantamento.

Turismo

A pesquisa do IBGE traz ainda o índice de atividades turísticas, que recuou 1,8% na passagem de outubro para novembro. Esse dado coloca a atividade 11,1% acima do patamar pré-pandemia.

“A alta dos preços das passagens aéreas em novembro exerceu uma pressão negativa importante sobre a receita real das companhias aéreas, o que acabou trazendo um reflexo negativo relevante sobre o indicador especial de turismo neste mês”, explicou Rodrigo Lobo.

Na comparação com novembro de 2023, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 9,2%, a sexta alta seguida.

Segundo o site Agenciabrasil.ebc,

Com informações: Agenciabrasil.ebc

Continue Lendo

Economia

Prefeitura de SP não autoriza 99 a transportar passageiros em motos

Publicado

em

Prefeitura de SP não autoriza 99 a transportar passageiros em motos
©

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse nesta terça-feira (14) que a empresa 99 não tem autorização para fazer o serviço de transporte de passageiros em motocicletas na capital paulista. A 99 informou na manhã de hoje que começou a oferecer o serviço, inicialmente fora do centro expandido de São Paulo. Segundo a empresa, a primeira viagem ocorreu por volta das 9h.

“Nós temos 1 milhão e 300 mil motos na cidade. Nós tivemos um aumento do número de óbitos no trânsito, puxado por acidentes com moto. Então, não é possível que uma empresa venha para a cidade de São Paulo e queira, sem nenhuma autorização, achar que aqui ela vai fazer o que deseja. Ela não vai fazer”, afirmou o prefeito.

Ele informou que vai entrar na Justiça contra a empresa e determinou a fiscalização em todas as motos que estiverem prestando o serviço. “Todas as motos que estiverem cadastradas para fazer esse tipo de serviço na cidade serão paradas e vistoriadas”, disse Ricardo Nunes.

Carnificina

O prefeito afirmou que o serviço de transporte de passageiros em motocicletas na capital paulista poderá causar uma “carnificina” e criticou a 99, dizendo que a empresa é irresponsável e busca apenas o lucro.

“Nós não vamos permitir que essa empresa venha para cá e faça uma carnificina. São assassinos. Essas empresas são empresas assassinas e irresponsáveis. Elas não vão fazer na cidade de São Paulo aquilo que elas pretendem, só buscando lucro”, enfatizou. “Elas já ganham tanto dinheiro, não chega? Querem levar a vida das pessoas? Elas já levam muito dinheiro para fora da cidade. As vidas, não”, acrescentou Nunes.

De acordo com a prefeitura, o funcionamento do serviço descumpre decreto assinado por Nunes em janeiro de 2023, que suspende essa modalidade de transporte. Segundo a administração municipal, em 2023, de janeiro a julho, foram registrados 240 óbitos de motociclistas na capital paulista. Em 2024, no mesmo período, foram 329 mortes, um aumento de 37%.

Serviço clandestino

O Comitê Municipal de Uso do Viário de São Paulo já notificou, nesta terça-feira, a 99. No documento, “determina-se a imediata suspensão/interrupção de qualquer atividade relativa ao clandestino serviço de utilização de motociclistas para o transporte individual remunerado de passageiros por meio de aplicativos nesta cidade”.  

Decreto inconstitucional

Em nota, a 99 diz que o decreto citado pelo prefeito é inconstitucional e que o serviço de transporte individual privado de passageiros mediado por aplicativos é permitido em todo o Brasil, tanto para carros quanto para motocicletas, de acordo com a Política Nacional de Mobilidade Urbana.

“A legislação federal estabelece que as prefeituras podem regulamentar e fiscalizar a atividade com exigências específicas, mas não têm o poder de proibi-la. Já existem 20 decisões judiciais confirmando esse entendimento sobre a legalidade da categoria. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em 2019 pela impossibilidade de proibição, por se tratar de atividade legítima, exercida de livre iniciativa e autorizada pela Constituição.”

A 99 destacou ainda que seu modelo de transporte de passageiros em motos é seguro. “Em 2024, apenas 0,0003% das corridas tiveram algum acidente de trânsito. Isso foi possível graças às 50 funcionalidades de segurança, incluindo: alerta de velocidade, que emite avisos em casos de excesso; governança contra direção perigosa no trânsito, que promove a conscientização e, se necessário, também bloqueios a motociclistas imprudentes; cursos e orientações preventivas sobre direção; além de checagem de dados, monitoramento das corridas; entre outros”.

A empresa destaca ainda o compromisso de aprimorar suas ferramentas e promover viagens seguras. “Todas as corridas realizadas pelo App estão protegidas por seguro e, em caso de acidentes, a 99 segue um protocolo rígido de atendimento, que inclui suporte financeiro”, diz o texto.

Segundo o site Agenciabrasil.ebc,

Com informações: Agenciabrasil.ebc

Continue Lendo

Economia

Vendas de cimento crescem em 2024 e recuperam perdas de dois anos

Publicado

em

Vendas de cimento crescem em 2024 e recuperam perdas de dois anos
© Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo

Balanço do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC) sobre a produção em 2024 revelou crescimento na produção anual do insumo, base da construção civil e uma das matérias-primas que mais influenciam os preços do setor. Segundo o SNIC, no ano passado, foram vendidas 64,7 milhões de toneladas, com aumento de 3,9% em relação a 2023 e saldo de 2 milhões de toneladas.

A região com maior aumento foi a Norte, menor mercado do país, com percentual de 10%, o que representa pouco mais de 10% do que consumiu o Sudeste, onde o crescimento foi de 2,8%. O resultado poderia ter sido melhor, mas os efeitos do clima extremo, com inundações no Rio Grande do Sul e secas generalizadas no centro do país, frearam parte das vendas.

O setor vinha de duas quedas consecutivas, de 2,8% em 2022 e de 0,89% em 2023. O patamar atual ainda está quase 10 milhões de toneladas abaixo do comercializado em 2014, quando foram vendidas 73 milhões de toneladas de cimento no país. À época, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 havia aumentado os investimentos em infraestrutura, pouco antes da crise econômica, que durou até 2017 e impactou investimentos públicos e privados no setor.

Em nota, o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento atribuiu o desempenho positivo à melhora continua do mercado de trabalho e da renda da população, com aumento de massa salarial e aquecimento do mercado imobiliário, puxados pela retomada de obras do programa Minha Casa, Minha Vida.

O setor da construção civil, porém, teve pressão contrária aos investimentos com o aumento das taxas de juros, do custo da mão de obra e com a manutenção de patamares elevados de endividamento e inadimplência. A entidade patronal demonstrou preocupação com a diminuição dos recursos para financiamento habitacional e o aumento do comprometimento da renda das famílias, com impacto inclusive do aumento das apostas esportivas no orçamento das famílias. Para o setor, em um raciocínio direto, menos dinheiro circulando significa menos investimento em novos imóveis e também em pequenas reformas, pois as vendas de varejo ainda têm peso considerável no setor, estimado em mais de 50% das vendas totais.

Representantes da construção civil criticaram a demora na liberação de recursos do módulo atual do  PAC, que sofreu cortes. Para a indústria, há dúvidas também com o comportamento do mercado externo, pois o preço do dólar afeta a construção civil e os investimentos em infraestrutura. Tal impacto pode ser diminuído com a regulação do mercado de carbono no país, pois o setor tem aumentado o volume de resíduos industriais usados como matéria-prima para o cimento, diminuindo o consumo de combustíveis fósseis, principalmente na alimentação de fornos industriais.

A nota técnica do sindicato prevê ainda crescimento na casa de 1% este ano, atrelado à concretização de investimentos previstos em projetos de habitação, saneamento e logística, que tem previsão de rodadas de concessão ainda no primeiro semestre de 2025.

Segundo o site Agenciabrasil.ebc,

Com informações: Agenciabrasil.ebc

Continue Lendo