Saúde
TDAH em adultos: entenda como a condição se manifesta; explica psicóloga Katia Vega

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico que se caracteriza por dificuldades persistentes de atenção, impulsividade e/ou hiperatividade. A condição geralmente aparece na infância. No entanto, está cada vez mais comum pessoas adultas receberem o diagnóstico para o quadro.
Nesta série de entrevistas que homenageia as mulheres do nosso país, entrevistamos Katia Vega, uma psicóloga de 32 anos de formada e 18 anos em área clínica, sendo uma profissional com um currículo impressionante e uma trajetória marcante na área da psicologia. Atualmente, ela está cursando a Pós-graduação em Neurociência e Comportamento pela PUC-RS, o que demonstra seu compromisso contínuo com a atualização e aprofundamento de seus conhecimentos. Com especializações em Terapia Cognitivo-Comportamental e Psicoterapia Breve Integrada pela Santa Casa de Saúde de Misericórdia do Rio de Janeiro, Katia traz uma vasta experiência e diversas abordagens terapêuticas para seu trabalho clínico.
De acordo com a especialista Katia Vega, embora frequentemente associado à infância, o TDAH pode persistir na vida adulta, na maioria dos casos, afetando cerca de 60 a 70% dos casos, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Conforme a psicóloga, os sintomas de TDAH em adultos são principalmente falta de foco e atenção; Dificuldade para seguir rotinas, tédio, dificuldade de planejamento e execução de tarefas, procrastinação, Instabilidade profissional, ansiedade e desregulação emocional.
“São pessoas que se distraem facilmente com estímulos internos e externos, como os próprios pensamentos, apresentam muitas dificuldades de planejar, executar e concluir tarefas prolongadas, adiando e interrompendo projetos pela metade com frequência”, explica a especialista.
Além disso, esses indivíduos comumente se sentem inquietos e entediados, mesmo quando tem tempo livre para relaxar. Também são pessoas com dificuldades de esperar a sua vez, e que interrompem a fala dos outros frequentemente, aponta Katia.
“A desregulação emocional é uma face do TDAH que vem sendo mais estudada, porém ainda é pouco reconhecida. Adultos com TDAH podem ter dificuldades significativas em controlar suas emoções, resultando em reações intensas e repentinas, como explosões de raiva”, complementa Katia.
Além de suas formações acadêmicas, Katia também possui qualificações em Coaching de Carreira, Negócios e Executivos, o que a torna uma profissional versátil e capaz de oferecer suporte integral a seus clientes. Sua experiência de 22 anos trabalhando em empresas com Recrutamento e Seleção, Avaliação de Potencial, Recolocação Profissional e Gestão de RH em Consultorias lhe conferiu uma compreensão profunda das dinâmicas do mercado de trabalho e das necessidades de profissionais em diferentes níveis hierárquicos.
Katia Vega também é uma autora prolífica, tendo coordenado, escrito e co-escrito três livros desde 2015. Seu primeiro livro, “O Poder do Coaching – Sua Vida em Suas Mãos”, lançou as bases de sua abordagem integrada de desenvolvimento pessoal e profissional. Em 2020, ela publicou “Psicoterapia Online – A Janela Virtual do Desenvolvimento Pessoal”, um livro que ganhou ainda mais relevância no contexto da pandemia de COVID-19, quando a terapia online se tornou uma ferramenta essencial para muitos. Mais recentemente, Katia lançou pela Amazon o e-book best-seller “TDAH Adulto – Estratégias Simples para Lidar com uma Mente Desatenta”, que aborda de maneira prática e acessível as dificuldades enfrentadas por adultos com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
A especialização de Katia em TDAH adulto é uma das áreas em que ela mais se destaca. Ao longo de sua carreira, ela tem se dedicado a atender adultos diagnosticados com TDAH, ajudando-os a entender e gerenciar os desafios associados ao transtorno. O interesse se aprofundou quando fez cursos e teve oportunidade de trabalhar junto com a Dra. Ana Beatriz Barbosa e Silva, autora do livro “Mentes Inquietas”, que aborda o diagnóstico tardio de TDAH, foi um marco significativo em sua carreira, permitindo-lhe aprofundar seu conhecimento e experiência no campo.
Conheça também a suas redes sociais Instagram@katiavegapsi aonde ela estar desenvolvendo live e workshop que vai ser lançada nesse mês de julho?
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Saúde
Anvisa suspende vendas de azeite, molho e polpa de fruta

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de lotes de polpa de frutas, champignon em conserva e molho de alho de três marcas diferentes, por apresentarem resultados insatisfatórios em laudos emitidos por laboratórios públicos.
Além disso, foi identificada a comercialização de um azeite de origem desconhecida e fora dos padrões estabelecidos, com ordem pela apreensão e suspensão total da vendas.
As medidas sanitárias constam em uma resolução publicada nesta segunda-feira (7), no Diário Oficial da União (DOU).
A polpa de fruta de morango da marca De Marchi teve o lote 09437-181 (com validade até 01/11/2026) recolhido, após o resultado inconsistente no ensaio pesquisa de matérias estranhas, conforme laudo de análise emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC).
Também por resultado insatisfatório sobre quantidade de dióxido de enxofre acima do limite permitido, a Anvisa pediu o recolhimento de um lote do Champignon inteiro em conserva, da marca Imperador, fabricado pela Indústria e Comércio Nobre. O lote em questão é o 241023CHI, com data de validade de 10/2026. O laudo foi emitido pelo Lacen-DF.
O molho de alho da marca Qualitá, fabricado pela Sakura Nakaya Alimentos, também teve um lote recolhido, por resultado insatisfatório no ensaio de pesquisa quantitativa de dióxido de enxofre, que se encontra acima do limite permitido, conforme laudo também emitido pelo Lacen-DF. A medida abrange o lote 29, com data de validade de 01/2026.
No caso do azeite extravirgem da marca Vale dos Vinhedos, a determinação da Anvisa é pela apreensão total e proibição da comercialização, distribuição, fabricação, importação, propaganda e uso.
Além do produto ter origem desconhecida, segundo a agência, o laudo de análise apresentou resultado insatisfatório, estando em desacordo com os padrões estabelecidos pela legislação vigente nos ensaios de rotulagem e físico-químico.
A Intralogística Distribuidora Concept, responsável pelo produto, consta com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) suspenso por inconsistência nos registros da Receita Federal.
A reportagem busca contato com as marcas citadas para obter um posicionamento e incluir na matéria.
Saúde
Anvisa alerta sobre uso do formol como alisante de cabelos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (7), um informe de segurança alertando sobre os riscos à saúde e aos cabelos relacionados ao uso de alisantes capilares, especialmente os que contêm substâncias proibidas, como o formol, ou formaldeído, e o ácido glioxílico. Os produtos irregulares podem causar desde irritações na pele até problemas respiratórios e danos irreversíveis à estrutura capilar.
O documento destaca que, atualmente, o formol é permitido em produtos cosméticos no Brasil apenas como conservante, em concentrações de até 0,2%, e como endurecedor de unhas, até 5%. Seu uso como agente alisante é proibido e representa sérios riscos à saúde.
A Anvisa chama a atenção que “o ácido glioxílico, também proibido para essa finalidade, pode causar severos danos quando aquecido, sendo especialmente perigoso quando combinado com outros procedimentos, como a descoloração dos fios capilares”.
O informe traz orientações detalhadas para consumidores e profissionais de salões de beleza:
- consumidores devem verificar se o produto é regularizado junto à Anvisa;
- evitar produtos sem rótulo ou com promessas enganosas;
- seguir corretamente as instruções de uso;
- ficar atento a sinais como coceira, ardência ou dificuldades respiratórias.
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Os profissionais devem utilizar apenas produtos regularizados e devem recusar o uso de substâncias proibidas, mesmo que a pedido do cliente. A Anvisa alerta ainda que os profissionais adotem medidas de proteção individual e mantenham os ambientes ventilados.
A Anvisa esclarece também que “a adição de formol a cosméticos é considerada infração sanitária grave e pode configurar crime hediondo, conforme o artigo 273 do Código Penal”.
A agência reforça a importância do monitoramento e da avaliação de produtos cosméticos após a sua comercialização para prevenir riscos e proteger a saúde pública.
Saúde
O bem e o mal de estalar a coluna: você costuma fazer isso? – Por Dra. Dejayne Avelino

Para alguns, estalar a coluna é sinônimo de alívio e relaxamento; para outros, gera sensação de medo e agonia. O que vemos é o quanto essa prática pode ser comum, realizada sozinho, por um profissional da saúde ou mesmo por aquele colega que acha bacana gerar o barulho do estalo no outro.
Você já passou por essa experiência? Se a resposta foi sim, fica o questionamento: houve uma avaliação do seu caso antes?
Essa é a pergunta-chave para entender o bem e o mal de estalar a coluna — prática que pode ser extremamente benéfica no alívio das tensões na região, mas que também pode causar danos, por vezes, irreversíveis.
A coluna é uma região forte, com muitas estruturas musculares, articulações móveis e grande área de inervação, que sai da coluna e é distribuída para as demais áreas do corpo, como pernas e braços. Ela é a grande responsável pela sustentação do corpo, assim como atua diretamente nos movimentos de flexão, extensão, inclinação e rotação do tronco. Entre as articulações da coluna, também encontramos importantes vasos sanguíneos ligados ao cérebro.
Antes de realizar a manobra de estalar a coluna — que se chama manipulação vertebral e, inclusive, nem sempre gera o famoso barulho —, é de suma relevância entender a técnica correta a ser utilizada, a área a ser manipulada e, principalmente, se há indicação ou contraindicação para que a pessoa se submeta à técnica. É aqui que mora o perigo!
A técnica mal executada ou aplicada em uma pessoa com situação de saúde incompatível com sua realização pode acarretar lesões graves, como o rompimento da artéria vertebral, piora do quadro de dor prévio e fraturas.
Evidências científicas apontam que, quando aplicada corretamente, com indicação plausível e por profissionais capacitados, a manipulação vertebral pode, sim, ter efeito positivo para a coluna. Sendo assim, se você está sentindo dores e incômodos nas costas, busque por ajuda especializada para que passe por uma avaliação detalhada e possa receber o melhor tratamento para o seu caso. Afinal, com saúde não se brinca.
Dra. Dejayne Avelino