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Educação

Saiba quem tem direito ao Pé-de-Meia

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© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os estudantes participantes do programa Pé-de-Meia que concluíram um dos três anos do ensino médio em 2024 receberão a parcela do incentivo-conclusão no valor de R$ 1 mil, a partir desta terça-feira (25).

Aqueles que concluíram o terceiro ano do ensino médio regular com aprovação no ano passado e ainda participaram dos dois dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 também receberão mais R$ 200. Os depósitos seguem até quinta-feira (27), de acordo com a série dos estudantes.

Os novos estudantes do primeiro ano em 2025, ou seja, que entraram no ensino médio neste ano, não estão inclusos no pagamento de fevereiro.

O programa foi criado pelo Ministério da Educação (MEC) há um ano para incentivar a permanência na escola, a conclusão escolar desta etapa de ensino, além da participação no Enem. 

O estudante pode consultar o aplicativo Jornada do Estudante para saber se está entre os que terão o dinheiro depositado na conta bancária nos dias 25, 26 ou 27 deste mês. O aplicativo pode ser baixado em smartphones e tablets e o login é feito com o próprio Cadastro de Pessoa Física (CPF) do estudante na conta no portal único de serviços digitais do governo federal, o Gov.br. A conta pode ser de nível de segurança bronze.

Quem tem direito

O Pé-de-Meia é voltado a estudantes do ensino médio da rede pública de baixa renda. O MEC esclarece que não há necessidade de inscrição dos estudantes no programa de incentivo educacional. Todo estudante que se encaixa nos critérios do programa é incluído automaticamente.

Os requisitos do programa são:

·        – ser estudante matriculado no ensino médio regular das redes públicas e ter entre 14 a 24 anos; 

·         ser estudante da Educação de Jovens e Adultos (EJA) das redes públicas e ter entre 19 e 24 anos;

·         ser parte de família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) desde janeiro de 2024 e que tenha renda, por pessoa, de até meio salário mínimo;

·         ter inscrição regular no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) para entrar na conta Gov.br;

·         ter o mínimo de 80% de frequência escolar no mês.

Os sistemas de ensino estaduais, distrital e municipais e as instituições federais que ofertam o ensino médio transmitem ao governo federal as informações de matrícula escolar. O governo federal confere se o estudante pode ou não receber o incentivo, ao cruzar os dados com o CadÚnico.

Conta de depósito

Caso o estudante seja parte do público do programa, a Caixa Econômica Federal abre automaticamente uma conta digital em seu nome, que pode ser acessada pelo aplicativo Caixa Tem.

O estudante beneficiário do Pé-de-Meia menor de 18 anos precisa que o responsável legal desbloqueie a conta para que possa ser movimentada. O consentimento deve ser feito no aplicativo Caixa Tem, com o preenchimento do item “Jornada do consentimento”. 

Estudantes beneficiários

O estudante do segundo ano do ensino médio, Danilo Belchior de Castro, de 17 anos, de Brasília, disse à Agência Brasil que não sabia que tinha direito à bolsa do Pé-de-Meia, mesmo cumprindo, desde 2024, todas as condições que o programa federal exige. A escola onde ele está matriculado, o Centro de Ensino Médio Setor Oeste, envia online mensalmente a frequência escolar do estudante à Secretaria de Educação do Distrito Federal. A diretoria da escola o comunicou sobre o recebimento do benefício em fevereiro deste ano.

O aluno da escola Setor Oeste, Danilo Belchior, fala sobre o Programa Pé de Meia. Foto Antônio Cruz/Agência Brasil

O jovem – que já tinha trabalhado aos 14 anos em um bar no período noturno, e estava em busca de um novo serviço, acredita que o Pé-de-Meia poderá ajudar na vida estudantil. “Meu objetivo principal era arrumar um emprego para ajudar minha família. Então, minha preocupação passa a ser de me concentrar totalmente nos estudos, porque não tenho mais que ficar procurando um emprego. Isso vai me ajudar muito a fazer o PAS [Programa de Avaliação Seriada] e o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]. Fico feliz.”

Outra aluna da mesma unidade que não sabia que estava contemplada pela chamada poupança do ensino médio é Hosana de Paula, de 17 anos, matriculada no terceiro ano dessa etapa de ensino. A frequência escolar dela em 2024 comprovou o direito de receber o Pé-de-Meia. A jovem vai procurar no aplicativo Jornada do Estudante a quantia que já tem disponível em seu nome. No entanto, ela não planeja o saque imediato. “Vou juntar esse dinheiro para um cursinho para o PAS 3, que no terceiro ano tem peso maior na nota para entrar na universidade.”

A aluna da escola Setor Oeste, Hosana D´Paula, fala sobre o Programa Pé de Meia. Foto Antônio Cruz/Agência Brasil

O presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Hugo Silva, disse à Agência Brasil que é essencial, neste momento, investir e ampliar a comunicação entre os estudantes, suas famílias e responsáveis para que o direito seja acessado o quanto antes. “Nesse processo, os grêmios estudantis também atuam contra a desinformação e fomentam a divulgação dos canais e meios necessários para conferir a elegibilidade aos recursos do programa”, acrescentou.

Agência Brasil procurou a Caixa Econômica Federal para saber quantas das contas abertas automaticamente em nome dos estudantes do Pé-de-Meia estão sem movimentação. A Caixa informou que não dispõe do número. O Ministério da Educação tem no seu site respostas para as dúvidas mais frequentes dos estudantes sobre as regras do Pé-de-Meia.

Saiba mais

Para consultar o calendário de pagamentos de 2024, informações sobre conta e valores recebidos, o estudante pode usar os seguintes canais: o app Jornada do Estudante; e o Fale Conosco do MEC, telefone 0800-616161. Pela Caixa Econômica Federal, há o app Caixa Tem; o app Benefícios Sociais Caixa; e o portal Cidadão da Caixa.

O calendário do Pé-de-Meia para o ano de 2025 será divulgado a partir de março, informa o MEC. 

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Educação

Torneio de robótica classifica estudantes para competição mundial

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© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O jovem Pedro Dutra é morador do Complexo do Alemão, na zona Norte do Rio de Janeiro. A cerca de 8 quilômetros dali, em Cordovil, Complexo de Israel, reside o estudante Breno Alencar, de 15 anos.

Em comum, os dois são estudantes de escolas públicas e cursam robótica na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) do Maracanã. O aprendizado prático e teórico levou ambos a Brasília para disputar uma vaga em equipe na final do 7º Festival SESI de Educação, a maior competição de robótica do Brasil, que neste ano tem como tema os oceanos. 

O torneio de robótica é o passaporte para o mundial em Houston, nos Estados Unidos, que reúne, anualmente, cerca de 15 mil estudantes de todo o planeta.

Pedro sonha em conquistar uma das vagas na etapa classificatória para o mundial de robótica, após ter vencido as fases regionais no estado. O estudante diz que a tecnologia tem transformado a vida. 

“A robótica tem facilitado os estudos, porque a programação envolve muita matemática e nosso raciocínio lógico para pensar mais rápido. Além de muita física para o desenvolvimento de robôs”, conta o estudante. 

O colega de equipe, Breno, viajou pela primeira vez de avião para a seletiva da capital federal e já sonha em se tornar um profissional de Tecnologia da Informação (TI), voltado para desenvolvimento de softwares. 

“Nunca tive contato com a robótica, nem programação, nada. Entrei firme no curso e a gente foi montando robôs. Passamos. Estou realizado. Só de eu estar aqui, já é um sonho”.

Competição nacional

O festival de robótica reúne até este sábado (15), 2,5 mil estudantes divididos entre 270 equipes das cinco regiões do país. Além das escolas do Sesi, 23 escolas públicas competem nesta sétima edição.

A disputa em Brasília marca o encerramento da temporada nacional e classifica dez equipes para a competição internacional, em abril, em três categorias da FIRST [sigla em inglês para For Inspiration and Recognition of Science and Technology] de diferentes faixas etárias: 

  • 3 equipes da First Lego League Challenge (FLLC);
  • 3 da First Tech Challenge (FTC); e
  • 4 da First Robotics Competition (FRC).

As três modalidades de robótica envolvem robôs de diversos portes, desde as pequenas máquinas feitas de blocos plásticos de montar até robôs de 1,2 metro de altura, que pesam 56 kg, programados para cumprir desafios com grandes bolas.

Legado

Desde 2012, mais de 45 mil estudantes participaram dos torneios FIRST no Brasil. O país acumula mais de 110 prêmios internacionais apenas na modalidade iniciante (FLLC). 

A gerente do Centro Serviço Social da Indústria (Sesi) de Formação e Educação, Kátia Marangon, avalia que a robótica educacional extrapola as arenas do evento, porque os estudantes têm a iniciação científica, contato com a inteligência artificial (I.A.) e também trabalham em equipe. 

“Um estudante que passou pela robótica tem um diferencial quando chega ao mundo do trabalho. A gente fala muito dessa educação para o século XXI, com as muitas habilidades que esses jovens estão desenvolvendo aqui: muita tecnologia, pensamento computacional e de inteligência artificial, além de próprias competências sócio-emocionais. Isso tudo são as habilidades requeridas pelo mundo do trabalho agora”. 

“O maior legado da robótica é a gente poder mostrar que é possível aprender de uma forma mais prazerosa, de uma forma real, resolvendo na prática problemas ali de uma comunidade”, disse a gerente do Sesi, Katia Marangon.

João Silva é árbitro do torneio de robótica. Ele já esteve do outro lado, entre os competidores, quando ainda era criança no Guarujá (SP). Para ele, trabalhar como voluntário é uma forma de retribuir os ensinamentos levando ciência e tecnologia para essa criançada.

  “O profissional que eu sou na empresa onde trabalho é graças à robótica e ao poder transformador dele e destes torneios, que impactam mais e mais jovens e adolescentes para se tornarem adultos bons em matemática, ciência, tecnologia e I.A.”

Competidores

Os competidores do festival nacional têm entre 9 a 19 anos e são estudantes dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e privadas.

Brasília (DF) 14/03/2025 O estudante Flávio Expedito Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Um deles é Flávio Expedito Medeiros, de 13 anos, membro da equipe Cyber Hacks. Mesmo com a pouca idade, esta é a segunda participação do morador de Curitiba no torneio nacional na categoria First Lego League Challenge (FLLC). O menino classifica as provas como bem desafiadoras porque é preciso percorrer um trajeto com robôs feitos de Lego. 

“É inspirador para mim. Nunca pensei na minha vida inteira que eu iria fazer algo tão desafiante assim. Aqui, trabalho muito a minha criatividade”.

Paralelo às três categorias, ocorre o torneio Sesi F1 in Schools, que desafia estudantes a desenvolverem escuderias de Fórmula 1. A estudante Manoela Luzini Gonçalves, de 16 anos, está entre os seis pilotos da equipe de Goiânia e precisa aliar reflexos rápidos e concentração, na maior velocidade possível das miniaturas de carrinhos de corrida. 

“Estou feliz só de estar aqui. Já sou uma vencedora mesmo que a gente não ganhe nenhuma competição.” 

Manoela explicou que quatro pilares são desenvolvidos durante o projeto: engenharia, para a construção e montagem do veículo; gestão de projetos, para organização da equipe; comunicação entre as áreas; e promoção da marca e dos patrocinadores. 

“É um grande desafio, porque são muitas áreas que a gente tem que interconectar.”

Projetos

Além das competições, divididas em dois andares dos locais, o público pode conferir os experimentos campeões com robôs das etapas estaduais que classificaram as equipes para competir em Brasília.

Um destas invenções é a prancha guiada por um controle remoto, criada pela equipe de Araguaína (TO), para resgatar pessoas em situação de afogamento até que o salva-vidas as alcance. Os integrantes do grupo chamam a atenção dos visitantes por estarem fantasiados de personagens da turma do mexicano Chaves. Sem acanhamento, ele apresentam o protótipo de baixo custo, mais acessível, sobretudo, para comunidades do interior do país.

“Nosso objetivo é levar essa solução a todos er espalhar ainda mais o nosso projeto, para mostrarmos que a robótica não é feita por máquinas gigantes e projetos extravagantes, mas também está nos pequenos projetos”, explicou  líder da equipe tocantinense, Liz Ester Rodrigues, de 15 anos.

Brasília (DF) 14/03/2025 Estudantes de Araguaína, no Tocantins, falam com a Agência Brasil Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Público

Além dos participantes, o também pode visitar de graça as arenas de competições da robótica. A organização do evento estima que cerca de 15 mil pessoas devem passar pelo local.  

Os visitantes ainda podem participar de oficinas educativas: de insetos elétricos e broche de luz, que ajudam a entender o funcionamento e a criação de circuitos elétricos; carrinho a motor, que convida o público a montar um carrinho com palitos de sorvete; um motor e rodinhas de papelão. São 40 vagas por oficina e a inscrição pode ser feita na hora.

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Educação

Prêmio Educador Nota 10 recebe inscrições de todo o país

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© Arquivo/ Agência Brasil

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Educador Nota 10, voltado a professores, orientadores, coordenadores e diretores de escolas públicas e privadas. Podem participar profissionais de todas as etapas de ensino e de todo o país que contribuem para a transformação social. Os premiados receberão de R$ 15 mil a R$ 25 mil.  

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site da premiação até o dia 30 de maio. 

Ao todo, serão premiadas nove iniciativas desenvolvidos ao longo de 2024, divididas em três eixos temáticos:

  • Direitos Humanos; 
  • Inovação;
  • Tecnologia e Sustentabilidade.

Os primeiros, segundos e terceiros colocados em cada eixo temático receberão, respectivamente, o prêmio em dinheiro no valor de R$ 25 mil, R$ 20 mil e R$ 15 mil. Os vencedores também serão contemplados com bolsas integrais de pós-graduação e acesso à PROFS, plataforma online de formação continuada para educadores, desenvolvida pela SOMOS Educação.

Os três projetos indicados ao primeiro lugar de cada eixo temático concorrerão ao prêmio Educador do Ano. O grande vencedor receberá uma doação, no valor de R$ 25 mil, que será destinada à escola em que o projeto foi realizado.

Os vencedores de cada eixo serão anunciados em outubro, durante a cerimônia de premiação realizada em São Paulo.

Realizado pelo Instituto SOMOS, o Prêmio Educador Nota 10 recebeu 86 mil projetos ao longo de sua existência e premiou 279 educadores de diversas regiões brasileiras, com cerca de R$ 3,5 milhões em prêmios.

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Educação

Espelhos das redações do Enem 2024 já estão disponíveis

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© Paulo Pinto/Agência Brasil

Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 já podem ter acesso à correção detalhada de suas redações. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou a vista individual da folha de redação na manhã desta sexta-feira (14).

Os interessados nos espelhos das redações devem consultar o material na Página do Participante, mediante inserção do número do CPF e senha registrados no portal Gov.br.

O acesso à prova de redação tem finalidade exclusivamente pedagógica e ocorre sempre após a divulgação do resultado oficial do exame, em janeiro.

A vista do espelho permite que os participantes do Enem compreendam os critérios de avaliação da redação e serve de ferramenta para identificar os pontos em que o desempenho foi satisfatório e aqueles que necessitam de aprimoramento para futuras edições do exame ou para outras produções de texto.

Em 2024, o tema da redação do Enem foi Desafios para a valorização da herança africana no Brasil.

Verificação

Com a vista do espelho da redação, o participante tem a possibilidade de verificar a pontuação alcançada em cada uma das cinco competências avaliadas. Cada uma das competências vale 200 pontos e o candidato pode atingir a pontuação máxima de 1 mil pontos.

Dois avaliadores julgaram o desempenho do participante na redação de acordo com esses critérios. A nota total de cada avaliador corresponde à soma das notas atribuídas a cada uma das competências e a soma desses pontos compõem a nota total de cada avaliador. A nota final do participante é a média aritmética das notas totais atribuídas pelos avaliadores.

Cada texto pode passar por até quatro avaliações independentes para o cálculo da nota final, se houver discrepância entre as notas dos avaliadores.

De acordo com o Inep, “o processo de avaliação das redações do Enem é supervisionado pelo Inep em todas as suas etapas e segue rigorosamente os critérios estabelecidos pelo edital do exame”.

Treineiros

Os resultados dos chamados treineiros – que fizeram os dois dias de provas somente com o objetivo de testar conhecimentos – também estão disponíveis na Página do Participante.

O Ministério da Educação contabiliza que dos 4.325.960 inscritos na edição de 2024, mais de 841,5 mil (19,4%) eram estudantes do 1º ou 2º ano do ensino médio. Já os que não cursam e nem completaram o ensino médio, mas fizeram o Enem para autoavaliação de conhecimentos, corresponderam a 24.723 (0,6%) de inscritos.

De acordo com o edital do Enem do ano passado, os candidatos que tiveram as provas anuladas não terão vista da prova de redação. São motivos de anulação da redação a escrita de impropérios, desenhos, apresentação de parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto ou qualquer forma de identificação do candidato no espaço destinado exclusivamente ao texto da redação, por meio, por exemplo, de nome, assinatura, rubrica.

Outra situação que impede a visualização da folha de redação ocorre se a banca avaliadora atribuiu nota zero à redação escrita predominante ou integralmente em língua estrangeira.

Se o candidato quiser mais detalhes sobre os critérios de correção da prova de redação de 2024, o Inep disponibilizou uma cartilha online ao participante.

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