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Qual o intuito do SAP RISE?

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Qual o intuito do SAP RISE?
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Por Fabrício Cordeiro*

A conversão do SAP ECC para o SAP S/4HANA tem repercutido no mercado de tecnologia à medida que se aproxima o prazo para a descontinuação do suporte da SAP ao ECC, marcado para dezembro de 2027. Para muitas organizações, esse prazo funciona como um sinal de alerta, forçando a reconsideração das suas estratégias de TI e impulsionando uma corrida para a atualização. A questão neste momento não é apenas sobre quando converter, mas como fazer isso de forma eficaz e colher os benefícios de um sistema mais moderno e inteligente.

Apesar do deadline, essa transição ainda vem ocorrendo a passos lentos. Dados globais divulgados pelo Gartner no segundo trimestre de 2023 apontam que apenas 33% dos clientes SAP que ainda possuem o ERP legado da companhia já adquiriram licenças para começar sua transição para o S/4HANA. Esse panorama está atrelado ao fato que a migração para o SAP S/4HANA representa uma mudança significativa, indo além de uma simples atualização de software.

O SAP S/4HANA RISE é um ERP SaaS (Software as a Service) de governança para grandes empresas, projetado para auxiliar a transferência de sistemas SAP para a nuvem de forma rápida, segura e eficiente, garantindo escalabilidade, otimização de custos e inovações contínuas. Com a migração, muda também o modelo de contratação do software. No SAP ECC, as empresas compravam licenças perpétuas e eram responsáveis pela infraestrutura. Já o modelo de contratação do SAP S/4HANA RISE, as empresas contratam a licença, infraestrutura e o gerenciamento técnico juntos, reduzindo a carga de trabalho das equipes de TI.

Nesse cenário, o conceito de “Composable Enterprise” é a principal transformação. Ao invés de um único pacote ERP, as empresas agora podem escolher componentes específicos como SuccessFactors (RH) ou Concur (despesas), por exemplo, todos integrados nativamente.

IA: da necessidade aos desafios

O SAP RISE nada mais é que uma oferta de modernização para um Cloud ERP habilitado para Inteligência Artificial (IA), que é gerenciado e otimizado pela SAP, e fornece ferramentas e serviços baseados na abordagem clean core para que as corporações possam migrar sistemas on premise, transformar processos de negócios, impulsionar a inovação contínua e contar com toda a agilidade da nuvem.

No entanto, o caminho para essa migração não é livre de desafios. Um dos principais obstáculos é o custo. Implementar o SAP S/4HANA pode exigir um investimento significativo, tanto em termos de dinheiro quanto de tempo. Assim, muitas empresas hesitam em migrar, não só pelo investimento inicial, mas também pelo medo de interrupções nas operações durante o processo. A transição exige um planejamento estratégico assertivo, no qual a personalização de sistemas, treinamento de equipes e a adaptação a novos processos precisam ser considerados.

A implementação também pode trazer desafios relacionados à infraestrutura de TI existente. Algumas empresas podem precisar modernizar suas plataformas para tirar total proveito do novo sistema, o que demanda ainda mais recursos e tempo. Nesse contexto, é fundamental a escolha de um parceiro estratégico para a realização de um assessment detalhado que avaliará todo o ambiente atual a fim de propor as melhores práticas para a migração, com foco principal em reduzir custos e otimizar recursos.

Mas afinal, o SAP RISE vale a pena?

A grande promessa da SAP com o RISE é a automatização de processos e a centralização de dados, para que as organizações melhorem a agilidade operacional, garantam maior capacidade de adaptação a mudanças e, principalmente, uma experiência de cliente mais integrada. Além disso, a integração com o ambiente cloud, seja SAP BTP ou outras nuvens, e o uso de tecnologias avançadas visa facilitar a inovação contínua, permitindo que as empresas fiquem à frente das demandas do mercado.

O fato de que 72% das empresas do mundo já adotou IA em 2024, segundo um estudo da McKinsey, aponta para o que tem se tornado indispensável para se manter competitivo no mercado: o investimento em evolução digital. Desta forma, tal passo da SAP chega como mais uma das alternativas, como forma de suprir características fundamentais buscadas pelas empresas como a capacidade de processar grandes volumes de dados em tempo real para transformar a maneira como operam, permitindo ajustes rápidos na estratégia de negócios.

Além disso, outras características apresentadas, como menor complexidade também impacta diretamente na eficiência operacional, reduzindo custos e melhorando a produtividade. Além disso, a integração nativa com outras tecnologias emergentes, como IoT (Internet of Things) e ML (Machine Learning), abrem caminho para o desenvolvimento de inovações que podem ser o diferencial para a competitividade das corporações no futuro.

Portanto, é essencial que as corporações que usam SAP comecem a planejar sua migração para o S/4HANA o quanto antes, não apenas para cumprir o prazo de 2027, mas para evitar uma transição apressada, mal executada, e uma operação defasada.

Desta forma, a estratégia deve incluir uma avaliação detalhada das necessidades de negócios, um estudo cuidadoso do impacto sobre a infraestrutura existente e uma escolha bem informada sobre o modelo de implementação. A migração é mais do que um passo técnico; é uma oportunidade para as empresas evoluírem digitalmente e se posicionarem de maneira mais competitiva em um mercado cada vez mais dinâmico.

Fabrício Cordeiro é Diretor Latam de Tecnologia e Negócios SAP da SoftwareOne, provedora global e líder em soluções de ponta-a-ponta para softwares e tecnologia de nuvem.

Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Atuo no mercado de comunicação desde 2018, com passagens no setor público e privado, nas áreas de social media, jornalismo esportivo e assessoria de imprensa de Marcas e Pessoas (atletas e artistas).

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TeamViewer anuncia integração direta ao Google Meet

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TeamViewer anuncia integração direta ao Google Meet
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A TeamViewer, fornecedora líder global de soluções de conectividade remota e digitalização de ambientes de trabalho, anuncia integração direta ao Google Meet, possibilitando suporte remoto contínuo para aprimorar a colaboração entre equipes. À medida que as forças de trabalho híbridas se tornam cada vez mais prevalentes, a integração permitirá aos profissionais de TI e às empresas superar desafios técnicos sem sair de sua plataforma de videoconferência preferida, agilizando a tomada de decisão, a resolução de problemas e a produtividade. 

O Google Meet é uma das plataformas mais usadas no mundo para comunicação entre equipes alocadas em escritórios, fábricas, em campo ou em outros locais de trabalho, apoiando companhias de vários portes e segmentos em suas operações diárias. A integração adiciona ao Google Meet o acesso remoto ininterrupto e os recursos aprimorados TeamViewer para solução de problemas, garantindo às empresas que já usam o popular programa de videoconferência da Google resolução simples de problemas técnicos diretamente na plataforma, sem a necessidade de alternar entre aplicativos ou ferramentas. 

O add-on TeamViewer Remote Control possibilita sessões de suporte remoto diretamente em uma reunião do Google Meet, sem necessidade de qualquer tipo de instalação. Os profissionais de TI poderão se conectar instantaneamente por meio de seus navegadores, enquanto os usuários finais sem o TeamViewer participam da sessão em poucos cliques, com um simples download rápido e automático. Essa abordagem simplificada possibilita aos técnicos de TI observar detalhadamente o cenário de cada atendimento e resolver os problemas visualmente, com o uso conjunto dos já tradicionais recursos de chamadas de chat, VoIP e vídeo. A principal vantagem é que as sessões de suporte remoto podem ser iniciadas durante reuniões ao vivo, em tempo real, poupando tempo e assegurando uma colaboração eficiente.

“As empresas confiam no Google Meet para uma boa comunicação entre suas equipes, mas as interrupções técnicas podem facilmente prejudicar a produtividade”, afirma Stefan Prestele*, Vice-Presidente Sênior de Alianças Estratégicas da TeamViewer. “Ao integrar os poderosos recursos de acesso remoto TeamViewer ao Google Meet, nós estamos oferecendo suporte instantâneo de TI durante as reuniões, permitindo que os profissionais tenham uma experiência superior de interação e colaboração para solucionar problemas em tempo real, desde os mais simples até os mais complexos, sem alternância entre aplicativos.”

A integração prioriza a conveniência do usuário, ao mesmo tempo em que adere aos altos padrões de segurança do TeamViewer. Os profissionais de TI conseguirão fornecer suporte remoto diretamente do browser, garantindo tempos mais rápidos de resposta, e os usuários finais poderão ingressar sem esforço graças ao processo de configuração automática, eliminando a necessidade de instalações difíceis e complicadas.

O add-on TeamViewer para o Google Meet está disponível no Google Workspace Marketplace.

Na web, a TeamViewer está em www.teamviewer.com

 

*Foto Divulgação: Stefan Prestele, Vice-Presidente Sênior de Alianças Estratégicas da TeamViewer.

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Boxware fecha acordo de distribuição B2B com Canonical no Brasil

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Boxware fecha acordo de distribuição B2B com Canonical no Brasil
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A companhia paulista Boxware, referência nacional no ciclo de distribuição de tecnologias de ponta para revendas corporativas, anuncia parceria com a Canonical para comercialização no Brasil do sistema operacional open source Linux Ubuntu Pro, da plataforma de código aberto Kubernetes e do conjunto de software livre e de código aberto OpenStack.

O objetivo do acordo estratégico entre a Boxware e a Canonical, companhia líder global em tecnologias open source seguras que promovem flexibilidade e gestão de alto nível para empresas, indústrias e usuários avançados, é oferecer as melhores soluções de nuvem e de borda para servidores e Internet das Coisas (IoT) baseadas em código aberto para o mercado corporativo brasileiro.  

As soluções

O Ubuntu Pro é a versão premium do Ubuntu (o sistema operacional de código aberto Linux mais usado no mundo e o mais popular em ambientes hospedados). A versão Pro oferece os níveis mais altos de segurança, conformidade e gerenciamento de sistemas para uso corporativo e de produção em servidores, desktops e dispositivos IoT, com recursos para suporte de segurança estendida, aplicação de Kernel Livepatch, atualizações diárias de imagens e correção de vulnerabilidades, entre outros.

A plataforma de código aberto Kubernettes gerencia cargas de trabalho e serviços escalonáveis distribuídos em contêineres em ambientes de produção, facilitando tanto a configuração declarativa quanto a automação, com ferramentas como balanceamento de carga, orquestração de armazenamento, lançamentos e reversões automatizadas, empacotamento binário automático, autocorreção de contêineres e gestão de configuração e de informações confidenciais como senhas, tokens OAuth e chaves SSH.

Já o OpenStack é um software de computação open source que possibilita criação e gestão de infraestruturas de computação em nuvem, tanto para ambientes públicos, privados e híbridos. A tecnologia é flexível e escalável e possibilita adicionar servidores, armazenamento e componentes de rede à nuvem, controlar recursos de hardware, gerenciar recursos computacionais e o ciclo de vida das instâncias de máquinas virtuais. Com uma gama de serviços interconectados, o OpenStack promove ainda acesso a painéis de controle e APIs, além de provisionamento de bare-metal e a sistemas de mensagens, containers e governança.

“Além de uma história de sucesso há mais de 20 anos como desenvolvedora de arquiteturas tecnológicas que proporcionam a acessibilidade do software livre a todos, a Canonical é a número 1 do mundo em soluções e serviços com camadas extras de segurança e governança e desempenho de IA e Big Data, garantindo maior liberdade de customização, otimização e integração perfeitas para cargas de trabalho modernas e análise de dados”, afirma Carlos Godinho, CEO da Boxware. 

“As soluções Ubuntu Pro, Kubernettes e OpenStack são reconhecidas mundialmente como topo de linha em estabilidade e confiabilidade e pelo excelente custo-benefício em relação a outros players de mercado. Estamos felizes em concretizar nossa parceria a Canonical. É mais uma conquista da Boxware para as empresas, instituições e indústrias brasileiras que buscam inovação, automação, escalabilidade e redução de custos de infraestrutura”, conclui o executivo.

A Canonical também comemora a parceria. “A incorporação da Boxware como parceira de distribuição da Canonical no Brasil é motivo de muito orgulho para nós”, revela Rick Fredrickson, Diretor Global de Canais de Venda da Canonical. “Estamos impressionados com a capacidade da Boxware de navegar pelas complexidades do mercado brasileiro, com a amplitude de sua rede de parceiros e com sua forte reputação com os principais VARs no Brasil. A parceria com um distribuidor local forte tem sido um ingrediente importante no rápido crescimento da Canonical em novos mercados nos últimos anos, e esperamos ter o mesmo tipo de sucesso no Brasil com Carlos Godinho e sua equipe.”

Mais informações a respeito das soluções open source da Canonical e outros produtos integrantes do portfólio de vendas da Boxware, incluindo sobre como se tornar integrante da ampla rede de canais da empresa, estão disponíveis em www.boxware.com.br.

 

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Mercado de Trabalho 2025: Desafios, Oportunidades e o Papel do Brasil na Era da Inovação

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Mercado de Trabalho 2025: Desafios, Oportunidades e o Papel do Brasil na Era da Inovação
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Jânyo Diniz, CEO do Grupo Ser Educacional e presidente do Sindicato das Instituições de Ensino Superior de Pernambuco e Paraíba

 O mercado de trabalho enfrenta mudanças profundas em 2025, impulsionadas por avanços tecnológicos e transformações econômicas. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a taxa global de desemprego deve permanecer em torno de 5%, um nível historicamente baixo. Contudo, isso não reflete as desigualdades estruturais, como a exclusão de jovens, mulheres e minorias, e os desafios impostos pela automação.

No Brasil, a taxa de desemprego, embora tenha mostrado sinais de recuperação nos últimos anos, ainda enfrenta o impacto de desigualdades regionais e dificuldades de inserção de jovens no mercado de trabalho. Segundo dados do IBGE, a taxa de desemprego até novembro de 2024, último mês divulgado, era de 6,1%.

Mas o cenário é heterogêneo: enquanto grandes centros urbanos registram queda nos índices, regiões mais vulneráveis, como o Norte e Nordeste, ainda enfrentam altas taxas de desocupação. Além disso, o déficit educacional e a baixa qualificação profissional dificultam a adaptação de muitos brasileiros às profissões que emergem com a economia digital e sustentável.

É este o cenário que o mundo enfrenta enquanto se vê tomado pela rápida expansão da Inteligência Artificial (IA) e da automação. Essas tecnologias já assustam o mercado de trabalho, ameaçando diversas profissões ao mesmo tempo em que abrem espaço para outras, porém, com competências específicas.

Entre as profissões em alta, destacam-se especialistas em IAs e machine learning, analistas e cientistas de dados, engenheiros de software e desenvolvedores. Essas áreas refletem a necessidade de adaptar-se a um mundo onde decisões baseadas em dados e inovação tecnológica moldam a economia. Profissionais de cibersegurança também são altamente demandados, dada a importância de proteger sistemas digitais em uma era de crescente digitalização. Além disso, com a pressão para práticas mais sustentáveis, profissionais de ESG (Ambiental, Social e Governança) ganham relevância, especialmente em setores comprometidos com a transição para uma economia verde.

Apesar das oportunidades, os desafios são significativos. No livro O Fim dos Empregos, Jeremy Rifkin argumenta que a automação não apenas desloca trabalhadores, mas também contribui para desigualdades econômicas e sociais. Rifkin sugere que, embora a tecnologia aumente a produtividade, ela concentra a riqueza nas mãos de poucos, deixando grandes parcelas da população fora do mercado de trabalho tradicional. Ele propõe alternativas, como a renda básica universal e a redução da jornada de trabalho, para mitigar os impactos do desemprego estrutural.

Paradoxalmente, a inovação também pode gerar empregos em áreas emergentes. Um exemplo é a economia verde, que, segundo o Fórum Econômico Mundial, deve criar milhões de empregos até 2030 em áreas como energia renovável, mobilidade sustentável e agricultura regenerativa. No Brasil, iniciativas como a expansão do mercado de energia solar e eólica têm potencial para gerar postos de trabalho, mas enfrentam obstáculos relacionados à burocracia e ao acesso ao crédito para projetos inovadores.

Portanto, o mercado de trabalho de 2025 apresenta um cenário de extremos. Profissões ligadas à tecnologia, sustentabilidade e análise de dados ganham força, enquanto setores dependentes de mão de obra repetitiva enfrentam declínio. No contexto brasileiro, a superação de barreiras educacionais e estruturais é essencial para garantir que a população possa se beneficiar dessas transformações.

Apenas com políticas públicas inclusivas, investimento em qualificação e incentivos à inovação será possível aproveitar plenamente as oportunidades oferecidas por um mundo em rápida transformação. Criar um ambiente favorável para o desenvolvimento profissional dos nossos jovens é de suma importância para que esta geração consiga se beneficiar das mudanças geradas pela IA e outras inovações.

No entanto, o Brasil ainda carece de uma estratégia clara e efetiva nessa direção. A falta de prioridade em educação focada nas mudanças sociais e nos avanços recentes de tecnologia como as IA’s por parte do governo, reflete diretamente no ritmo lento de progresso. Enquanto outras nações emergentes já colhem os frutos de uma visão mais ousada e proativa, o Brasil continua com os mesmos modelos acadêmicos e de formação de profissionais de décadas atrás que não refletem o momento tecnológico e social atual. O País precisa de mais do que promessas. São necessárias ações concretas para garantir que a transformação global não amplie ainda mais nossas desigualdades.

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