Saúde
RS: doenças com sintomas semelhantes exigem triagem no atendimento

Os sintomas frequentes em vários tipos de doença como infecções, febre e dores no corpo exigem reforço da triagem dos pacientes, realizada pelos profissionais de saúde no Rio Grande do Sul, por causa dos efeitos das enchentes. A recomendação é do pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Icict/Fiocruz), Cristóvão Barcelos.
“Pode ser covid, gripe, leptospirose, doença respiratória, intoxicação. Nessas horas é muito importante a triagem para saber exatamente qual o tratamento e separar caso grave do mais leve para também não sobrecarregar hospitais. É um momento que exige dos profissionais de saúde muita sabedoria e do sistema de saúde uma readequação”, afirmou Barcelos em entrevista à Agência Brasil.
Ele lembrou que o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), no qual atua como representante da Fiocruz, recomendou serviços de telessaúde que podem ser usados pela população para esclarecer dúvidas e o estabelecimento de consultorias destinadas à solução de dúvidas de profissionais de saúde, como já ocorre na área de saúde mental.
Segundo o Ministério da Saúde, “o COE é o responsável pela coordenação das ações de resposta às emergências em saúde pública, incluindo a mobilização de recursos para o restabelecimento dos serviços de saúde e a articulação da informação entre as três esferas de gestão do SUS [Sistema Único de Saúde]”.
Em consequência das enchentes, muitas pessoas ficaram desabrigadas e desalojadas e acabaram perdendo receitas de medicamentos que precisam tomar regularmente. De acordo com o pesquisador, nessa situação o COE flexibilizou a obrigatoriedade de receitas para alguns casos.
“Muita gente perdeu receita, mas precisa do medicamento, às vezes para controlar hipertensão ou um medicamento psiquiátrico. O sistema de saúde precisa ter uma flexibilização para atender a essas pessoas. Também foi uma decisão do COE”, destacou, ressaltando que em muitos casos é possível também comprovar o uso frequente do medicamento por meio do histórico do paciente.
Kits
O secretário de Atenção Primária à Saúde e coordenador do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), Felipe Proenço, informou que dentro das demandas do Rio Grande do Sul para os atendimentos médicos, o Ministério da Saúde enviou ao estado 100 kits para situações de calamidade, que, segundo ele, têm quantidade significativa de medicamentos.
“Podem fazer o atendimento a cada kit de até 3 mil pessoas. Inicialmente, foram demandados 100 kits para os serviços de saúde e que prontamente foram atendidos. Já foram demandados mais 30 kits que foram providenciados. Como é bastante dinâmico o cenário aqui, a gente visitou diversas áreas de deslizamento de terra e abrigos também, então temos a noção e caso surjam novas demandas o Ministério da Saúde está presente junto com as ações dos vários ministérios para responder”, disse o secretário, que tem feito visitas frequentes ao estado
Pontos de atendimento
Conforme Proenço, onde a água já baixou as secretarias municipais de Saúde têm buscado o funcionamento, sempre entendendo também a situação dos trabalhadores de saúde que tiveram perdas e não conseguem se deslocar em consequência de vias ainda bloqueadas.
“Essa etapa, que chamamos de reconstrução, vai passar pela avaliação. Estive em uma unidade básica de Caxias do Sul em que todos os equipamentos foram danificados e há uma avaliação se a estrutura não está comprometida. Ainda depende dessa avaliação para saber se é necessário construir nova unidade ou se é possível reformar e aproveitar a estrutura já existente”.
O secretário afirmou que o processo de reconstrução ainda está em fase de avaliação e levantamento das necessidades. Proenço destacou que o Ministério da Saúde está presente também com o Invest SUS, para receber propostas de reforma ou aquisição de equipamentos.
“É por isso também que do ponto de vista da assistência estamos apoiando com a Força Nacional do SUS com hospitais de campanha e profissionais que estão vindo de todo o país. Acho que é uma situação muito importante para apoiar, já que há dificuldades com os trabalhadores [da saúde] daqui, mas temos buscado retomar o cuidado com as pessoas e os atendimentos o mais cedo possível”, afirmou.
Proenço disse ainda que a presença da pasta no estado permite diminuir dificuldades de comunicação que os gestores locais possam enfrentar diante da situação emergencial. Citou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que tem ido ao Rio Grande do Sul com frequência.
“Estamos com agenda intensa de visitas aos municípios, às unidades básicas de Saúde e hospitais, exatamente, para não só documentar, mas presenciar as necessidades. Isso tem sido fundamental no plano de ações que o ministério vem desenvolvendo dentro das etapas necessárias de reconstrução”, contou, acrescentando que vai continuar com as visitas durante todo o mês de junho.
Segundo a chefe da Seção de Imunização da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, Eliese Denardi Cesar, em alguns municípios com difícil acesso por causa de vias obstruídas, houve necessidade de usar helicópteros para o envio de vacinas, além de providenciar câmaras de conservação dos imunizantes para as cidades que perderam os equipamentos. “A gente vai organizando, essa que chamamos de rede de frio, nos locais onde as vacinas precisam ficar acondicionadas”.
AVC
Para o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, Carlos Machado, também indicado pela instituição como integrante do COE, é natural ter preocupação com as doenças relacionadas à ingestão de água contaminada como a hepatite A, a leptospirose e doenças diarreicas agudas de modo geral, mas não se pode descartar a atenção a um aumento de doenças crônicas, entre elas o AVC como ocorreu em Santa Catarina em 2008.
“As pessoas saem de casa muitas vezes em fuga rápida. Os estabelecimentos de saúde deixam de funcionar, então há uma descontinuidade de tratamentos de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e tantas outras, contribuindo para que mais pessoas se tornem suscetíveis à elevação e ao agravamento de doenças crônicas, entre elas as internações por AVC. São objeto também de preocupação porque têm uma descontinuidade”.
Outra preocupação apontada por Machado é com relação aos cuidados psicossociais e de saúde mental. Ele lembrou que há muitas pessoas em abrigos que perderam casas e tiveram sua vida desestruturada. “Isso gera grande desestabilização no quadro de saúde, de modo geral. Pode também contribuir para agravar as doenças crônicas e os quadros de saúde mental. Esse cuidado também é necessário nos abrigos, principalmente, e não somente”, observou.
“O quadro geral, do ponto de vista da saúde, é bastante preocupante porque tivemos muitos serviços de saúde e unidades básicas comprometidos. Chegou a quase dois terços das unidades de saúde, mais de 200 hospitais e unidades de Pronto-Atendimento (Upas). Os profissionais de saúde nessas regiões e áreas, em muitos locais, foram também afetados. Há redução e comprometimento da força de trabalho e também das instalações, não só de saúde pública, mas também nos serviços privados”, disse o pesquisador.
Fonte: Agência Brasil
Saúde
Mutirão Agora tem Especialistas faz mais de mil cirurgias em todo país

O mutirão Agora tem Especialistas Dia-E realizou de forma simultânea, em 24 estados brasileiros, mais de 1,1 mil cirurgias, além de 10 mil procedimentos, consultas e exames especializados, neste sábado (5), em 45 hospitais universitários federais administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), em uma parceria dos ministérios da Saúde e da Educação.
O objetivo da iniciativa é ampliar a capacidade de atendimento da rede pública a fim de reduzir o tempo de espera por serviços especializados.
“É o maior mutirão do SUS já feito no Brasil inteiro e mais diverso. Já teve situação de fazer mutirão de uma cirurgia, [um tipo] de um procedimento. Hoje nós fizemos em todo o Brasil de Norte a Sul com 45 hospitais, que envolveram mil tipos diferentes de cirurgias, 10,3 mil procedimentos de diagnóstico, de consulta e é um movimento que não para hoje”.
“Os hospitais universitários federais vão continuar fazendo mutirões, atendendo em terceiro turno os procedimentos de exames eletivos, não só urgência, para a gente reduzir o tempo de espera das cirurgias e dos exames em nosso país”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, após visitar o mutirão no Centro Cirúrgico do Hospital Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
Prioridades
Padilha orientou que a prioridade dos atendimentos fosse aos pacientes oncológicos.
“A gente tem grande prioridade no câncer, porque no câncer tempo é vida. Fazer o diagnóstico o mais rápido possível, começar a cirurgia o mais rápido possível, pode significar a vida ou a morte daquele paciente”, observou.
Ainda segundo o ministro, em todo o país existem prioridades também para demandas que têm maior tempo de espera e impactam mais na população.
“São os problemas de saúde da mulher e toda a parte de ginecologia; a oncologia que é a parte do câncer; os problemas de visão, a gente envelhece cada vez mais e cada vez mais tem cirurgias e exames para tratar da visão; os problemas de ortopedia; de otorrino na parte da audição; são as grandes prioridades, além do câncer”, explicou.
Para o ministro é necessário acelerar o atendimento de saúde pública em todo o Brasil, mesmo em capitais que dispõem de mais médicos e hospitais. Ele citou um exemplo no Rio de Janeiro, onde foi identificado um paciente que esperava há dez anos para fazer uma cirurgia.
“Enquanto não vira urgência acaba não passando na frente de outros procedimentos e acaba ficando de lado. Essa ação do Agora tem Especialistas tem esse papel de identificar pacientes que estão há muitos anos esperando”, completou.
Atendimentos
O presidente da Ebserh, Arthur Chioro, destacou que os atendimentos do programa Agora tem Especialistas podem começar com a consulta médica. “É isso que mobiliza para que a gente possa ajudar esse esforço do Brasil de garantir – da consulta à cirurgia – as necessidades da população”, comentou.
Chioro informou que em uma ação que começou em março foram feitas 89 mil cirurgias. Segundo ele, deve haver mais dois mutirões Dia-E até o fim deste ano, um em setembro e o outro em dezembro.
A orientação para os hospitais universitários federais, segundo Chioro, é para que ampliem o horário de funcionamento com um terceiro turno, incluindo atendimentos aos sábados e domingos.
“No nosso caso, na medida em que a gente aumentar a oferta de atendimento para a população, estamos envolvendo os novos alunos residentes, portanto, formando melhor os nossos futuros profissionais de saúde. É exatamente isso que diferencia o hospital universitário no compromisso com o ensino e a pesquisa, mas também com o SUS”, concluiu.
Parceria
A secretária de estado de Saúde do Rio de Janeiro, Claudia Mello, comemorou a parceria com os ministérios da Saúde e da Educação, porque também será acelerado o tratamento de pacientes do estado.
Segundo ela, quando se consegue verificar a fila interna de uma unidade é possível aumentar o acesso para novos pacientes chegarem ao sistema de saúde.
“A gente está avançando no país como um todo em 45 universidades no mutirão. É importante para nós do Rio de Janeiro e para o Brasil na diminuição de filas. Isso é o SUS avançando a cada dia”, pontuou.
Saúde da mulher
Antes da visita ao Hospital Gaffrée e Guinle, na Tijuca, zona norte do Rio, o ministro da Saúde esteve no mutirão do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão e na sequência foi à maternidade Paulino Werneck, Ilha do Governador, zona norte da cidade.
Nos dois, estava acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e do presidente da Ebserh, Arthur Chioro. Lá, anunciaram medidas de reforço à saúde da mulher.
Saúde
Pesquisa com coautoria da USP pode avançar tratamento de doença rara

Um estudo clínico internacional, publicado no The New England Journal of Medicine, testou um novo medicamento para pacientes com hipertensão arterial pulmonar (HAP), doença rara e grave que afeta os vasos sanguíneos dos pulmões. A nova droga foi desenvolvida para agir nos vasos pulmonares, reduzindo sua espessura, facilitando a circulação sanguínea e aliviando a sobrecarga cardíaca provocada pela doença. O fármaco Sotatercept foi administrado em pacientes em estágios avançados da HAP.
Segundo o professor titular de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Rogério de Souza, ao longo dos últimos 20 anos, houve o desenvolvimento de vários tratamentos para a hipertensão pulmonar, mas não como nesse estudo, em que só foram estudados pacientes com alto risco de morte. “O fármaco diminuiu em 76% a chance de o paciente ser hospitalizado, transplantado ou morrer da doença”, disse o pesquisador, que assina o artigo com mais 15 cientistas europeus e norte-americanos.
A hipertensão arterial pulmonar é uma condição que acomete principalmente mulheres entre 40 e 50 anos de idade e, se não tratada, pode ter uma progressão que leva a uma sobrevida inferior à de muitos tipos de câncer. A doença provoca sintomas como fadiga extrema e falta de ar até mesmo em atividades simples, levando à perda de qualidade de vida e ao isolamento social. Estima-se em 5 mil o número de casos de pacientes com essa doença no país.
“O paciente não consegue andar, tem dificuldade para tomar banho. O diagnóstico é demorado. A queixa inicial é muito inespecífica, de falta de ar ao fazer um esforço. Muitas doenças podem ter esse tipo de quadro. Ela muitas vezes é confundida com outras doenças como insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica. O diagnóstico errado acaba retardando o tempo que o paciente vai ser tratado”, explica o professor.
Tratamento de alto custo
A nova medicação já foi aprovada pelo FDA e pelo EMA (agências americana e europeia de medicamentos) e milhares de pacientes já tomam esse medicamento, de acordo com o pesquisador.
No Brasil, o medicamento obteve registro no fim de 2024 na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda não foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A administração é por meio de uma injeção subcutânea em que é possível a autoaplicação a cada três semanas. O tratamento é considerado de alto custo.
Para Rogério Souza, o próximo passo é ampliar o conhecimento sobre a doença e sensibilizar as autoridades de saúde quanto à importância de incorporar o tratamento no sistema público, ao menos para os pacientes mais graves.
“Agora começa o processo de mostrar para o governo a importância dessa nova tecnologia para redução de risco de internações, transplante ou morte dos pacientes. Agora começa um processo das sociedades médicas e das associações de pacientes de conversar com os governos em suas diferentes esferas para sensibilizá-los para a necessidade de incorporação ao SUS”, afirma o professor.
Segundo o pesquisador, a alternativa para esses pacientes, muitas vezes, é o transplante de pulmão. Com esse medicamento, é possível retirar pessoas da fila do transplante e devolvê-las à vida ativa. “É um ganho em quantidade e qualidade de vida — além de representar uma forma mais racional de utilizar os recursos públicos”.
O Ministério da Saúde informou à Agência Brasil que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) não recebeu, até o momento, nenhuma solicitação para avaliação dessa tecnologia. “A comissão é responsável por analisar as evidências científicas, considerando aspectos como eficácia, efetividade e segurança”, diz a pasta, em nota.
Segundo o ministério, para pacientes com hipertensão arterial pulmonar, o SUS oferece gratuitamente opções de tratamento com ambrisentana, bosentana, iloprosta, selexipague, além da sildenafila, cuja conduta médica segue o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas.
Saúde
Lesões no Joelho no Futebol: Causas, Tipos e Estratégias de Prevenção e Tratamento

Por Dr. Mauricio Armede, Especialista em Ortopedia e Traumatologia
O joelho, sendo a maior articulação do corpo humano, desempenha um papel fundamental na mobilidade dos jogadores de futebol, permitindo a execução de movimentos complexos e dinâmicos. Contudo, essa articulação é frequentemente acometida por lesões que podem resultar em afastamento prolongado dos atletas dos campos, impactando significativamente suas carreiras.
Por que as lesões no joelho são tão prevalentes no futebol?
As lesões no joelho em jogadores de futebol decorrem principalmente de dois mecanismos: sobrecarga ou trauma. O trauma, mais comum nesse esporte, está relacionado à alta intensidade das partidas, às mudanças bruscas de direção, às colisões de alta energia, às quedas ou aos esforços para evitar quedas, bem como à rotação do corpo com o pé fixo no solo. Esses fatores sobrecarregam as estruturas articulares, aumentando o risco de lesões.
Principais Lesões no Joelho no Futebol
A seguir, apresentamos as quatro lesões no joelho mais frequentes entre jogadores de futebol, com suas características, tratamentos e tempos de recuperação:
1. Ruptura do Ligamento Cruzado Anterior (LCA)
O LCA é um dos principais estabilizadores do joelho, e sua ruptura é uma das lesões mais graves no futebol. Geralmente, ocorre em movimentos de rotação ou hiperextensão. O tratamento requer reconstrução cirúrgica, com reabilitação que pode variar de 6 a 12 meses, dependendo da gravidade e da resposta do paciente.
2. Lesão do Ligamento Colateral Medial (LCM)
O LCM contribui para a estabilidade lateral do joelho. Lesões nesse ligamento, frequentemente distensões, são tratadas de forma conservadora com fisioterapia, imobilização ou órteses, com recuperação estimada entre 4 e 8 semanas, sem necessidade de cirurgia na maioria dos casos.
3. Rompimento do Menisco
Os meniscos, estruturas fibrocartilaginosas que atuam como amortecedores entre o fêmur e a tíbia, podem sofrer rupturas devido a movimentos de torção. Embora não impeçam completamente a prática esportiva, essas lesões comprometem a performance e a agilidade. O tratamento, que pode ser conservador ou cirúrgico (artroscopia), varia de 1 a 4 semanas, dependendo da extensão da lesão.
4. Deslocamento da Rótula
Menos comum, o deslocamento da rótula ocorre quando esse osso, que protege a articulação do joelho, sai de sua posição anatômica. É mais prevalente em atletas jovens, especialmente mulheres, devido a fatores anatômicos e biomecânicos. O tratamento pode incluir imobilização, fisioterapia ou, em casos recorrentes, intervenção cirúrgica, com tempo de recuperação variável.
Recuperação e Retorno ao Esporte
O período de afastamento varia de 1 semana a 12 meses, dependendo do tipo e da gravidade da lesão. Embora no passado lesões graves no joelho frequentemente resultassem na aposentadoria precoce de atletas, os avanços nas técnicas cirúrgicas, como a artroscopia, e os protocolos de reabilitação modernos têm permitido o retorno à atividade esportiva em grande parte dos casos. A reabilitação personalizada, com ênfase na fisioterapia e no fortalecimento muscular, é essencial para a recuperação funcional.
Prevenção de Lesões
Embora muitas lesões no joelho no futebol sejam inevitáveis devido à natureza imprevisível do esporte, estratégias preventivas podem reduzir sua incidência. O fortalecimento da musculatura glútea, dos quadríceps e dos isquiotibiais atua como uma barreira protetora, estabilizando a articulação durante movimentos bruscos. Programas de treinamento que incluem exercícios de propriocepção, equilíbrio e técnica de movimento também são recomendados para minimizar o risco de traumas.
As lesões no joelho representam um desafio significativo no futebol, mas os avanços na medicina esportiva têm permitido diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes, possibilitando o retorno de muitos atletas aos gramados. A combinação de prevenção, por meio de fortalecimento muscular e treinamento adequado, e intervenções terapêuticas modernas é fundamental para a longevidade da carreira dos jogadores.