Saúde
Inclusão de plano de saúde animal entre benefícios trabalhistas avança na Câmara
Considerada como forte tendência para atrair e reter talentos nas empresas, mercado global de seguros para pets deverá atingir US$ 13,27 bilhões em 2024
Na última terça-feira (12), a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família (CPASF) da Câmara dos Deputados designou a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) como relatora do Projeto de Lei 5636/23, de autoria do deputado Felipe Becari (SP), que tem como objetivo permitir que as empresas incluam planos de saúde para animais domésticos entre os benefícios oferecidos ao trabalhador.
De acordo com especialistas, a entrada em vigor desta legislação teria o potencial de acelerar ainda mais o avanço do país na direção de uma tendência mundial de crescimento no volume de negócios relacionados ao tema. A empresa de pesquisas Grand View Research estimou recentemente que o mercado global de seguros para animais de estimação teria movimentado cerca de US$ 11,58 bilhões em 2023. A organização acredita que o setor alcançará um patamar de US$ 13,27 bilhões em 2024 com a perspectiva de crescer a uma taxa média anual de 16,73% a partir deste ano até atingir US$ 33,57 bilhões em 2030.
Para o CEO da Otimiza Benefícios, Anderson Belem, a inclusão de planos de saúde para animais domésticos entre os benefícios oferecidos ao trabalhador, é uma iniciativa totalmente alinhada com a modernização dos instrumentos de melhoria da satisfação dos colaboradores com a cultura das empresas. O executivo argumenta que a medida se assemelha às iniciativas que adotam a proteção contra as alterações climáticas neste tipo de benefício e à própria flexibilização da forma de uso das ferramentas tradicionais deste setor como os vales transporte, refeição, alimentação e outros.
“As transformações no ambiente de trabalho que já estavam em curso se aceleraram de forma exponencial após a pandemia da COVID 19. Os trabalhadores se tornaram muito mais exigentes quanto às condições oferecidas por seus empregadores e, certamente, saber que a empresa se preocupa com seus animais de estimação, que são considerados membros da família, contribui significativamente para um maior engajamento e fidelidade com os objetivos corporativos”, diz.
Um estudo feito pela empresa de consultoria Mercer detectou que nos Estados Unidos, em 2022, cerca de 36% dos grandes empregadores (aqueles com mais de 500 trabalhadores) ofereceram opções de seguro para animais de estimação aos funcionários. O percentual representa um aumento de 22% em relação a cinco anos antes.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET), em 2022 o país possuía 67,8 milhões de cães, 33,6 milhões de gatos, 22,2 milhões de peixes, 41,3 milhões de aves e mais 2,7 milhões de outros animais. O total é de 167,6 milhões de pets. Com esses números, o Brasil possui a segunda maior população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais em todo o mundo, além de ser o terceiro maior país em população total de animais de estimação. A entidade estima que em 2023 a indústria pet faturou R$ 47,1 bilhões incluindo alimentação, acessórios e medicamentos.
Na justificativa apresentada junto com o projeto que está em análise na Câmara, o autor da proposta afirma que atualmente existem no Brasil apenas 300 mil planos de saúde pet contratados, em sua quase totalidade por pessoas físicas, praticamente inexistindo sua contratação por pessoas jurídicas.
“O que se busca com esta proposta é justamente o estímulo para que o setor empresarial auxilie na universalização da saúde animal para pessoas que não possuem condições de arcar com a saúde dos seus animais”, explica.
Saúde
“Geração Tadala” – o aumento do uso recreativo de medicamento de disfunção erétil e impactos na sexualidade dos homens

Desenvolvido para o tratamento da disfunção erétil, o crescente uso da tadalafila para fins recreativos tem chamado cada vez mais atenção no Brasil e no mundo: 41% dos usuários de tadalafila têm entre 18 e 34 anos, enquanto outros 41% estão na faixa de 35 e 50 anos e 18% acima de 50 anos.
A ampla maioria, 79% dos usuários, adquire o medicamento sem prescrição médica. Outra pesquisa nacional, com brasileiros com idades entre 22 e 65 anos, mostrou que metade dos entrevistados esconde da parceira o uso de medicamentos para disfunção erétil.
Entre os homens de 22 a 30 anos que experimentaram esses medicamentos nos últimos seis meses, um em cada cinco passou a usá-los em todas as relações sexuais.
Convidamos a Dra. Viviane Dias para comentar esses dados. Ela é especialista em estética íntima e sexualidade masculina e tem lidado com esse tema nos últimos anos.
1- Dra. Viviane Dias, como você avalia esses dados?
Resposta: A tadalafila é um dos medicamentos mais vendidos no mundo e no Brasil não poderia ser diferente. Como tudo na vida, o uso da tadalafila possui lados positivos e negativos: ela serve para o tratamento da disfunção erétil, da hiperplasia prostática benigna, hipertensão arterial pulmonar, melhora da circulação vascular, entre outros. Ainda que o medicamento apresente alguns efeitos colaterais, como dor de cabeça, vermelhidão no rosto e congestão nasal, eu diria que o grande problema é a dependência psicológica, com impactos de longo prazo na sexualidade masculina.
2- O que seria essa dependência psicológica?
Resposta: O uso crescente de tadalafila por jovens, geralmente sem necessidade clínica e por motivos recreativos, tem gerado impactos importantes na sexualidade dessa população. A dependência psicológica é o mais comum, pois o indivíduo passa a acreditar que só terá um bom desempenho sexual após a utilização do medicamento. Isso afeta a autoconfiança, a espontaneidade e gera um ciclo de insegurança que pode levar a outros problemas, como ansiedade e depressão. Uma vez dentro desse ciclo, o jovem pode ter sua vida sexual prejudicada, além de afetar a sua saúde mental e a qualidade das relações afetivas. Vale lembrar que o uso da tadalafila deve ser orientado por especialistas, como urologistas e andrologistas.
3- Podemos falar num uso banalizado da tadalafila?
Resposta: Não diria banalizado, mas amplo e variado, uma questão quase que geracional para a população jovem dos dias atuais, a exemplo do uso para fins não sexuais, como melhora do desempenho esportivo ou aumento da irrigação muscular. E isso também é preocupante. Ainda que a tadalafila atue como um vasodilatador, esse tipo de uso indiscriminado não pesa os possíveis riscos, a exemplo de efeitos cardiovasculares adversos, interações medicamentosas perigosas e a falsa sensação de necessidade para atividades cotidianas, o que pode gerar uma nova forma de dependência psicológica. Isso sem mencionar a questão da cultura de automedicação, que desconsidera completamente os possíveis riscos que o medicamento pode trazer para indivíduos saudáveis. Esse quadro indica a importância da educação sexual masculina, a qual é fundamental para a preservação da função terapêutica real da tadalafila, reduzindo o impacto negativo de sua utilização sem prescrição médica e de maneira off label.
4- Alguma recomendação sobre formas de conscientização?
Resposta: Sim, mantenha sua saúde física e psicológica em dia, sempre com acompanhamento médico e psicológico. O conhecimento é fundamental para alcançar uma qualidade de vida melhor e relações afetivas e sexuais mais intensas.
Sobre a especialista:
• Pós-graduada em clínica estética avançada e em uroginecologia.
• Graduando em fisioterapia, sexologia e atendimento em terapia ambulatorial.
• Especialista em estética íntima masculina, feminina e ninfoplastia sem cortes.
• Bacharel em biomedicina.
Atendimento em São Paulo, Vitória e Goiânia.
Mais informações: (27) 99289-5248
Instagram: @dra.vivianediassilva
TikTok: @vivirepviviane
Site: https://dravivianedias.com.br/harmonizacao-intima-masculina/
Saúde
Conforte-se Campo Grande: Um novo conceito de conforto e cuidado no Pós-Operatório de cirurgia plástica

Campo Grande recebe uma novidade transformadora para quem passa pelo delicado período de recuperação após cirurgias plásticas. A empresa Conforte-se Campo Grande chega à cidade trazendo soluções inovadoras com suas poltronas projetadas especialmente para atender as necessidades de pacientes no pós-operatório, proporcionando cuidado, conforto e bem-estar.
As poltronas da Conforte-se Campo Grande foram desenvolvidas com foco em ergonomia e funcionalidade, oferecendo suporte ajustável, materiais de alta qualidade e design acolhedor que auxiliam na recuperação de cirurgias como lipoaspiração, abdominoplastia, mamoplastia e outras. Esses equipamentos são ideais para quem busca uma recuperação confortável, com menos esforço e mais segurança.
Segundo um representante da Conforte-se, “Sabemos o quanto o pós-operatório de cirurgias plásticas exige cuidado especial, e por isso criamos poltronas que ajudam o paciente a se sentir mais confortável e relaxado durante essa fase. Nossa missão é ser um apoio essencial no processo de recuperação.”
Além das poltronas, a empresa também oferece suporte completo ao cliente, incluindo orientações personalizadas sobre o uso e os benefícios dos equipamentos, garantindo uma experiência satisfatória e adaptada às necessidades de cada pessoa.
A chegada da Conforte-se Campo Grande marca um avanço significativo na área de saúde e bem-estar, oferecendo uma solução prática e acolhedora para quem se preocupa em ter uma recuperação de qualidade após intervenções estéticas. Com conforto garantido, os pacientes podem focar no mais importante: o sucesso de sua recuperação.
Seja para clínicas, hospitais ou uso domiciliar, a Conforte-se Campo Grande se posiciona como a escolha ideal para transformar o pós-operatório de cirurgias plásticas em um momento de cuidado e tranquilidade.
📞 Entre em contato e saiba mais como reservar sua poltrona
🌎 Acesse: https://www.conforte-se.com/campogrande
📧 E-mail: campogrande@conforte-se.com
Saúde
Lei que cria o “Dia da Cegonha Reborn” é aprovada no Rio — especialista faz alerta sobre uso no luto

Psicóloga Natália Aguilar alerta para uso cauteloso dos bebês reborn no luto: “Não existem evidências científicas de eficácia”
A recente aprovação do “Dia da Cegonha Reborn” pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, com celebração prevista para 4 de setembro, reacende o debate sobre o uso de bonecas hiper-realistas — os chamados bebês reborn — como ferramentas terapêuticas em processos de luto perinatal. O Projeto de Lei nº 1892/2023 agora segue para sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD).
De acordo com o texto aprovado, os reborns podem contribuir para o enfrentamento emocional de pais que sofreram perdas neonatais, sendo utilizados sob orientação profissional. Entretanto, a psicóloga perinatal e especialista em luto Natália Aguilar levanta preocupações sobre a medida.
“Não existem evidências científicas que comprovem que o uso do bebê reborn favoreça o enfrentamento do luto. É uma experiência muito particular, que pode até auxiliar na criação de memórias afetivas, mas precisa ser vista com cautela”, afirma Natália.
A profissional, que atua há anos com mães enlutadas, reforça que o uso indiscriminado do recurso pode provocar efeitos colaterais psíquicos: “Me preocupa que essa prática ganhe respaldo legal sem que haja preparo técnico por parte dos profissionais. Há risco de dissociação da realidade, o que pode agravar o sofrimento, em vez de acolher”.
Natália também questiona a prioridade legislativa dada ao tema. “Existem pautas muito mais urgentes no campo do luto perinatal. Por que aprovar uma data comemorativa para os bebês reborn antes de legislações que garantam apoio psicológico, reconhecimento dos bebês arco-íris e direitos das famílias enlutadas?”, indaga.
Apesar das ressalvas, ela reconhece que, em alguns casos, o reborn pode fazer sentido como parte do processo de elaboração do luto, desde que integrado a um acompanhamento sensível e qualificado. “É algo novo, que precisa ser discutido com responsabilidade e sempre com foco na saúde emocional das famílias”, conclui.