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Saúde

Pesquisa com coautoria da USP pode avançar tratamento de doença rara

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© Reuters / Kai Pfaffenbach / Direitos Reservados

Um estudo clínico internacional, publicado no The New England Journal of Medicine, testou um novo medicamento para pacientes com hipertensão arterial pulmonar (HAP), doença rara e grave que afeta os vasos sanguíneos dos pulmões. A nova droga foi desenvolvida para agir nos vasos pulmonares, reduzindo sua espessura, facilitando a circulação sanguínea e aliviando a sobrecarga cardíaca provocada pela doença. O fármaco Sotatercept foi administrado em pacientes em estágios avançados da HAP.

Segundo o professor titular de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Rogério de Souza, ao longo dos últimos 20 anos, houve o desenvolvimento de vários tratamentos para a hipertensão pulmonar, mas não como nesse estudo, em que só foram estudados pacientes com alto risco de morte. “O fármaco diminuiu em 76% a chance de o paciente ser hospitalizado, transplantado ou morrer da doença”, disse o pesquisador, que assina o artigo com mais 15 cientistas europeus e norte-americanos.

A hipertensão arterial pulmonar é uma condição que acomete principalmente mulheres entre 40 e 50 anos de idade e, se não tratada, pode ter uma progressão que leva a uma sobrevida inferior à de muitos tipos de câncer. A doença provoca sintomas como fadiga extrema e falta de ar até mesmo em atividades simples, levando à perda de qualidade de vida e ao isolamento social. Estima-se em 5 mil o número de casos de pacientes com essa doença no país.

“O paciente não consegue andar, tem dificuldade para tomar banho. O diagnóstico é demorado. A queixa inicial é muito inespecífica, de falta de ar ao fazer um esforço. Muitas doenças podem ter esse tipo de quadro. Ela muitas vezes é confundida com outras doenças como insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica. O diagnóstico errado acaba retardando o tempo que o paciente vai ser tratado”, explica o professor.

Tratamento de alto custo

A nova medicação já foi aprovada pelo FDA e pelo EMA (agências americana e europeia de medicamentos) e milhares de pacientes já tomam esse medicamento, de acordo com o pesquisador.

No Brasil, o medicamento obteve registro no fim de 2024 na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda não foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A administração é por meio de uma injeção subcutânea em que é possível a autoaplicação a cada três semanas. O tratamento é considerado de alto custo.

Para Rogério Souza, o próximo passo é ampliar o conhecimento sobre a doença e sensibilizar as autoridades de saúde quanto à importância de incorporar o tratamento no sistema público, ao menos para os pacientes mais graves.

“Agora começa o processo de mostrar para o governo a importância dessa nova tecnologia para redução de risco de internações, transplante ou morte dos pacientes. Agora começa um processo das sociedades médicas e das associações de pacientes de conversar com os governos em suas diferentes esferas para sensibilizá-los para a necessidade de incorporação ao SUS”, afirma o professor.

Segundo o pesquisador, a alternativa para esses pacientes, muitas vezes, é o transplante de pulmão. Com esse medicamento, é possível retirar pessoas da fila do transplante e devolvê-las à vida ativa. “É um ganho em quantidade e qualidade de vida — além de representar uma forma mais racional de utilizar os recursos públicos”.

O Ministério da Saúde informou à Agência Brasil que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) não recebeu, até o momento, nenhuma solicitação para avaliação dessa tecnologia. “A comissão é responsável por analisar as evidências científicas, considerando aspectos como eficácia, efetividade e segurança”, diz a pasta, em nota. 

Segundo o ministério, para pacientes com hipertensão arterial pulmonar, o SUS oferece gratuitamente opções de tratamento com ambrisentana, bosentana, iloprosta, selexipague, além da sildenafila, cuja conduta médica segue o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas.

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Saúde

Hélio e saúde: entenda como o líquido é essencial para diagnósticos de alta precisão na ressonância magnética

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Divulgção Air Products
Divulgção Air Products

Indispensável para o exame que possibilita diagnósticos rápidos, especialista da Air Products explica a importância do fornecimento seguro do hélio

No centro dos exames de ressonância magnética, que permitem obter imagens detalhadas do interior do corpo, está o hélio líquido, um insumo que mantém os ímãs supercondutores em temperaturas extremamente baixas. Como um exame fundamental para diagnosticar aneurismas, tumores e lesões internas, o fornecimento confiável do hélio é indispensável para o funcionamento dos equipamentos e para o cuidado com a saúde de milhares de pacientes todos os dias.

Como líder global no mercado de hélio para ressonância magnética, a Air Products tem contribuído ativamente para o setor, abastecendo equipamentos em todo o mundo com confiabilidade e escala. Essa expertise vai além do fornecimento, pois a empresa também desenvolve serviços alinhados às necessidades operacionais do segmento, como a manutenção completa do sistema criogênico da ressonância magnética.

É o que explica Renato Ferrari Plachi, Gerente Comercial de Hélio da Air Products. “Manter o suprimento constante do líquido é fundamental para o funcionamento dos aparelhos de ressonância magnética, para garantir que falhas e interrupções sejam evitadas e que o diagnóstico não seja comprometido”, afirma. Diante dessa importância, Plachi destaca que já existem soluções específicas para abastecer as máquinas e assegurar a estabilidade necessária para que os exames sejam realizados com segurança.


Cuidados técnicos e qualidade nos exames

Com foco em evitar interrupções e preservar a qualidade dos exames, a Air Products desenvolveu o Keep Cold II, um serviço técnico que contempla todos os elementos do circuito criogênico. O Keep Cold II envolve substituições programadas, remoção de gelo, manutenção do compressor, detecção de vazamentos, troca de linhas de gás e o resfriamento gradual do magneto até a temperatura criogênica ideal. Essas ações ajudam a manter os equipamentos operando em condições seguras, beneficiando diretamente os pacientes.

“Com o Keep Cold II, conseguimos assegurar a estabilidade do sistema criogênico e apoiar o desempenho ideal da ressonância magnética, reduzindo riscos de falhas e contribuindo para diagnósticos mais precisos e contínuos”, afirma Plachi, ressaltando que a empresa atua com a menor taxa de transferência do mercado, o que reduz custos operacionais e reforça o papel do hélio como insumo essencial para a manutenção dos exames e para o cuidado contínuo com a saúde.

Sobre a Air Products

A Air Products é uma empresa global líder em soluções de gases industriais e está presente em diversos segmentos industriais em todo o mundo. Com uma história de inovação e excelência em seus produtos e serviços, a empresa continua buscando impulsionar a indústria com soluções de alta qualidade e sustentáveis. A companhia atende clientes em toda a América do Sul e está comprometida em fornecer soluções que contribuam para o progresso e crescimento de seus clientes e parceiros.

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Saúde

Ração contaminada mata 245 equinos em quatro estados

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© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Ao menos 245 cavalos morreram após terem consumido rações equinas contaminadas da empresa Nutratta Nutrição Animal. Os casos foram registrados em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), está sendo apurada falha no controle de matérias-primas utilizadas pela empresa.

“Em todas as propriedades investigadas os equinos que adoeceram ou vieram a óbito consumiram produtos da empresa. Já os animais que não ingeriram as rações permaneceram saudáveis, mesmo quando alojados nos mesmos ambientes”, informou o Mapa, referindo-se às amostras analisadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA).

As análises constataram presença de alcalóides pirrolizidínicos, substâncias tóxicas chamadas de monocrotalina que são, segundo o ministério, incompatíveis com a segurança alimentar animal. A geração da monocrotalina tem, segundo o Mapa, origem em resíduos de plantas do gênero crotalaria, encontrados no alimento destinado aos animais.

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Problemas

Em nota, o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, disse que, mesmo em doses muito pequenas, essa substância pode causar problemas neurológicos e hepáticos graves. Por isso, acrescenta, “a legislação é clara: ela [a substância encontrada] não pode estar presente em nenhuma hipótese” nas rações.

Diante da situação, foi instaurado pelo ministério processo administrativo fiscalizatório, lavrado um auto de infração e determinada a suspensão cautelar da fabricação e da comercialização de rações destinadas a equídeos da Nutratta Nutrição Animal. 

Posteriormente, a medida foi estendida a rações voltadas a todas as espécies de animais.

“Mesmo com a interdição determinada pelo ministério, a empresa [Nutratta Nutrição Animal] obteve na Justiça autorização para retomar parte da produção não destinadas a equídeos. O Mapa já recorreu da decisão, apresentando novas evidências técnicas que reforçam o risco sanitário representado pelos produtos e a necessidade de manutenção das medidas preventivas adotadas”, esclarece o Mapa.

Ainda de acordo com o ministério, estão sendo feitos acompanhamentos de forma a garantir o recolhimento do lote contaminado.

A Agência Brasil entrou em contato com a Nutratta Nutrição Animal, e está aberta a manifestações.

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Saúde

Psicóloga Renata Camargo lança metodologia inovadora para atendimento de adolescentes contemporâneos e forma profissionais com excelência clínica

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Diante do crescente número de adolescentes adoecendo emocionalmente, apresentando quadros de ansiedade, depressão, transtornos psiquiátricos e comportamentos de risco, a renomada psicóloga Renata Camargo lança oficialmente a FAC – Formação em Adolescência Contemporânea, uma capacitação inédita que reúne mais de 20 anos de experiência clínica e acadêmica.

Com um olhar voltado para os desafios da geração atual, a FAC surge como resposta à grande defasagem técnica que muitos profissionais da psicologia enfrentam ao lidar com adolescentes. “A adolescência de hoje não é mais a mesma do passado. As técnicas que aprendemos precisam evoluir para acompanhar a realidade emocional e social dessa geração”, afirma Renata.

A formação oferece uma metodologia completa, integrando psicanálise, neurociência, psicologia vincular, comportamental e familiar, baseada em sua própria tese de doutorado — que propõe uma nova técnica de atendimento para adolescentes da era digital. O curso é indicado para psicólogos formados e também para estudantes dos últimos períodos da faculdade; psiquiatras e neurologistas que desejam atender adolescentes com excelência e resultados reais. https://drarenatacamargo.com.br/inscricoes-da-fac-turma-5/?sck=bio

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