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Jurídico e Direito

Refratários Paulista (RPA), empresa da cidade de MOGI GUAÇU, é alvo de briga judicial entre a família do proprietário e funcionário que era o braço direto do fundador Romano Capasso Perilla.

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Foto: Divulgação

Novas acusações surgem contra o sócio da Refratários Paulista, o réu Carlos Fernandes Bueno, que já responde pelas acusações de simulação e fraude na obtenção de 100% das ações da empresa. Agora, Carlos Fernando Bueno enfrentará acusações de fraude contábil e fiscal.

Avaliada em mais de R$ 40 milhões de reais, a gigante do setor de cerâmica refratária, Refratários Paulista (RPA) é alvo de disputa judicial entre os herdeiros do fundador Romano e o ex -funcionário, e agora sócio, Carlos Fernandes Bueno. Herdeiros alegam que a obtenção de 100% das ações da empresa por parte de Bueno se dera mediante fraude. Romano Capasso Perilla, fundador da companhia, foi em 2013 diagnosticado com o mal de Alzheimer e Parkinson, tendo sua incapacidade decretada por seu médico em 2017, mesmo ano em que teria passado a empresa para o nome de Carlos, sem receber nenhuma compensação monetária para isso. O idoso se encontrava tão debilitado que na época não conseguiu segurar na caneta para assinar o contrato, no que teve apenas sua digital afixada.

Entretanto, a família só teve conhecimento dos fatos em 2020, ano de falecimento do patriarca. Como sua esposa é peruana e não fala português fluentemente e os filhos do casal moram no exterior, a família confiava em Carlos Bueno, que além de funcionário também era amigo do falecido. Tendo entrado na empresa como motoboy, Bueno foi conquistando a confiança da família e subiu de cargo até se tornar o braço direito de Romano. Em sinal de agradecimento pelos serviços prestados e pela amizade, Perilla cedeu 6% da empresa para Carlos. Contudo, segundo consta do processo, a amizade teve final infeliz, com Carlos Bueno sequer comparecendo ao funeral de Romano Perilla.

Não obstante, agora além de responder por simulação e fraude, o ex -funcionário também é acusado de fraude contábil e fiscal. Após a ordem de bloqueio dos bens da empresa, foi determinado judicialmente a realização de perícia contábil para levantar os ativos da empresa que não estão especificados no balanço da empresa, o que fez surgir desconfianças no perito judicial, sobre a regularidade da documentação fiscal. Tais irregularidades foram notadas ao se constatar a inexistência de avaliação e identificação do ativo da empresa Refratários Paulista, havendo grande diferença entre o patrimônio declarado pela empresa e os maquinários constantes da empresa, avaliados. A família do Sr. Romano Capasso acusa Carlos Fernando Bueno e a empresa de sonegarem informações, o que foi acatado pelo juízo, posto que nomeada nova perícia para avaliação do ativo da empresa. Recentemente o processo foi classificado como segredo de justiça a pedido do acusado, Carlos Fernando Bueno.

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Prefeitura de SP leva questão dos mototáxis à Justiça do Trabalho

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Prefeitura de SP leva questão dos mototáxis à Justiça do Trabalho
© Bruno Peres/Agência Brasil

A disputa entre a Prefeitura de São Paulo e a empresa de mobilidade 99 será levada à justiça trabalhista, informou o prefeito Ricardo Nunes em coletiva na tarde de hoje, após reunião com o desembargador Valdir Florindo, presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Ambos afirmaram entendimento de que a forma como a empresa está tentando iniciar os serviços na cidade, sem estabelecer diálogo adequado sobre as regras e garantir condições trabalhistas e garantias às famílias de passageiros e trabalhadores é inadequada.  Nunes afirmou ainda que irá se reunir essa semana com o Ministério Público do Trabalho, e que estudam a melhor forma de lidar com a operação da empresa e suas consequências.

“Isso aqui não é uma terra sem lei, é preciso ter respeito e dialogar. Irá ter acidentes, pessoas vão se machucar, irão a óbito. Eles [a empresa] não irão lá. Não irão apoiar as famílias, não irão apoiar o trabalhador. Eles não dão assistência nenhuma. Não pode uma empresa estrangeira vir aqui só com intuito de ter lucros e enviar para seu país de origem e a gente permitir que isso aconteça. Não irá se aceitar que no estado democrático de direito uma empresa venha para cá e faça isso. Nós entramos com uma ação judicial na sexta-feira, nós pedimos multa coletiva e a responsabilização de seu sócio”, disse Ricardo Nunes.

“A Secretaria de Relações Internacionais procurou o consulado da China para colocar essa situação e estamos contando com a imprensa para levar essa questão à sociedade. Estamos falando de óbitos e agora vem a empresa, desrespeita a decisão judicial e as normas. Isso não é pouca coisa, é muito sério”, declarou o prefeito esta tarde, horas antes da Justiça paulista indeferir o pedido da municipalidade para estabelecer multas diárias à empresa chinesa.

Na decisão do juiz Josué Vilela Pimentel o magistrado colocou não se tratar de questão nova e afirmou que o decreto da prefeitura, que proíbe a atividade no município, já tem impacto contra a empresa. Além disso, “conta com dois anos de vigência, apesar da menção à temporariedade da proibição. Mesmo com a conclusão dos trabalhos do grupo de estudos criado à época, nenhuma outra solução legal foi adotada para regulamentar o transporte não profissional de passageiros, por motocicleta, no município”.

A decisão também se baseou em outras decisões federais sobre o tema, registrando a posição jurídica da seguinte forma:
“Resta pacificado pelo julgamento do Tema 967 do STF que é inconstitucional a proibição ou restrição de transporte privado individual por motorista cadastrado em aplicativo, por constituir violação aos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência. Leis de outros Municípios e Estados que, de modo semelhante, pretenderam impedir o uso de motocicletas para o transporte privado individual já foram julgadas inconstitucionais por acórdãos dos respectivos Tribunais de Justiça”.

Em resumo, a questão segue em aberto. Na coletiva Nunes disse ainda que os executivos da empresa tomaram a iniciativa sem consultá-los, sem buscar conversar. “Estou à disposição, se quiserem estou aberto a me reunir e a conversar. Tenho canal direto com os diretores dessas empresas, mas não vieram me procurar, vieram de forma pensada com o único objetivo, do lucro, sem considerar as pessoas, sua saúde e sua vida”.

Segundo o site Agenciabrasil.ebc,

Com informações: Agenciabrasil.ebc

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Prefeitura de São Paulo nega que muro confine pessoas na Cracolândia

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Prefeitura de São Paulo nega que muro confine pessoas na Cracolândia
© Paulo Pinto/Agência Brasil

Em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF), a prefeitura de São Paulo apresentou, na tarde desta terça-feira (21), as justificativas para a construção de um muro na Rua General Couto de Magalhães, na região da Cracolândia. A administração municipal rejeitou as críticas de que o muro teria provocado o confinamento das pessoas em situação de vulnerabilidade que frequentam a área, incluindo usuários de drogas  com o muro.

Conforme a prefeitura, o muro foi construído em maio do ano passado, em substituição a tapumes de metal que estavam no local e eram “quebrados com frequência em partes pontiagudas”, o que oferecia riscos à segurança das pessoas.

“Atualmente, o muro está instalado somente na lateral da área municipal localizada na Rua General Couto de Magalhães. A outra lateral do terreno, para a Rua dos Protestantes, onde antes havia tapumes, foi aberta, permitindo o acesso e a ocupação da área municipal pelas pessoas. O terreno, inclusive, recebeu um novo piso”, diz nota divulgada pela prefeitura.

Em entrevista coletiva nesta tarde, o prefeito Ricardo Nunes comentou que o muro já existia “Era um muro de ferro, e [a área] tem um número menor de pessoas. É uma área aberta dos lados. Confinamento é confinamento. Era só uma substituição de um material de ferro, pontiagudo, que machucava pessoas, por um de cimento, que não machuca ninguém.”

Segundo o site Agenciabrasil.ebc,

Com informações: Agenciabrasil.ebc

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MPF pede prioridade no tombamento de quartel que abrigou DOI-Codi

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MPF pede prioridade no tombamento de quartel que abrigou DOI-Codi
© Tomaz Silva/Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou, nesta terça-feira (21) que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) priorize o tombamento do prédio onde funcionou o Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) na Tijuca, no Rio de Janeiro. De acordo como MPF, o processo tramita há mais de 10 anos no instituto, desde 2013. 

O DOI-Codi foi um órgão ligado ao Exército, que funcionou, na ditadura militar, entre os anos de 1964 e 1984, como uma agência de repressão política. No local, os considerados inimigos do governo eram encarcerados, torturados e mortos. Havia unidades em diferentes cidades, como São Paulo, Recife e Porto Alegre, além do Rio de Janeiro. No Rio, o prédio onde o órgão funcionou é onde está atualmente o 1º Batalhão de Polícia do Exército do Rio de Janeiro. 

O local foi espaço de tortura e morte de dezenas de presos políticos, entre eles o , cuja história foi retratada no filme Ainda estou aqui. O ex-parlamentar foi levado da casa dele, no Rio de Janeiro, por agentes do Centro de Informações da Aeronáutica (Cisa), no feriado de 20 de janeiro de 1971 (dia de São Sebastião), há 54 anos. 

Paiva não foi a única vítima da ditadura, a Comissão Nacional da Verdade mortas ou desaparecidas pelas forças ditatoriais.  

Preservação da memória

O MPF recomenda que o Iphan conclua a fase de instrução do processo de tombamento – fase na qual são colhidas provas – ainda em 2025, avalie a possibilidade de um tombamento provisório e crie um espaço no site institucional para que a sociedade tenha acesso a informações do processo de tombamento. De acordo com o Ministério Público, há uma demora injustificada e desproporcional para conclusão do processo no Iphan.

A recomendação, segundo o MPF, tem como objetivo a preservação da memória e promoção da verdade e justiça sobre o período da ditadura militar. A instalação de um centro de memória no local é e organizações que lutam por justiça, reparação e para que a história que custou a vida de tantas pessoas não seja esquecida.

Segundo o site Agenciabrasil.ebc,

Com informações: Agenciabrasil.ebc

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